Serie A

34ª rodada: apatia no clássico entre Juventus e Milan retratou temporada melancólica da dupla

Se faltavam motivos para as torcidas de Juventus e Milan desejaram com veemência a troca no comando técnico, o clássico entre as duas equipes entregou as motivações que faltavam. Enquanto a Inter deu show de bola no fim de semana mesmo após a ressaca pela festa da conquista do scudetto e ao passo que só contava os minutos para mais uma farra, com cerca de 300 mil presentes, bianconeri e rossoneri protagonizaram um duelo opaco, longe do brilhantismo e da competitividade de outrora. Os torcedores querem mais. Do contrário, será difícil competir pelo título com os nerazzurri em 2024-25.

O fim de semana ainda teve vários outros resultados importantes. Na parte alta da tabela, o Bologna se garantiu ao menos na Conference League, o que já é um feito e tanto para um time que não era cotado como favorito a vagas em torneios continentais. Além disso, o Napoli desperdiçou chance de reabrir a briga por um lugar na Champions League ao empatar com a tinhosa Roma, enquanto Atalanta e Lazio seguem firmes na corrida.

No setor inferior da classificação, a Salernitana se tornou a primeira rebaixada à próxima Serie B. O goleado Sassuolo vai dando pinta de que acompanhará os grenás, enquanto a Udinese, embora tenha entrado na zona de rebaixamento, mostrou bons momentos sob as ordens de Fabio Cannavaro, seu novo técnico, e promete brigar para sair dali. A reação do Frosinone e a salvação matemática do Genoa também movimentaram aquela parte da tabela no fim de semana. A seguir, confira o que de melhor aconteceu na 34ª rodada do Campeonato Italiano.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Juventus 0-0 Milan

Tops: Bremer (Juventus) e Sportiello (Milan)
Flops: Weah (Juventus) e Adli (Milan)

Se alguém ainda tinha a dúvida de que os trabalhos de Massimiliano Allegri e Stefano Pioli já atingiram os seus respectivos limites e que, no momento, têm mais defeitos do que qualidades, o clássico entre Juventus e Milan fez questão de dar um fim à questão. Apesar de o Diavolo ter confirmado sua presença na próxima Champions League e a Velha Senhora estar quase lá, os dois times – que ocupam a terceira e a segunda posições da Serie A – protagonizaram um duelo mirrado, distante do brilhantismo de outrora. Salvo alguns lampejos em jogadas de bola parada e em levantamentos à área, que exigiram a atenção do goleiro rossonero Sportiello, pouco ocorreu. Os visitantes sequer fizeram Szczesny sujar o uniforme, pois não chutaram na direção do gol.

O Milan já chegava a Turim com a defesa remendada, devido às suspensões de Tomori, Hernandez e Calabria – o que levou Musah à lateral direita e permitiu a Rafael Leão utilizar a braçadeira de capitão. Para piorar, Maignan sentiu dores no aquecimento e, vítima de mais uma de suas frequentes lesões, deu lugar a Sportiello. O arqueiro reserva não faria feito e se destacaria nos acréscimos da etapa inicial, na primeira finalização digna de nota da partida. Cobrando falta de maneira perigosa, Vlahovic obrigou o italiano a colocar a bola para escanteio.

A Juventus tinha domínio territorial, mas pouca criatividade para ultrapassar as linhas do Milan. Do outro lado, a articulação rossonera era muito lenta, os pontas raramente eram acionados em condições de atacar a profundidade e não buscavam outras formas de incidir na partida – assim, Giroud ficava alheio ao jogo. Logo após o intervalo, Kostic tentou romper o marasmo do clássico com uma finalização fortuita e Sportiello não só rebateu o seu chute como, no susto, também impediu que Danilo aproveitasse a sobra. O arqueiro ainda mostrou segurança numa cabeçada de Milik, que substituiu um insatisfeito Vlahovic, e cometeu raro erro no fim, soltando a fraca testada de McKennie. Na sequência, Thiaw salvou a escorada de Rabiot em cima da linha.

