Serie A

Guia da Serie A 2015-16, parte 2

Amanhã é o dia do pontapé inicial para a Serie A 2015-16! Na quarta, trouxemos a primeira parte do nosso guia da temporada, com as análises de dez das equipes que disputarão o Italiano. Hoje, na véspera da primeira rodada de jogos, chegamos com a segunda etapa do especial, com outra dezena de pitacos: começamos com a Lazio e terminamos com o Verona. Vá em frente e saiba o que esperar desses times no campeonato que bate à porta.

Lazio

 

Cidade: Roma (Lácio)
Estádio: Olímpico de Roma (73.481 lugares)
Fundação: 1900
Apelidos: Biancocelesti, Biancazzurri, Aquilotti
Principal rival: Roma
Títulos da Serie A: dois

Na última temporada: 3ª posição

Objetivo: vaga em competições europeias

Brasileiros no elenco: Felipe Anderson e Maurício

Técnico: Stefano Pioli (2ª temporada)

Destaque: Antonio Candreva

Fique de olho: Sergej Milinkovic-Savic

Principais chegadas: Sergej Milinkovic-Savic (m, Genk), Ravel Morrison (m, West Ham) e Wesley Hoedt (z, AZ Alkmaar)

Principais saídas: Cristian Ledesma (v, sem clube), Luis Cavanda (le, Bursaspor) e Michaël Ciani (z, Espanyol)

Time-base
(4-3-3): Marchetti; Basta, De Vrij, Gentiletti, Radu; Cataldi (Milinkovic-Savic), Biglia, Parolo; Candreva, Klose (Keita, Djordjevic), Felipe Anderson.

 

Sensação de 2014-15, a Lazio começa a nova temporada buscando a afirmação. Desta vez, a missão é mais difícil para os romanos, que largaram bem no play-off da Liga dos Campeões contra o Bayer Leverkusen e terão de dividir as atenções da Serie A com uma competição continental – seja a Champions, em caso de classificação, ou a Liga Europa, se cair. Além da maior quantidade de jogos, os aquilotti terão concorrência fortalecida, já que Inter e Milan se reforçaram, e Roma, Napoli, Fiorentina e Torino, além da Juventus, também estão na briga por vagas europeias. Conseguir repetir a campanha do ano passado é o sonho da equipe comandada por Pioli.

O time de Formello teve como principal objetivo de mercado resistir às investidas por seus melhores jogadores, como Felipe Anderson, Candreva, Keita e Biglia – o argentino, cortejado pelo Manchester United, ainda pode sair. O elenco sofreu poucas modificações, e a saída do vice-capitão Ledesma deve ser a mais sentida – Mauri, o capitão, chegou a sair, mas acertou o retorno. Para o lugar dos experientes jogadores chegaram promessas, como Milinkovic-Savic, destaque da Sérvia no Mundial Sub-20, Morrison, Hoedt, Patric e Kishna. A forma de jogar da Lazio continua a mesma: agressiva no meio-campo, com muita velocidade pelas pontas e muita ofensividade, já que os meio-campistas aparecem muito para concluir as chances criadas. Já que os grandes nomes do segundo melhor ataque da última temporada continuam vestindo biancoceleste, não dá para esperar da equipe algo diferente de muitos gols e jogos interessantes.

Milan

 

Cidade: Milão (Lombardia)
Estádio: San Siro (80.018 lugares)
Fundação: 1899
Apelidos: Rossoneri, Diavolo
Principais rivais: Inter e Juventus
Títulos da Serie A: 18

Na última temporada: 10ª posição

Objetivo: vaga na Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Alex, Rodrigo Ely e Luiz Adriano

Técnico: Sinisa Mihajlovic (estreante)

Destaque: Carlos Bacca

Fique de olho: Davide Calabria

Principais chegadas: Carlos Bacca (a, Sevilla), Luiz Adriano (a, Shakhtar Donetsk) e Alessio Romagnoli (Roma)

Principais saídas: Stephan El Shaarawy (a, Monaco), Giampaolo Pazzini (a, Verona) e Adil Rami (z, Sevilla)

Time-base
(4-3-1-2): Diego López; Abate, Mexès, Romagnoli, Antonelli; Montolivo, De Jong, Bertolacci; Bonaventura (Ménez); Bacca, Luiz Adriano.

