Na Roma, o jovem Lamela aparece bem e desenha um bom futuro para o time (Goal.com)
Campanha
7ª posição, 24 pontos. 16 jogos, 7 vitórias, 3 empates e 6 derrotas, 21 gols marcados, 19 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, três vezes. Da 5ª à 6ª rodada, da 11ª à 12ª e da 16ª à 1ª
Maior sequência de derrotas: 2, duas vezes. Da 9ª à 10ª rodada e da 13ª à 14ª
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 3ª à 6ª rodada
Maior sequência sem vencer: 3, duas vezes. Da 2ª à 4ª rodada e da 13ª à 15ª rodada
Artilheiro: Pablo Osvaldo, 7 gols
Fair play: 28 cartões amarelos, 5 vermelhos
Time base
Stekelenburg; Taddei, Burdisso, Heinze, José Ángel; De Rossi, Pjanic, Gago (Perrotta); Totti, Osvaldo, Lamela (Bojan).
Treinador
Luis Enrique. O espanhol chegou do Barcelona B como aposta. Imediatamente cobrado para implantar um pouco da filosofia blaugrana no plantel romanista, o espanhol teve problemas no início da Serie A. A equipe não engrenava: apesar de ter um padrão de jogo definido, com muita posse e toque de bola, o time não conseguia agredir o adversário e, consequentemente, não fazia gols. Não bastasse a ineficácia ofensiva, Luis Enrique deslocou muitos jogadores de suas posições originais e até a 10ª rodada abusou do arrojo nas formações, além de tentar desafiar o poder de Totti nos vestiários. O empate contra a Juventus (em uma boa apresentação) e a vitória contra o Napoli, fora de casa, parecem ter dado novo fôlego para o treinador, que esteve por um fio de perder o seu emprego antes mesmo de completar um semestre no cargo.
Destaque
Erik Lamela e Pablo Osvaldo. Os dois brigões precisaram de certo tempo para aparecer como estrelas desta nova Roma. O primeiro, lesionado, só entrou em campo contra o Palermo, na 8ª rodada, marcando o gol solitário dos romanistas contra os rosanero. Já o atacante italiano de origem argentina demorou para engrenar boa sequência de gols, mas conseguiu e agora é o artilheiro do time, tendo balançado as redes sete vezes. No desequilíbrio que foi esta primeira metade de Serie A para a Roma, os dois demonstraram que têm muito talento e devem ajudar para que esta campanha não seja mais uma de lamentações para os torcedores. Mesmo porque Lamela é um dos mais talentosos desta nova geração argentina e Osvaldo é um atacante com faro de gol e que pode aparecer em momentos importantes. Unindo a boa movimentação de Lamela e a presença de área de Osvaldo, o ataque giallorosso fica forte. Na parte defensiva, quem se destaca é De Rossi, que chegou a atuar como zagueiro em boa parte dos jogos e foi muito bem. Na zaga ou na volância, é o jogador mais regular da equipe.
Decepção
Miralem Pjanic. O bósnio estourou no Lyon em meados de 2009 e no Gerland foi se notabilizando como jogador interessante para o futuro. A sua contratação pela Roma animou os que pediam criatividade para o meio de campo, setor que há muito tempo não mostra nada de diferente. Nos seus primeiros passos dados na Itália, porém, Pjanic apontou que ainda carece de tempo para se adaptar ao jogo desejado por Luis Enrique e que as atuações espetaculares que fazia na França por enquanto são só lembranças. Ansioso e pouco participativo, erra muito e só não amarga o banco por falta de opções melhores – Pizarro passou boa parte da temporada lesionado. Juan e Kjaer, cheios de problemas físicos, também tem jogado muito abaixo da média. A perspectiva é que as apostas vinguem quando a Roma se estabelecer na tabela. Afinal, enquanto a gangorra for o espelho do desempenho giallorosso, fica difícil exigir grandes atuações de alguém.
Perspectiva
Vaga na Liga Europa. Com o investimento pesado de Thomas Di Benedetto, a Roma era uma das candidatas ao scudetto na pré-temporada. Contudo, querer resultados imediatos com um time recém-formado é praticamente impossível no futebol atual, ainda que seja tendência transformar clubes em simples caixas registradoras. Difícil imaginar que um time com tantas derrotas e empates nesta primeira metade de Serie A consiga se recuperar e brigar pelo título ou por uma vaga na Liga dos Campeões. Ao que tudo indica, dentro da irregularidade apresentada, a Liga Europa será o destino da Roma para a temporada 2012-13. A não ser que o presidente coloque a mão no bolso de novo e traga bons reforços neste mês de janeiro. Casemiro, meia do São Paulo, é um dos alvos.