Serie A

Review da temporada: Lazio

Klose foi decisivo nos dérbis e a Lazio quebrou um tabu de 14 anos (Getty Images)

A campanha: 4ª colocação, 62 pontos. 18 vitórias, 8 empates, 12 derrotas. Classificada à Liga Europa

Ao final de 2011: 4ª colocação

Fora da Serie A: Eliminada na fase de 16 avos de final da Liga Europa pelo Atlético de Madrid. Eliminada nas quartas de final da Coppa Italia pelo Milan

O ataque: 56 gols

A defesa: 47 gols

Time-base: Marchetti; Konko, Biava, Diakité (André Dias), Radu (Lulic); González, Ledesma, Matuzalém (Brocchi), Lulic (Mauri); Hernanes (Candreva); Klose (Rocchi)

Os artilheiros: Miroslav Klose (12 gols), Hernanes (8) e Tommaso Rocchi (5)

Os onipresentes: Cristián Ledesma (37 jogos), Álvaro González, Federico Marchetti e Hernanes (31)

O técnico: Edoardo Reja

O decisivo: Miroslav Klose

A decepção: Hernanes

A revelação: Senad Lulic

O sumido: Emiliano Alfaro

Melhor contratação: Miroslav Klose

Pior contratação: Djibril Cissé

Nota da temporada: 7,5

Com o objetivo de ir à Liga dos Campeões traçado mesmo antes de começar a temporada, se esperava uma Lazio forte, ainda pelas contratações de peso, como Klose e Cissé, e pela boa campanha feita no campeonato anterior. Mas o que se viu foi uma Lazio muito irregular, com problemas internos – os dois pedidos de demissão do técnico escancararam isso – e vários jogadores lesionados. Mesmo assim, a equipe romana conseguiu superar as dificuldades e terminou a Serie A em um honroso quarto lugar, o que a leva novamente à Liga Europa. A Lazio voltou a vencer os dois dérbis contra a Roma após 14 anos. Isso trouxe de volta a confiança para o torcedor. A equipe também mostrou força nas vitórias contra Napoli, Milan e Inter, mas foi capaz de ser goleada por equipes como Siena (4 a 0) e Palermo (5 a 1). A derrota para o Novara e os empates contra Siena e Lecce, já na reta final do campeonato, foram cruciais para que a equipe não alcançasse o terceiro lugar.

A equipe contou com um Hernanes muito menos brilhante do que na temporada anterior. Desta vez, quem se destacou foi Miroslav Klose que, mesmo com alguns problemas físicos, foi artilheiro da equipe e decidiu o primeiro dérbi que jogou no último minuto. A defesa foi o setor que mais sofreu com lesões. Reja teve que se virar com o que tinha e até improvisar jogadores. Marchetti e Diakité foram exclelentes na retaguarda, enquanto André Dias mostrou destempero em alguns momentos e também foi prejudicado por contusões. No meio campo, González foi bastante últil pela direita, sempre com bastante fôlego. Lulic foi uma aposta que deu certo, muito pela sua versatilidade. Ledesma voltou a mostrar bom futebol e foi o líder do meio campo laziale. Candreva espantou a desconfiança (pelas suas atuações no Cesena e, principalmente, por ser romanista declarado) e foi importante nas últimas partidas. Mauri, após muito tempo lesionado, voltou e marcou gols decisivos.

Mesmo com a falta de planejamento da diretoria, Reja conseguiu extrair o máximo do elenco que tinha à disposição. Chateado com a falha no objetivo, a falta de reforços (no mercado de inverno, ele pediu um atacante, que não foi contratado) e de reconhecimento, o treinador pediu demissão – desta vez, definitiva – no  final da temporada. Lotito e Tare vão ter que trabalhar muito para manter a equipe em bom nível e finalmente levá-la de volta à Liga dos Campeões. Para isso, a equipe precisará de um Hernanes em ótima fase, que não foi visto nesta temporada. Com outros jogadores importantes do time ficando cada vez mais envelhecidos – casos de Klose, Rocchi e Mauri -, o brasileiro se torna ainda mais importante.

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