Após dois anos de resultados desastrosos, o Milan quer dar a volta por cima. O primeiro passo para isso foi a contratação do técnico Mihajlovic, que fez bom trabalho na Sampdoria, com futebol compacto e agressivo. Com orçamento maior, após a entrada do tailandês Bee Taechaubol no quadro de acionistas, os rossoneri investiram quase 90 milhões de euros para assegurar quatro contratações principais: Romagnoli, Bertolacci, Luiz Adriano e Bacca. Neste mercado inflacionado, qualquer valor é discutível, mas os quatro contratados serão bastante úteis para o treinador sérvio. Tanto é que serão titulares no 4-3-1-2 planejado por Miha.

Dois dos principais problemas na última temporada milanista foram a defesa e a falta de atacantes goleadores. A chegada do promissor Romagnoli, tido como novo Nesta, promete amenizar a fragilidade no setor, que ainda terá um Mexès em boa fase. O meio-campo será o setor fulcral da equipe, e terá características similares às que Mihajlovic desenvolveu em sua Samp: muito combate, posse de bola, ligações mais diretas com os atacantes e chegada na área adversária. Se em 2015-16 faltaram centroavantes que anotavam uma penca de gols – o artilheiro do Milan foi Ménez, meia-atacante –, Bacca e Luiz Adriano, além de Niang, devem resolver a carência. Com os artilheiros da Liga Europa e da Liga dos Campeões em campo, o Milan pode sonhar alto nesta temporada.

Napoli

 

Cidade: Nápoles (Campânia)
Estádio: San Paolo (60.240 lugares)
Fundação: 1926
Apelidos: Azzurri, Partenopei
Principais rivais: Verona, Juventus, Inter e Milan
Títulos da Serie A: dois

Na última temporada: 5ª posição

Objetivo: vaga na Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Gabriel, Rafael Cabral, Henrique, Allan e Jorginho

Técnico: Maurizio Sarri (estreante)

Destaque: Marek Hamsík

Fique de olho: Jacopo Dezi

Principais chegadas: Pepe Reina (g, Bayern de Munique), Allan (v, Udinese) e Mirko Valdifiori (v, Empoli)

Principais saídas: Gökhan Inler (v, Leicester), Walter Gargano (v, Monterrey) e Duván Zapata (a, Udinese)

Time-base
(4-3-1-2): Reina; Hysaj, Albiol, Chiriches, Ghoulam; Allan, Valdifiori, Hamsík; Insigne; Mertens (Gabbiadini), Higuaín.

Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. É o lema do Napoli para a temporada que se inicia, depois do fiasco na reta final de 2014-15, na qual o clube caiu nas semifinais da Liga Europa e da Coppa Italia, além de deixar escapar uma vaga na Liga dos Campeões. Os azzurri superam Benítez, que nunca teve forte ligação com torcida e diretoria, e acolhem Sarri. O ex-técnico do Empoli é nascido na província de Nápoles e torce para o clube, uma grande mudança de relacionamento quanto ao que havia anteriormente com Benítez. O novo treinador vem de grande trabalho na Toscana, onde montou um dos times mais atraentes da última Serie A.

Junto com Sarri, chegam dois bons nomes do Empoli: o promissor lateral Hysaj e o regista Valdifiori. O meia fará parte de um setor de muita qualidade e quantidade, como gostam os italianos. No 4-3-1-2 sarriano, Valdifiori, Hamsík e o ótimo brasileiro Allan deverão dar todo o suporte técnico e tático para que Insigne, finalmente escalado como trequartista, possa iluminar o forte ataque azzurro. Higuaín, em busca de recuperação do moral, e ora Gabbiadini, ora Mertens, devem incomodar e muito as defesas adversárias. Mais atrás, a volta de Reina deve solucionar a insegurança na meta napolitana, que com Andújar e Rafael, foi bastante violada – um zagueiro central ainda pode ser contratado. Mais uma vez, o Napoli entra no campeonato com força suficiente para brigar de igual para igual com os grandes, e desta vez com a alma revigorada.