Inter 2-0 Torino

Gols e assistências: Çalhanoglu (Mkhitaryan) e Çalhanoglu (pênalti)
Tops: Çalhanoglu e Mkhitaryan (Inter)
Flops: Tameze e Lovato (Torino)

No domingo, a torcida da Inter estava ansiosa para celebrar a conquista do vigésimo scudetto, numa festa que começaria em San Siro e teria um desfile em carro aberto pelas ruas de Milão até a Piazza del Duomo, no centro da cidade. Porém, para comemorar em grande estilo com a equipe campeã, a farra tinha que começar com uma vitória sobre o Torino.

A partida entrou para a história por ter sido a primeira da Serie A masculina a ter um trio de arbitragem inteiramente feminino, liderado pela árbitra Maria Sole Ferrieri Caputi. O Torino quis aproveitar o ensejo para também carimbar a faixa da campeã, após aplaudir a sua entrada em campo. Assim, a etapa inicial foi complicada para os nerazzurri, que tiveram dificuldades em conter o potente Zapata. Mas, logo após o intervalo, Mkhitaryan saiu na cara do gol e foi derrubado na entrada da área por Tameze, que foi expulso. Com um a mais, os donos da casa passaram a dominar o jogo e construíram o seu triunfo.

Aos 56 minutos, a Inter construiu jogada de pé em pé, na entrada da área grená, e a finalizou com um potente arremate cruzado de Çalhanoglu. Pouco depois, num lance similar, Thuram tabelou com De Vrij e foi derrubado por Lovato, sofrendo pênalti e permitindo que o turco convertesse a sua 16ª cobrança na Serie A – com a doppietta, o camisa 20 nerazzurro chegou a 13 gols no campeonato. Depois do segundo tento, Simone Inzaghi colocou vários reservas em campo e até armou a equipe com três atacantes, para tentar facilitar a vida de Lautaro, que não deixou o seu. Isso não atrapalhou a festa da campeã, que começou pouco depois do meio-dia e só terminou na madrugada de Milão.

A Inter foi sólida mesmo durante a festa e, com dois de Çalhanoglu, bateu o Torino (Getty)

Napoli 2-2 Roma

Gols e assistências: Olivera (Cajuste) e Osimhen (pênalti); Dybala (pênalti) e Abraham (Ndicka)
Tops: Osimhen (Napoli) e Svilar (Roma)
Flops: Juan Jesus (Napoli) e Renato Sanches (Roma)

O desfecho do Derby del Sole resume bem os momentos dos dois times. De um lado, o Napoli de Francesco Calzona não vence nem mesmo quando tem uma grande produção ofensiva e joga bem; de outro, a Roma de Daniele De Rossi não perde nem sendo alvo de uma pressão excruciante. No fim das contas, os giallorossi mantiveram a quinta posição e impediram os azzurri, oitavos, de reabrirem a corrida por uma vaga na Champions League.

Só no primeiro tempo, Svilar fez três defesas importantes para manter a Roma viva no jogo – a melhor delas, aos 40 minutos, num belo chute de Kvaratskhelia. Antes, Osimhen já tinha deixado Anguissa na cara do gol, mas o camaronês finalizou torto e mandou para fora. Era um Napoli muito ativo, que conseguia incomodar através de jogadas construídas e em profundidade. Entretanto, sem a eficácia necessária para bater um arqueiro em grande momento. Como ratificou, por exemplo, ao efetuar intervenção à queima-roupa ante Lobotka, na casa dos 57.

Aí, então, entrou em cena a fragilidade defensiva dos mandantes. No minuto seguinte à oportunidade do volante eslovaco, Juan Jesus chegou atrasado e derrubou Azmoun na área, permitindo que Dybala abrisse o placar para a Roma. O Napoli contou com a sorte e empatou aos 65, quando Olivera arriscou da entrada da área e, com desvio em Kristensen, encobriu Svilar.

O arqueiro belga de origem sérvia ainda operou um milagre ante Osimhen, aos 72 minutos, e teve de sucumbir ao nigeriano apenas a partir da marca da cal, na casa dos 84, depois de uma estúpida penalidade que Renato Sanches cometeu sobre Kvaratskhelia. Mas, encardida, a Roma reencontrou a igualdade aos 88, após Ndicka ganhar de Rrahmani no alto e servir Abraham, deixado solitário pelos passivos Juan Jesus e Anguissa. O inglês, então, escorou para a rede e marcou o seu primeiro gol após 10 meses afastado por uma séria lesão.

