Balotelli salvou o Milan, apesar de mais uma partida ridícula da equipe rossonera (Uefa.com)
Ajax e Milan se enfrentaram em Amsterdam nesta terça-feira.
Em campo, onze títulos de Champions League (sendo dois decididos entre eles: um
na temporada 1968-69, com vitória italiana por 4 a 1 e outro na temporada
1994-95, com vitória holandesa por 1 a 0) e mais onze taças entre Copas Uefa,
Supercopas e Recopas. Isso sem falar dos exímios esquadrões dessas equipes,
especialmente nas décadas de 1970 e 1990. No retrospecto histórico foram doze
confrontos com cinco vitórias para cada lado e dois empates.
Se sobrava história e tradição, em campo não se viam mais
craques como van Basten, Kluivert, Baresi, Maldini ou Rijkaard. Pelo contrário,
qualidade técnica é algo que passa longe dessas equipes. Balotelli é um dos
poucos que fogem à regra nesse quesito. E era nele que o Milan apostava suas
fichas.
Ainda sem poder contar com Kaká e com a nova lesão de El Shaarawy, horas
antes da partida, a volta de Montolivo foi a surpresa na escalação, no lugar de Birsa,
também lesionado pouco antes do jogo. Assim, Allegri manteve a base do time que
venceu a duras penas a Sampdoria, com Poli, De Jong e Muntari no meio,
Montolivo como trequartista e Robinho ao lado de Balotelli.
Mesmo com um pouco mais de qualidade, o Milan se limitou a
defender. Viu o Ajax tocar a bola durante quase todo o primeiro tempo e não
criou absolutamente nada. Isso mesmo, o rossonero não deu sequer um chute a gol
e ficou com a bola apenas em 24% nos primeiros 45 minutos. Embora tivesse
controlado o jogo, o Ajax também pouco criou. A melhor chance do primeiro
tempo, veio através de um chute de fora da área, de Fischer, que assustou
Abbiati.
Na segunda etapa, um outro Milan veio a campo. Com maior
motivação, maior ofensividade e com Balotelli afim de jogo, a equipe criou boas
oportunidades com Montolivo e com o próprio atacante, que acertou o travessão.
Encolhido, o Ajax viu o Milan tomar conta do jogo, mas ainda com um ritmo
monótono e sonolento. Fortes emoções apareceram somente quando a defesa holandesa tentava
sair jogando, quase sempre se complicando.
Porém, no melhor momento milanista no jogo, quando o Ajax,
assustado, começava a se contentar com o empate, saiu o gol dos Godenzonen. A
zaga do Milan marcou bobeira e o zagueiro Denswil subiu sozinho para completar
a cobrança de escanteio e abrir o placar, já aos 44 minutos do segundo tempo.
A
derrota complicaria muito a situação do Milan no grupo, então restou ao
Diavolo partir pra cima. No primeiro ataque após o gol, Abate completou
cruzamento e Van Rhijn salvou em cima da linha, mas na sequência, Balotelli
sofreu pênalti de Van der Hoorn. Um pênalti que gerou muita discussão por parte
dos holandeses, porque a impressão é de que ambos os jogadores se seguravam e que, na verdade, foi o italiano quem puxou o adversário, cavando a penalidade. Sem nada a ver com a decisãp do árbitro, o camisa 45 cobrou com a categoria de
sempre e empatou o jogo. Foi o oitavo gol, entre os 18 que a equipe marcou, nos
últimos dez minutos de jogo que garantiu um precioso ponto para o Milan.
Agora com quatro pontos, a equipe segue na segunda colocação
do grupo, atrás apenas do Barcelona, adversário cujo qual terá confronto direto
nas duas próximas rodadas. Se somar alguns pontos ou ver Celtic e Ajax ficarem
no empate, a classificação estará encaminhada. Mas com esse futebol, não vai
chegar nem perto de conquistar o que gerações históricas milanistas
conquistaram.
Ficha técnica
Ajax: Cillessen; Van Rhijn, Moisander (78’ Van Der Hoorn),
Denswil e Blind; Poulsen, Duarte (59’ Schöne) e De Jong; De As (65’ Andersen),
Fischer e Sigthórsson. Técnico: Frank de Boer
Milan: Abbiati; Abate, Zapata, Mexès e Constant; De Jong,
Muntari, Poli (84’ Emanuelson) e Montolivo; Robinho (78’ Matri) e Balotelli.
Técnico: Massimiliano Allegri
Árbitro: Jonas Eriksson, da Suécia
Gols: Denswil (AJA, 90’) e
Balotelli (MIL, 94’)