Palermo

 

Cidade: Palermo (Sicília)
Estádio: Renzo Barbera (36.349 lugares)
Fundação: 1900
Apelidos: Rosanero, Aquile
Principal rival: Catania
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 5ª colocação)

Na última temporada: 11ª posição

Objetivo: meio da tabela

Brasileiros no elenco: Matheus Cassini

Técnico: Giuseppe Iachini (3ª temporada)

Destaque: Franco Vázquez

Fique de olho: Matheus Cassini

Principais chegadas: Matheus Cassini (a, Corinthians), Oscar Hiljemark (m, PSV Eindhoven) e Abdelhamid El Kaoutari (z, Montpellier)

Principais saídas: Paulo Dybala (a, Juventus), Édgar Barreto (v, Sampdoria) e Andrea Belotti (a, Torino)

Time-base
(3-5-1-1): Sorrentino; Goldaniga (Struna), González, El Kaoutari; Rispoli, Rigoni, Brugman, Hiljemark, Lazaar; Vázquez; Matheus Cassini (Quaison).

Após uma temporada de muita tranquilidade, o Palermo busca se estabelecer na primeira divisão. No terceiro ano do técnico Iachini, a equipe vem bastante modificada em relação à que jogou a última Serie A. A grande perda é a do artilheiro Dybala, vendido a peso de ouro para a gigante Juventus: juntamente com o promissor Belotti, o argentino deixou um vácuo no ataque da equipe rosanero. Reforços ainda devem chegar, mas o brasileiro Matheus Cassini, que nem estreou entre os profissionais do Corinthians, chega com a responsabilidade que a camisa 9 traz com ela. Ao menos, o Palermo segurou Vázquez, outra peça muito importante, pelos gols e assistências.

O 3-5-2 organizado de Iachini será o esquema-base para a temporada mais uma vez. A liderança do capitão Barreto no meio-campo foi perdida, mas agora o setor terá jogadores mais técnicos, como Brugman e Hiljemark (campeão europeu sub-21 com a Suécia), o que pode compensar a escassez de atacantes. No mais, o elenco siciliano não sofreu grandes modificações em relação ao ano passado. Deve ser o suficiente para outra temporada sem riscos e um honroso meio da tabela.

Roma

 

Cidade: Roma (Lácio)
Estádio: Olímpico de Roma (72.481 lugares)
Fundação: 1927
Apelidos: Giallorossi, Lupi, A Maggica
Principais rivais: Lazio e Juventus
Títulos da Serie A: três
Na última temporada: 2ª posição

Objetivo: briga pelo título

Brasileiros no elenco: Maicon, Emerson Palmieri e Leandro Castán

Técnico: Rudi Garcia (3ª temporada)

Destaque: Francesco Totti

Fique de olho: Lorenzo Di Livio

Principais chegadas: Edin Dzeko (a, Manchester City), Mohamed Salah (a, Fiorentina) e Wojciech Szczęsny (g, Arsenal)

Principais saídas: Davide Astori (z, Fiorentina), Mapou Yanga-Mbiwa (z, Lyon) e Seydou Doumbia (a, CSKA Moscou)

Time-base
(4-3-3): Szczęsny (De Sanctis); Florenzi (Maicon), Manolas, Leandro Castán (Rüdiger), Torosidis; Nainggolan, De Rossi, Pjanic; Salah, Dzeko (Totti), Iago.

A Roma não quer ouvir nem falar da decepção de 2014-15. O principal problema da equipe no último campeonato foi o ataque, que não rendeu o esperado (apenas 54 gols marcados, e artilheiros com 8), e a equipe agiu pesadamente para corrigir o problema. Foram três os reforços para o setor: Dzeko e Salah, jogadores de alto nível internacional, e Iago, que fez ótima temporada. Com isso, Totti perde algum espaço, mas segue sendo o símbolo romanista – ainda que, eventualmente, Garcia precise debelar pequenos incêndios de insatisfação no vestiário.

Por ter uma ótima base formada, um trabalho em andamento há algum tempo e por ter acertado com reforços de peso, não há como não colocar a Roma como candidata ao título e principal rival da Juventus – Inter, Lazio, Milan e Napoli seguem na cola. O inegável desgaste psicológico que levou a equipe a cair de rendimento no Italiano passado pode ser superado com a injeção de ânimo que as ambiciosas contratações deram – Szczęsny e Rüdiger já foram confirmados, e a iminente chegada de Digne mostram que o time quer dar um salto –, sem falar na recuperação de Castán, muito comemorada pelos colegas. As primeiras rodadas serão fundamentais para ver como a equipe se adaptará aos reforços e se manterá a regularidade (em termos de resultados) que apresentou na maior parte do trabalho de Garcia. Ao menos, artilharia pesada e um bunker na defesa a equipe terá como armas.

