SuperMario estreia de forma avassaladora: será o jogador decisivo de que o Milan precisa? (La Repubblica)
Nada como estrear marcando dois gols e decidindo uma partida a favor de seu time. Foi o que aconteceu com Balotelli, que já chega ao Milan com status de dono do time – com El Shaarawy de sócio. Com os dois juntos e jogando bem, os rossoneri já almejam uma vaga na próxima Liga dos Campeões – o que parecia impossível no início da temporada. Hoje, o Milan é o quarto colocado, e tem apenas três pontos a menos que a Lazio, primeira classificada à Champions. Devemos reconhecer os méritos de Allegri, que suportou a grande pressão e hoje dá a volta por cima, com um time que parece capaz de brigar pelo seu objetivo. Acompanhe o resumo da rodada, que reservou problemas para Lazio, Inter e Roma, a volta por cima da Fiorentina e também vitórias de Juventus e Napoli.
Milan 2-1 Udinese
Não poderia ser melhor a estreia de Balotelli pelo Milan. O camisa 45 fez um jogo espetacular, criando as melhores oportunidades da equipe, desde o primeiro minuto e foi coroado com dois gols, que garantiram o triunfo rossonero ante a Udinese. O ex-avante do Manchester City quis mostrar logo de cara que não chegou à Milão a toa. Com menos de um minuto, quase abriu o placar, em um chute rasteiro que passou próximo a trave. Aos 10’, deixou Niang frente a frente com Padelli, mas viu o companheiro desperdiçar a chance. Porém, aos 24, Balotelli não perdoou. Aproveitou cruzamento de El Shaarawy e completou para as redes, abrindo o placar e iniciando sua história no clube que diz amar. Minutos depois, quase marcou o segundo. Soltou um fortíssimo chute de fora da área e obrigou Padelli a se esticar todo para defender. Superior no confronto, o Milan poderia muito bem ter decidido o jogo ainda no primeiro tempo, mas não aproveitou as oportunidades.
No retorno do intervalo, os friulianos voltaram melhores e aproveitando uma bobeira da zaga milanista, empataram o jogo com Pinzi. Apesar de algumas chances criadas, entre elas um chute de Balotelli que explodiu na trave, foi apenas nos acréscimos que o Milan garantiu a vitória. O árbitro Marco Valeri marcou pênalti inexistente de Heurteaux sobre El Shaarawy, e Balotelli guardou, apenas deslocando o goleiro para marcar seu segundo gol na partida. Com o resultado, o Milan sobe para a quarta colocação, ultrapassando a Inter e ficando três pontos atrás da Lazio, terceira colocada. Já a Udinese teve a boa sequência interrompida e agora ocupa apenas a nona colocação, com 33 pontos. (Caio Dellagiustina)
Siena 3-1 Inter
Está inaugurada uma nova crise em Milão. Ao passo que o Milan cresce a cada dia, a Inter acumula tropeços às vésperas do dérbi, que acontecerá em cinco rodadas. A equipe de Stramaccioni tem jogado mal e, não à toa, conseguiu apenas uma vitória nos últimos sete jogos. Os resultados negativos coincidem com o desgaste físico de Guarín e, principalmente, com a ausência de Milito na maioria desta sequência. O argentino pode voltar na semana que vem, mas ficou um mês parado e não deve ter o mesmo ritmo.
No Artemio Franchi de Siena, a equipe da casa começou dominando as ações e, sempre pelo lado esquerdo, com Rubin e Sestu, destroçaram o sistema defensivo nerazzurro, que estreava Schelotto na posição. Por ali surgiram o primeiro gol, de Emeghara, e o golaço de Sestu, logo após o fortuito gol do momentâneo empate, marcado por Cassano (que estava em jejum desde outubro). O terceiro gol, que matou o jogo, veio após tesoura de Chivu em Emeghara, que custou o pênalti convertido por Rosina e o vermelho ao romeno. Agora, a Inter ocupa a 5ª posição, enquanto a Robur deixa a lanterna para o Palermo.
Roma 2-4 Cagliari
Crise também em Roma. A equipe giallorossa fez uma péssima partida contra o Cagliari e, além de quase ter sofrido uma goleada, viu o técnico Zeman ser demitido pela diretoria. A segunda passagem do tcheco pela Roma durou exatos oito meses e teve, na Serie A, um retrospecto pífio: em 23 jogos, foram 10 vitórias, 4 empates e 9 derrotas, 46 gols marcados e 42 sofridos. No momento em que Zeman deixa o cargo, a Roma tem melhor ataque e a pior defesa do campeonato, ocupando a oitava posição. A irregularidade esperada que também se repetiu no último jogo do treinador à frente da equipe.