Bologna 1-1 Udinese

Gols: Saelemaekers; Payero
Tops: Saelemaekers (Bologna) e Bijol (Udinese)
Flops: Beukema (Bologna) e Okoye (Udinese)

O Bologna teve mais sorte do que juízo no domingo. Os rossoblù receberam uma Udinese renovada pela chegada do tetracampeão mundial Fabio Cannavaro ao comando técnico e por pouco não foram derrotados pela equipe visitante. Mas, como o futebol é traiçoeiro, os mandantes terminaram o domingo com a classificação garantida para, no mínimo, disputar a Conference League, voltando aos torneios continentais após 22 anos de ausência, enquanto os bianconeri deixaram o Renato Dall’Ara na zona de rebaixamento – o que não acontecia numa rodada tão próxima ao fim da Serie A desde 1994, ocasião do último descenso friulano.

Se não foi possível ver o dedo de Cannavaro em sua estreia, nos minutos finais do jogo recuperado com a Roma, dessa vez o seu aporte à Udinese ficou evidente: os bianconeri pressionaram, tiveram eficiência ofensiva e algumas peças que não vinham jogando receberam oportunidades, contribuindo para este novo panorama. A equipe abriria o placar nos acréscimos da primeira etapa, com Payero, após bobeada de Freuler e uma retomada de bola no campo de ataque. Os friulanos quase foram para o intervalo com uma vantagem ainda maior, mas Lucca chegou atrasado na tentativa de completar cruzamento de Samardzic.

Na segunda etapa, a situação piorou para o Bologna, que viu Beukema ser expulso após calcular mal o momento de dar o bote em Samardzic e terminar matando o contragolpe com falta. A Udinese seguiu melhor e dando trabalho para Skorupski até os 78 minutos. Ali, Saelemaekers bateu falta e mandou a pelota para a área, mas o arqueiro Okoye errou totalmente o tempo de bola, saltou no vazio e engoliu um frangaço inacreditável. O empate levou a um período de muita trocação entre os times, com o belga sendo a principal peça dos mandantes e levando perigo em dois arremates. Do outro lado, nos acréscimos, Davis carimbou a trave e o brasileiro Brenner acabou tirando tinta do poste dos veltri no rebote.

A Roma foi bombardeada pelo Napoli, mas pontuou e manteve o adversário longe da briga por Champions League (Getty)

Atalanta 2-0 Empoli

Gols e assistências: Pasalic (pênalti) e Lookman (Hien)
Tops: Lookman e Hien (Atalanta)
Flops: Bereszynski e Pezzella (Empoli)

A Atalanta está dosando as suas energias para conseguir uma vaga na Champions League através da Serie A e buscar os títulos da Liga Europa e da Coppa Italia, mas não tem perdido nível de performance de forma significativa – apesar de algumas rateadas recentes no campeonato. Contra o Empoli, que briga para não cair, a Dea não correu riscos e obteve sua vitória de forma segura, sem forçar.

O primeiro gol dos mandantes saiu na reta final de uma etapa inicial pouco agitada. Touré recebeu de Lookman e, se antecipando a Pezzella, foi derrubado na área. Pasalic cobrou a penalidade no cantinho e abriu o placar. O segundo saiu logo após o intervalo, quando o atacante nigeriano, que já havia participado do tento anterior, dominou o lançamento de Hien, arrancou em velocidade e arrematou rasteiro, vencendo Caprile.

Com a expressiva vantagem, a sexta colocada da Serie A continuou a ameaçar com Lookman e teve outras oportunidades com Hien e Miranchuk, ambas defendidas por Caprile. Do outro lado, raramente o Empoli deu trabalho a Carnesecchi, que só esperou o tempo passar até o apito final.

Fiorentina 5-1 Sassuolo

Gols e assistências: Sottil (Arthur), Martínez Quarta (Arthur), González (Sottil), Barák (Sottil) e González (Barák); Thorstvedt (Doig)
Tops: Sottil e González (Fiorentina)
Flops: Ferrari e Ruan (Sassuolo)

Em profunda crise, dificilmente o Sassuolo escapará do primeiro rebaixamento à Serie B de sua história. O time neroverde não evoluiu nada com a troca de Alessio Dionisi por Davide Ballardini, somou apenas uma vitória nas 15 rodadas do returno – que representou o seu único triunfo nos confrontos diretos que teve – e vem acumulando goleadas impactantes. Em Florença, a irregular Fiorentina poupou peças para a semifinal da Conference League e nem precisou forçar para obter a sua “manita”.