Sampdoria

 

Cidade: Gênova (Ligúria)
Estádio: Marassi (36.703 lugares)
Fundação: 1946
Apelidos: Blucerchiati, Doria, Samp
Principal rival: Genoa
Títulos da Serie A: um

Na última temporada: 7ª posição

Objetivo: vaga em competição europeia

Brasileiros no elenco: Fernando* (*Éder é italiano, após a naturalização)

Técnico: Walter Zenga (estreante)

Destaque: Antonio Cassano

Fique de olho: Federico Bonazzoli

Principais chegadas: Antonio Cassano (a, sem clube), Ervin Zukanovic (le, Chievo) e Fernando (v, Shakhtar Donetsk)

Principais saídas: Samuel Eto’o (a, Antalyaspor), Stefano Okaka (a, Anderlecht) e Pedro Obiang (v, West Ham)

Time-base
(4-3-1-2): Viviano; Cassani, Silvestre, Moisander (Regini), Zukanovic; Soriano, Fernando, Barreto; Éder; Cassano, Muriel.

Talvez Zenga não seja o homem indicado para a missão. Talvez o barrigudo Cassano não tenha gás para uma temporada completa. Talvez o elenco tenha sido modificado demais e perdido muitas de suas peças centrais. São muitas as dúvidas que rondam a Sampdoria neste início de Serie A. Questionamentos alimentados por um vexame: a equipe foi goleada em casa (4 a 0) pelo limitado Vojvodina, da Sérvia, no play-off da Liga Europa, e já foi eliminada. Não havia forma pior de começar uma temporada de transição.

Mihajlovic, um técnico que marcou seu estilo em Gênova, deixou a equipe e foi substituído por Zenga, que nunca teve um trabalho realmente consistente, mas com passado no clube. Escolhas emocionais nem sempre são corretas, e é assim que podemos desconfiar que a volta de Cassano pode não ter vindo em boa hora. É inegável que ele é talentoso, mas não está em forma – Muriel, outro que tem qualidade, sofre do mesmo mal, e são dois jogadores que pouco contribuem para a equipe no mesmo setor. Entre as novidades de mercado, o elenco ganhou bons nomes para as laterais (Cassani, Zukanovic e Moisander), e teve em Fernando bela aquisição para tentar resolver as muitas saídas importantes no meio-campo (de uma tacada só, Acquah, Duncan e Obiang foram embora). O ataque também teve muitas saídas (Eto’o, Okaka e Bergessio), e terá características bem diferentes da última temporada. Jogará mais pelo chão e com muito menos velocidade. Antes de vencer os adversários, a Samp precisará superar a si mesma.

Sassuolo

 

Cidade: Sassuolo (Emília-Romanha)
Estádio: Città del Tricolore (20.084 lugares)
Fundação: 1920
Apelidos: Neroverdi, Sasòl
Principal rival: Modena
Títulos da Serie A: nenhum (melhor colocação: 12ª posição)

Na última temporada: 12ª posição

Objetivo: escapar do rebaixamento

Brasileiros no elenco: nenhum

Técnico: Eusebio Di Francesco (4ª temporada)

Destaque: Domenico Berardi

Fique de olho: Lorenzo Pellegrini

Principais chegadas: Grégoire Defrel (a, Cesena), Alfred Duncan (v, Sampdoria) e Karim Laribi (m, Bologna)

Principais saídas: Simone Zaza (a, Juventus), Saphir Taïder (m, Inter) e Matteo Brighi (v, Bologna)

Time-base
(4-3-3): Consigli; Vrsaljko, Cannavaro, Acerbi, Peluso; Biondini, Magnanelli, Missiroli (Laribi); Berardi, Defrel, Sansone.

O sonho continua. A terceira temporada do Sassuolo na elite começa com o mesmo objetivo das outras para o pequeno time da Emília-Romanha: o importante é se salvar. Depois de conseguir um honroso 12º lugar em 2014-15 (que poderia até ter sido melhor, se o ritmo tivesse sido mantido), a equipe mudou pouco, mas perdeu uma das peças do seu tridente ofensivo. Ficam Berardi e Sansone, sai Zaza, que reforçou a Juventus. Para o seu lugar, os neroverdi investiram em um jogador com mais mobilidade, e igualmente canhoto: Defrel, de bom desempenho pelo Cesena, chega para ocupar o terminal ofensivo.

