Campanha
13ª posição. 16 jogos, 23 pontos. 7 vitórias, 2 empates, 7 derrotas. 25 gols marcados, 21 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 4, da 9ª à 12ª rodada
Maior sequência de derrotas: 3, da 2ª à 4ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 9ª à 12ª rodada
Maior sequência sem vencer: 4, da 1ª à 4ª rodada
Artilheiro: Alessandro Matri, 8 gols
Fair play: 40 amarelos, nenhum vermelho
Time-base
Marchetti; Pisano (Canini), López, Astori, Agostini; Biondini, Conti, Lazzari; Cossu; Matri, Jeda (Nenê).
Treinador
Massimiliano Allegri. O técnico toscano chegou após fazer boa campanha com o Sassuolo na Lega Pro e não decepcionou: depois do ótimo campeonato passado, em que levou o Cagliari ao 9º lugar, vem confirmando o seu trabalho. As saídas de Acquafresca e Fini, dois pilares da equipe sardenha, fizeram balançar o esquema de Allegri, que demorou um pouco para reconstruir seu time sem a dupla. Nesse tempo, veio a eliminação na Coppa Italia para a Triestina e a má largada na Serie A, com vitória só na quinta rodada. Mas a dificuldade é passado. De lá pra cá, o aproveitamento rossoblù é de 61,1%, maior que o da Juventus, por exemplo. A boa relação com o intempestivo presidente Cellino é uma ajuda fundamental. Se o Cagliari vira bem mais este ano, o dedo de Allegri é visível.
Destaque
Andrea Cossu. Aliando habilidade e velocidade, há quem o compare a Gianfranco Zola, ídolo em Cagliari ao passar no clube seus últimos anos como jogador. Fato é que Cossu, 29 anos, finalmente chegou a seu auge na carreira e é ele quem dita o ritmo do melhor futebol da Serie A, justamente no clube de sua cidade natal. Uma fase espetacular para que vive aquele que, até janeiro de 2008, vivia no banco do Verona. Também faz grande temporada o atacante Matri, que chegou cercado de dúvidas para substituir Acquafresca, mas tem confirmado sua titularidade com gols. Assim como o brasileiro Nenê, que custou caro (4,5 milhões de euros ao Nacional da Madeira) e ainda não é titular, mas já marcou seis vezes, inclusive contra Buffon.
Decepção
Simone Barone. O meio-campo do Cagliari daria um capítulo à parte: Conti é como vinho e só melhora com os anos, Cossu é um dos italianos em melhor fase, Biodini já foi convocado para a seleção, Lazzari substitui Fini à altura, Parola vai muito bem quando precisa substitui-los, Dessena tem recuperado o futebol dos tempos de Parma… Só um nome destoa: o tetracampeão mundial Barone, que já decepcionou no Torino. Fora de forma, foi contratado para dar experiência ao elenco rossoblù, mas não encontra espaço num meio-campo que segue voando. No ataque, o argentino Larrivey voltou da Argentina campeão do Clausura com o Vélez, mas outra vez caiu de rendimento e deve sair em janeiro. Olho no capitão Diego López, desde 1998 no time: o zagueiro está no Uruguai para resolver problemas familiares e em breve pode pedir para ser liberado.
Perspectiva
Lutar por vaga na Liga Europa. O Cagliari vira o ano com um jogo a menos que a maioria dos times da Serie A, mas segue no bolo dos que devem lutar por vaga em copas europeias, só a cinco pontos de distância da Liga dos Campeões. Uma evolução incrível, numa campanha que deve, outra vez, superar aquelas com Zola e Suazo. O hondurenho, aliás, está na mira de Cellino e, se confirmado, deve ser um reforço fundamental no esforço pela Europa. Na defesa, o jovem Ariaudo (Juventus) poderá substituir López até o fim da temporada, enquanto a direção trabalha para manter Astori, que pertence ao Milan e tem convecido Leonardo a pedir seu retorno. No final, os pontos perdidos nas quatro primeiras rodadas farão falta. Mas o bom trabalho é inegável e deve dar frutos nos próximos anos. Tanto é que Cellino já trabalha com a renovação de todo o time até 2013.