Logo no início, Nainggolan fez 1 a 0, e Sau teve duas ótimas oportunidades de ampliar. A Roma agradeceu e empatou em cobrança de falta de Totti. Porém, na volta para o segundo tempo, o goleiro Goicoechea, bancado por Zeman como titular no lugar de Stekelenburg, fez uma trapalhada e marcou gol contra (veja aqui). Vaiado, o goleiro falhou ainda no gol seguinte, de Sau, e, aí, a equipe desmoronou. Zeman também foi vaiado por barrar De Rossi e, com todo o clima contrário no estádio, o Cagliari fez o quarto, com Pisano. Marquinho ainda diminuiu, mas não evitou a derrota e a demissão de Zeman. Andreazzoli, que era um dos auxiliares do time, assume interinamente.
Chievo 1-2 Juventus
A Juve entrou em campo no domingo sob pressão, pois o Napoli havia vencido no dia anterior e alcançado a Velha Senhora em número de pontos. Mas o time soube lidar bem com isso e, enfrentando um bom Chievo, que até aquele momento havia vencido cinco partidas em casa e perdido apenas duas, conseguiu um bom resultado que o coloca com três pontos de vantagem sobre o vice-líder novamente. A má fase juventina parece ter passado e agora a equipe ostenta boa sequência: oito pontos nos últimos quatro jogos.
O primeiro gol da partida saiu ainda cedo, aos 10 minutos, depois que Matri aproveitou cruzamento de Vidal e acertou bonito vôleio no canto, fazendo seu quinto gol no campeonato. Pouco mais tarde, foi a vez de Lichtsteiner ir às redes. Em ótima jogada de Giovinco, que deu passe de calcanhar para enganar a defesa, o suiço chegou de trás e chutou bonito, fazendo 2 a 0. No começo do segundo tempo, Thereau diminuiu, mas foi só. A Juventus continuou com o controle da partida e não correu grandes perigos. (Rodrigo Antonelli)
Napoli 2-0 Catania
No encharcado gramado do San Paolo, o Napoli passou pelo Catania e alcançou a Juventus na pontuação – apenas por uma noite. Logo no início da partida, Pandev, aos 15 segundos, teve a primeira chance desperdiçad. Depois, Cannavaro finalizou, de bicicleta, pra fora. Somente aos 31, Hamsík deu a vantagem para os partenopei ao desviar o cruzamento de Zúñiga, já dentro da pequena área. Ainda no primeiro tempo, numa jogada bem parecida com a do primeiro gol, Cannavaro ampliou o escore para o Napoli e praticamente definiu a partida para os donos da casa.
A equipe da Sicília, buscando sua quarta vitória seguida, parou em sua própria incompetência e em Cavani. Na primeira etapa, Barrientos saiu na cara de De Sanctis e errou o gol. Na etapa final, ele voltou a jogar a bola pra fora. Bergessio teve gol invalidado, após escanteio de Gómez, pois cometeu falta de ataque em Zúñiga. E, por fim, Cavani salvou, em cima da linha, uma cobrança de falta de Lodi. Na próxima rodada, o Catania encara a Atalanta, em Bérgamo; o Napoli, vice-líder, enfrenta a Lazio, no Olímpico, em confronto decisivo. (Murillo Moret)
Genoa 3-2 Lazio
E a fase negativa da Lazio continua: nos últimos três jogos, a equipe da capital somou apenas um ponto e agora já está muito distante do sonho da liderança, que ainda era lúcido há duas semanas. O time de Petkovic soma apenas 43 pontos e está nove atrás da Juve e seis atrás do Napoli. Contra o Genoa, a equipe fraquejou na primeira etapa e isso custou caro. Em jogo muito movimentado, a equipe da casa abriu o placar no início, com Borriello. Ainda no primeiro tempo, Bertolacci aumentou a vantagem rossoblù, que vinha fazendo uma de suas melhores partidas no campeonato.
No início da etapa final, Borriello ainda teve a chance de fazer 3 a 0 e liquidar a partida, mas não aproveitou. E depois disso a Lazio melhorou. Logo em seguida, Floccari acertou belo chute de venceu Frey, diminuindo a vantagem dos donos da casa. Aos 35, então, Tagliavento marcou pênalti duvidoso para a Lazio e Mauri não desperdiçou. Com o 2 a 2 no placar, a partida voltou a ficar movimentada e ainda teve tempo para Rigoni, estreando com o Genoa, acertar grande chute e fazer 3 a 2 para a equipe da casa, que agora está um ponto à frente da zona de rebaixamento e respira um pouco. (RA)
Fiorentina 2-0 Parma
Ela voltou! Depois de um janeiro tenebroso, com quatro jogos sem vitórias na Serie A, sendo três derrotas, a Viola voltou a ter eficiência no ataque, mais segurança atrás, com Viviano de volta ao gol e participação dos alas, essenciais no jogo da equipe de Montella. Com os três pontos, a equipe toscana voltou a encostar no pelotão de cima, a apenas um ponto de Milan e Inter, na zona da Europa League, e a quatro da Lazio, a última na zona da Champions.