Isso pode fazer a equipe jogar de maneira um pouco diferente, com menos referências na área e um jogo de troca de posições mais rico. Se antes o Sassuolo era garantia de ter um dos melhores ataques do campeonato, hoje vem com boa aposta, mas que ainda precisará se provar válida. Os outros setores do time, sem nenhuma novidade entre os titulares e de reforços com características similares aos que deixaram o Città del Tricolore, devem se comportar de maneira similar. Uma defesa firme, com laterais que apoiam bem e são cobertos por volantes de boa qualidade técnica. De novo, o técnico Eusebio Di Francesco tem todas as ferramentas para conduzir os neroverdi a uma salvação tranquila e continuar no rol dos mais promissores treinadores da Itália.

Torino

 

Cidade: Turim (Piemonte)
Estádio: Olimpico di Torino (28.140 lugares)
Fundação: 1906
Apelidos: Toro, Granata
Principais rivais: Juventus, Sampdoria, Roma
Títulos da Serie A: sete

Na última temporada: 9ª posição

Objetivo: vaga na Liga Europa

Brasileiros no elenco: Bruno Peres e Danilo Avelar

Técnico: Gian Piero Ventura (5ª temporada)

Destaque: Fabio Quagliarella

Fique de olho: Lys Gomis

Principais chegadas: Davide Zappacosta (ld, Atalanta), Daniele Baselli (m, Atalanta) e Andrea Belotti (a, Palermo)

Principais saídas: Matteo Darmian (ld, Manchester United) e Omar El Kaddouri (m, Napoli)

Time-base
(3-5-2): Padelli; Maksimovic, Glik, Moretti; Bruno Peres (Zappacosta), Baselli, Benassi, Acquah, Avelar (Obi); Quagliarella, Belotti (Maxi López).

Tem que respeitar o Torino de Ventura. O técnico está entre os cinco maiores da história do clube e com mais tempo de serviço pelos granata, e a cada ano precisa reinventar seu time. O roteiro é similar: jogadores se destacam, são vendidos por ótimos valores e a equipe investe em jogadores de potencial. Assim, ele tem colocado a equipe na parte alta da tabela, na briga por vagas em competições europeias. Nesta temporada, apesar de concorrência ferrenha, o Toro deve, outra vez, lutar para ficar entre os melhores times da temporada.

A atuação da diretoria no mercado merece aplausos. Darmian foi para o Manchester United por 18 milhões de euros, e com 17 milhões foram contratados jogadores muito promissores, como Zappacosta, Baselli e Belotti – três jogadores que disputam vagas no time titular. O elenco é mais forte que o das temporadas anteriores, e quase todas as estrelas permaneceram – apenas El Kaddouri, emprestado, deixou a equipe. Caso Maksimovic e Bruno Peres sejam negociados, pequenas fortunas cairão nos cofres grenás, e outros jogadores chegarão. Do jeito que está, o elenco tem como grandes destaques o zagueiro-artilheiro Glik, que ainda é o capitão e o líder, e o experiente Quagliarella, goleador do time. Com tudo isso, o Torino caminha para reconstruir sua grandeza.

Udinese

 

Cidade: Údine (Friuli)
Estádio: Friuli (41.652 lugares)
Fundação: 1896
Apelidos: Bianconeri e Zebrette
Principais rivais: Venezia
 e Triestina
Títulos da Serie A: nenhum (melhor colocação: vice-campeã)

Na última temporada: 16ª posição

Objetivo: escapar do rebaixamento

Brasileiros no elenco: Danilo, Neuton, Edenílson, Guilherme, Lucas Evangelista e Marquinho

Técnico: Stefano Colantuono (estreante)

Destaque: Antonio Di Natale

Fique de olho: Alex Meret

Principais chegadas: Ali Adnan (le, Rizespor), Duván Zapata (a, Napoli) e Marquinho (Al-Ittihad)

Principais saídas: Allan (v, Napoli), Simone Scuffet (g, Como) e Gabriel Silva (le, Carpi)

Time-base
(3-5-2): Karnezis; Wagué, Danilo, Domizzi (Heurtaux); Widmer (Edenílson), Badu, Pinzi, Kone (Fernandes), Adnan; Zapata (Théréau), Di Natale.