Logo aos 17 minutos, Arthur encontrou Sottil e, com todo espaço do mundo, o ponta pode cortar para o centro e finalizar no canto, abrindo o placar para a Fiorentina. No primeiro tempo, a Viola ainda chegou ao ataque com muita facilidade e só não ampliou pois o chutaço de Parisi explodiu no travessão e porque Consigli defendeu conclusão de Barák.

Os outros quatro gols da equipe de Florença sairiam depois do intervalo. Aos 54 minutos, Arthur levantou na área e Martínez Quarta, sozinho, cabeceou no canto. Thorstvedt, com um petardo, até chegou a iludir a torcida do Sassuolo com uma enganosa reação imediata. Tão falsa que, já na casa dos 57, González se antecipou a Doig para testar para a rede e fazer o terceiro. O quarto – com Barák, aos 62 – e o quinto – que representou a doppietta de González, aos 66 – foram amostras grátis do quão facilmente a Fiorentina conseguia aproveitar os buracos na defesa neroverde. A surra só não foi maior porque Barák carimbou a trave e parou em Consigli no rebote, ainda aos 69.

Apesar do tropeço em casa, o Bologna garantiu matematicamente que vai disputar uma competição europeia em 2024-25 (Getty)

Lazio 1-0 Verona

Gol e assistência: Zaccagni (Luis Alberto)
Tops: Zaccagni e Marusic (Lazio)
Flops: Suslov e Cabal (Verona)

O sonho de classificação da Lazio para a Champions League é quase proibido, porém segue cultivado. Os celestes não fizeram uma partida esplendorosa contra o Verona, mas impuseram a sua superioridade e, graças à lei do ex aplicada por Zaccagni, obtiveram uma vitória importante para que a chama da esperança siga acesa, à espera de tropeços de Atalanta e Roma.

Tivemos um primeiro tempo bastante morno no Olímpico. A melhor chance saiu dos pés de Isaksen, após escanteio, mas Montipò rebateu com o pé e manteve o Verona, que briga para não cair, vivo no jogo. O arqueiro voltou a aparecer logo depois do intervalo, ao raspar na bola com a ponta dos dedos e impedir que a bomba de Felipe Anderson estufasse as redes – acabaria explodindo no travessão.

A Lazio cresceu no jogo e perdeu duas ótimas chances entre os 67 e os 69 minutos. Primeiro, Kamada deixou Pedro na cara do gol, mas o espanhol finalizou para fora; depois, Castellanos parou em Montipò. O goleiro nada pode fazer na casa dos 72, depois que Zaccagni desarmou Suslov, tabelou com Luis Alberto e o surpreendeu com batida no seu canto. Mandas foi muito reativo na reta final da partida, ao espalmar uma escorada de Coppola, enquanto Pedro chegou a acertar a trave numa cobrança de falta.

Genoa 3-0 Cagliari

Gols e assistências: Thorsby (Sabelli), Frendrup (Vásquez) e Gudmundsson (Frendrup)
Tops: Frendrup e Thorsby (Genoa)
Flops: Obert e Wieteska (Cagliari)

O Genoa já vinha despreocupado no meio da tabela, mas, com a vitória nesta segunda, garantiu matematicamente o que já era questão de tempo: a permanência na elite. Dominado, o Cagliari não foi nem sombra do time que vem colecionando boas atuações nos últimos meses e viu sua sequência de quatro jogos de invencibilidade cair por terra. Como a briga contra o rebaixamento segue acirrada, os isolani, três pontos acima da zona de descenso, precisam abrir o olho.

Logo no primeiro tempo, o Genoa encaminhou sua vitória com tempero nórdico. Os grifoni abriram o placar na casa dos 17 minutos, depois que Sabelli levantou a bola na área e o norueguês Thorsby cabeceou com perfeição, superando Scuffet. Já aos 27, após uma jogada que passou de pé em pé, Vásquez rolou para o dinamarquês Frendrup chapar bonito e estufar a bochecha da rede.

