No início de julho de 2009, Vincenzo Montella entrou em acordo com a diretoria da Roma para encerrar o seu contrato como jogador e se aposentar. O Aeroplanino, como é chamado por sua comemoração característica, pendurava as chuteiras para exercer a função de treinador dos Giovanissimi Nazionali, equivalente ao sub-15. Na época, o ex-atacante era um dos poucos remanescentes do time campeão da Serie A em 2001 e se juntou ao grupo formado por Aldair, Zago, Candela, Cafu, Delvecchio e Batistuta. Seu vínculo como atleta expirava em 2010, mas ele preferiu se retirar das quatro linhas, ingressando na carreira de treinador.
Montella é um dos atacantes mais importantes da história recente da Serie A. Natural de Pomigliano d’Arco, começou nas categorias de base do Empoli, clube que defendeu como profissional por cinco anos, até 1995. Reforçou o Genoa na temporada 1995-96, então na segundona, e foi um grifone por apenas uma temporada, na qual faturou a Copa Anglo-Italiana. Porém, trocaria o clube por nada menos que a rival Sampdoria, na divisão de elite do país. Firmou-se nos blucerchiati e, após marcar 61 gols em 98 partidas, foi vendido à Roma por 25 milhões de euros, na temporada 1999-2000.
Por uma cifra considerável, à época Montella foi adquirido como principal esperança para o ataque, que contava com o desajeitado e eficiente Marco Delvecchio. Foi razoavelmente bem para uma equipe que não convenceu (sexto lugar na Serie A). No ano seguinte, com a chegada de Batistuta, perdeu espaço. Desentendia-se com frequência com o carrancudo Fabio Capello, o qual já deixou claro inúmeras vezes a sua implicância com baixinhos.
Mesmo sendo oficialmente reserva, Montella, entre inícios no banco e substituições, foi peça essencial para a conquista do scudetto. Correspondendo em decisões, caracterizou-se pelos gols importantes, como um na última rodada da competição, contra o Parma. Do alto de seus baixos 172 centímetros, caminhava para uma história longa com o clube. Na temporada seguinte, quatro gols no famoso 5 a 1 contra a Lazio bastaram para virar ídolo.
O Aeroplanino se tornaria indispensável para a equipe até a chegada de Luciano Spalletti, em 2005. Vindo de sua melhor temporada, quando, em 2004-05, com uma Roma totalmente desequilibrada (oitavo lugar e risco de rebaixamento até o fim), marcou 21 gols, acabou perdendo espaço por conta de seus problemas físicos e do novo esquema tático. Spalletti adotou o 4-2-3-1, no qual Totti realizava sua função mais ofensiva. Montella, cada vez pior fisicamente, foi deixado de lado.
Passou três temporadas se alternando entre empréstimos a Fulham (meio ano, 2007) e Sampdoria (2007-08) para reintegrar o elenco romanista para 2008-09. Com 34 anos, um dos maiores salários do elenco, problemas físicos e contrato em vigor até 2010, teve sua permanência meramente arrastada graças ao seu significado para o clube. Na pré-temporada, no início de julho, decidiu dar adeus aos gramados, assinando um vínculo de treinador com a Roma.
Montella disputou a Euro 2000 e a Copa do Mundo 2002 com a Squadra Azzurra. Com seus 101 gols, se colocou entre os 10 maiores artilheiro da história da Roma. De toda a Serie A, Vincenzo chegou a ser o 27º maior marcador, com 141 bolas na rede, no momento em que se aposentou – em 2024, ocupa a 35ª colocação. E a carreira como técnico? Bem, desde que pendurou as chuteiras para assumir o sub-15 giallorosso, passou por alguns grandes clubes da Itália e passou por outros países, assumindo até a seleção da Turquia.
Vincenzo Montella
Nascimento: 18 de junho de 1974, em Pomigliano d’Arco, Itália
Posição: atacante
Clubes como jogador: Empoli (1990-95), Genoa (1995-96), Sampdoria (1996-99 e 2007-08), Roma (1999-06 e 2008-09) e Fulham (2007)
Títulos como jogador: Copa Anglo-Italiana (1996), Serie A (2001), Supercopa Italiana (2001) e Coppa Italia (2007)
Carreira como treinador: Roma (2011), Catania (2011-12), Fiorentina (2012-15 e 2019), Sampdoria (2015-16), Milan (2016-17), Sevilla (2017-18), Adana Demirspor (2021-23) e Turquia (2023-24)
Títulos como treinador: Supercopa Italiana (2016)
Seleção italiana: 20 jogos e 3 gols
Ribeirete, você disse algo que infelizmente é verdade para a Roma: eles pagaram por Montella uma grana que hoje não teriam. Tanto que venderam o Aquilani para, possivelmente, como a Roma sempre faz, comprar dois ou três jogadores nível "Loria". A Roma do scudetto de 2001 deixa saudades, e pelo jeito como vão as coisas vai deixar ainda mais. Grande dérby, grande Montella.
E o Leonardo comemorando à la Montella no post abaixo. 😛
Perto do Montella, Leonardo foi um Fokker 100. 😛