A família Pozzo esqueceu da Udinese. O dono do time friulano, Giampaolo Pozzo, vem mudando gradativamente seu foco para seus outros clubes: o Granada, da Espanha e, nesta temporada, o Watford, da Inglaterra. Enquanto os Hornets  vem recebendo bons jogadores, a Udinese está à míngua e recebeu escassos reforços, nenhum deles uma garantia de melhoria na qualidade da equipe. O fato de a Udinese estar construindo seu estádio também pesa na diminuição do orçamento, mas há boa possibilidades de os bianconeri passarem os primeiros meses do novo Friuli na Serie B.

O desafio do treinador Colantuono é evitar o vexame. O carequinha tem bons trabalhos em equipes de menor expressão, e vem de temporadas de destaque pela Atalanta. Alternando entre o 3-5-2 e o 4-4-1-1, o técnico terá algumas boas peças à disposição, mas que não vem mostrando tanta qualidade em campo. O time titular é interessante, tem uma boa defesa, com Danilo e Heurtaux, e bons laterais, como Widmer, Edenílson e Adnan – este último, o primeiro iraquiano a atuar na Itália. Os habilidosos e bons finalizadores Kone e Bruno Fernandes seguem como armas da artilharia friulana, reforçada do tanque Zapata, que dá uma opção de jogo aéreo ausente no clube desde que Iaquinta trocou Údine pela Juventus – sim, faz tempo. Mas é claro que a estrela da companhia, o lendário Di Natale, continua sendo o fator de decisão e será o fiel da balança. Com quase 38 anos, o veterano artilheiro tentará fazer a equipe continuar na elite, em sua última temporada como profissional.

Verona

 

Cidade: Verona (Vêneto)

Estádio: Stadio Marc’Antonio Bentegodi (38.402 lugares)

Fundação: 1903

Apelidos: Mastini, Scaligeri, Butei

Principais rivais: Vicenza, Chievo, Brescia e Napoli

Títulos da Serie A: um

Na última temporada: 13ª posição

Objetivo: meio da tabela

Brasileiros no elenco: Rafael, Rômulo e Cláudio Winck

Técnico: Andrea Mandorlini (6ª temporada)

Destaque: Luca Toni

Fique de olho: Filip Helander

Principais chegadas:
Giampaolo Pazzini (a, Milan), Rômulo (m, Juventus) e Filip Helander (z, Malmö)

Principais saídas: Mounir Obbadi (v, Lille), Panagiotis Tachtsidis (m, Genoa) e Nico López (a, Granada)

Time-base
(4-3-1-2): Rafael; Sala, Márquez, Helander, Albertazzi; Ionita (Rômulo), Viviani, Hallfredsson; Juanito (Jankovic); Pazzini, Toni.

 

Mandorlini já foi questionado inúmeras vezes, mas vai para o seu sexto ano como técnico do Verona. Pragmático até o osso, o treinador faz a sua máquina funcionar sem grandes mistérios, mas com muita eficiência. O esquema pode até mudar, mas a forma de jogar é parecida: meias que vão de uma área a outra e constroem o jogo pelas laterais, sempre buscando uma referência fixa, o grandalhão Toni, que vai em busca de mais uma artilharia da Serie A.

Dessa vez, no entanto, haverá uma novidade: o clube vêneto contratou Pazzini, e o técnico tentará dar um jeito de jogar com os dois centroavantes ao mesmo tempo. Se a ideia será mantida, as primeiras rodadas é que irão dizer. A princípio, a ideia parece interessante, e não dá para duvidar que o poder de fogo dos gialloblù cresceu. Vale a pena acompanhar, ainda, a evolução do jovem lateral direito Sala e do zagueiro Helander, de boa participação no título europeu sub-21 da Suécia. O ítalo-brasileiro Rômulo, que já foi tão importante para os lados de Verona, volta da Juventus como opção para o banco, ao menos inicialmente. A sensação é de que a campanha do Verona será mais interessante para fazer observações individuais do que para esperar alguma surpresa. O meio da tabela deve ser o destino da equipe, que não dificilmente sofrerá com ameaça de descenso ou brigará por uma vaga na Liga Europa.

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