No embalo de Toni e Jovetic, a Fiorentina garantiu o primeiro triunfo em 2013, primeiro com o veterano atacante, ao seu melhor estilo, subindo mais alto que o adversário após levantamento na área de Cuadrado. Do outro lado, Pasqual fez o mesmo que o colombiano e Migliaccio desviou para Jovetic definir, logo no início da segunda etapa. Sem vencer a quatro jogos (o que deve ser relativizado pelos adversários – Juventus, Napoli, Fiorentina e Chievo, fora), o Parma de Donadoni, porém, não fez má partida, e Biabiany e Marchionni deram trabalho pela direita, mas Belfodil e Sansone não aproveitaram suas chances. (Arthur Barcelos)
Palermo 1-2 Atalanta
Vocês sabem que tudo o que está ruim pode ficar ainda pior, né? O Palermo debutou um monte de jogadores contratados na janela de inverno na tentativa de alcançar o Pescara e respirar na parte de baixo da tabela, mas foi derrotado pela Atalanta, se tornou o novo lanterna da Serie A e teve seu técnico demitido. Entre os titulares, quatro novas caras: Nélson e Faurlín no meio de campo; e Fabbrini e Boselli no ataque. Os dois times tiveram chances no primeiro tempo. Donati chutou próximo ao alvo e Fabbrini desperdiçou boa oportunidade. O atacante teve outra chance, de fora da área, mas Consigli espalmou para escanteio. Pela Atalanta, Giorgi testou Sorrentino, que praticou boa defesa, e, no rebote, Parra errou a finalização.
A Atalanta saiu na frente somente no segundo tempo. Radovanovic encheu o pé, de fora da área, e a bola explodiu no travessão. Na sobra, Carmona, de peixinho, escorou para vencer Sorrentino. Hora dos argentinos: o estreante Formica entrou no lugar de Fabbrini; Denis, recuperado de lesão, substituiu Parra. O ex-jogador do Blackburn pouco fez. No entanto, Denis, em ótimo lançamento de Stendardo, marcou o segundo do time de Bérgamo. Nélson conseguiu diminuir depois de um cruzamento de Formica. Nos acréscimos, Consigli fez grande defesa, parando Boselli. A Atalanta recebe o Catania na próxima rodada; o Palermo joga contra o Pescara, na Sicília. Um dia após a partida, o técnico Maurizio Zamparini demitiu o técnico Gasperini e o diretor esportivo Pietro Lo Monaco – volta o ex-diretor Giorgio Perinetti e, junto com ele, deve chegar o técnico Alberto Malesani. O clube rosanero não vence desde o dérbi de novembro – já são nove jogos sem vitória. (MM)
Pescara 2-3 Bologna
No estádio Adriático, em Pescara, o time da casa recebeu o Bologna, em um confronto direto contra o rebaixamento. Apesar da situação complicada de ambos, o jogo foi bem movimentado e cheio de emoções. Apenas no primeiro tempo, em um intervalo de quinze minutos, três pênaltis foram marcados. O primeiro, para o Pescara, foi de Antonsson em Weiss e o próprio eslovaco foi para a cobrança e não desperdiçou. Quatro minutos depois, infração ingênua de Zanon em Kone. Na cobrança, Diamanti igualou o marcador. Porém, no minuto 40, novo pênalti em Weiss – este, inexistente. Dessa vez a cobrança ficou sob a responsabilidade de D’Agostino, que marcou seu primeiro gol com a camisa biancoazzurra.
Para o segundo tempo, o Bologna voltou com novo ímpeto e logo aos cinco minutos conseguiu empatar o jogo com o artilheiro Gilardino, que desviou de cabeça após cobrança de falta de Diamanti. O gol da virada do time bolonhês veio dos pés de Kone, o mesmo que garantiu as viradas contra Roma e Napoli, que completou de maneira acrobática o cruzamento de Pasquato. A vitória alivia a situação rossoblù, mas complica o Pescara que agora amarga a 18ª colocação, a primeira na zona de rebaixamento. (CD)
Torino 0-0 Sampdoria
No Olimpico de Turim, o único 0 a 0 da movimentada rodada. Jogo sem muitas emoções entre equipes sem maiores expectativas na temporada, buscando a consolidação na volta para a Serie A. Embalado por seus últimos resultados, o Torino foi quem mais produziu durante os 90 minutos, especialmente com D’Ambrosio e Cerci pela direita, mas a falta de precisão nas finalizações pesou.
Apesar dos 6 a 0 no último jogo, homenageando em grande estilo o falecido presidente Riccardo Garrone, a Sampdoria não apresentou a mesma desenvoltura na frente, e Éder e Icardi pouco chutaram a gol. Defensivamente, porém, o time conseguiu segurar a pressão granate contando com as boas atuações de Gastaldello, Poli e duas defesas de Romero. Com o empate, as equipes se mantiveram nas 11ª e 14ª colocações, respectivamente. (AB)
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