Já na segunda etapa, o Genoa se valeu de sua forte bola aérea e ficou perto de ampliar com Thorsby e De Winter – o primeiro foi negado por defesa de Scuffet; o outro tirou tinta da trave. Na casa dos 64 minutos, o islandês Gudmundsson tentou uma tabela, mas a pelota rebateu na retaguarda do Cagliari e, após ajeitada de Frendrup, sobrou para ele mesmo, cara a cara com o goleiro, fazer o terceiro. Desconsolado após permitir a construção de uma derrota por placar elástico, o time visitante pouco fez para reagir e só levou perigo mesmo num arremate cruzado do brasileiro Paulo Azzi.

A Fiorentina segue com chance de obter vaga na Liga Europa, enquanto o goleado Sassuolo está perto da Serie B (Getty)

Lecce 1-1 Monza

Gols: Krstovic; Pessina (pênalti)
Tops: Krstovic (Lecce) e Pablo Marí (Monza)
Flops: Venuti (Lecce) e Colombo (Monza)

Quem deixou o Via del Mare antes dos acréscimos perdeu os dois gols que definiram o empate entre Lecce e Monza. No entanto, esses tentos acabaram mantendo a igualdade que já perdurara durante toda a partida e produziu um resultado que não muda a situação de ambos os times, que devem concluir a Serie A numa posição intermediária da tabela.

Lecce e Monza tiveram uma boa atuação defensiva, mas os mandantes tiveram mais organização ao longo do jogo e atacaram – enquanto os visitantes pouco ameaçaram o goleiro Falcone. Até os acréscimos, as melhores chances dos apulianos haviam sido em três arremates de dentro da área, bloqueados pelo muro biancorosso, e numa boa investida do lateral-esquerdo Gallo, que parou em Di Gregorio. Os lombardos, por outro lado, poderiam ter aberto o placar aos 89, num voleio de Colpani.

No segundo minuto de acréscimos, Falcone deu um chutão para frente, com o objetivo de buscar a ligação direta e não desperdiçar tempo através de uma construção mais elaborada. Deu certo: Pierotti dividiu com D’Ambrosio e a pelota sobrou na meia-lua para Krstovic, que encheu o pé e não deu chances a Di Gregorio. Na saída de bola, o Monza transformou o veneno em antídoto. Com a mesma fórmula, conquistou uma penalidade devido ao desajeitado Venuti, que subiu com o braço aberto para disputar com D’Ambrosio e interceptou a redonda. Pessina cobrou bem e deixou tudo igual.

Frosinone 3-0 Salernitana

Gols e assistências: Soulé (pênalti), Brescianini (Valeri) e Zortea (Brescianini)
Tops: Zortea e Valeri (Frosinone)
Flops: Sambia e Fazio (Salernitana)

A Salernitana confirmou o que já se esperava havia meses: está rebaixada para a Serie B. Ao contrário do Sassuolo, seu adversário na briga contra o descenso, o Frosinone aproveitou a fragilidade da adversária, não deu sopa para o azar e resolveu a peleja logo no primeiro tempo. Com o triunfo, os canários ganharam terreno na corrida pela permanência e, após pontuarem pela quinta rodada seguida, finalmente deixaram a zona de descenso.

Bastaram apenas 10 minutos para o Frosinone abrir o placar. Zortea buscou Valeri no cruzamento que atravessou a área e o lateral-esquerdo foi agarrado por Sambia. Soulé cobrou a penalidade no cantinho e encerrou um jejum de gols que durava 10 rodadas. Aos 25, foi a vez de Cheddira clarear a jogada num contragolpe e Valeri assistir Brescianini, que ampliou a vantagem gialloblù.

Na metade final do segundo tempo, a Salernitana até ensaiou uma tentativa de reação, mas a ótima oportunidade desperdiçada por Gomis, na pequena área, foi um balde de água fria para os grenás. Daí, aos 85 minutos, Brescianini iniciou contragolpe no campo de defesa e Zortea avançou com a bola no pé por mais de 50 metros, até arrematar rasteiro, de canhota, para superar Costil e dar números definitivos ao confronto no Benito Stirpe.

Seleção da rodada

Svilar (Roma); Zortea (Frosinone), Martínez Quarta (Fiorentina), Hien (Atalanta), Valeri (Frosinone); Frendrup (Genoa), Çalhanoglu (Inter), Mkhitaryan (Inter); Barák (Fiorentina), Sottil (Fiorentina); González (Fiorentina). Técnico: Gian Piero Gasperini (Atalanta).

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