Serie A

Parada de inverno: Udinese

Di Natale voa solitário no meio de uma Udinese turbulenta (Daylife)

Campanha
14ª posição. 16 jogos, 18 pontos. 5 vitórias, 3 empates, 8 derrotas. 19 gols marcados, 21 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, da 5ª à 6ª rodada
Maior sequência de derrotas: 3, da 7ª à 9ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 3ª à 6ª rodada
Maior sequência sem vencer: 3, da 11ª à 13ª rodada
Artilheiro: Antonio Di Natale, 11 gols
Fair play: 42 amarelos, 1 vermelho

Time-base
Handanovic; Basta, Zapata, Coda, Lukovic; Isla (Asamoah), Inler, D’Agostino; Pepe (Sánchez), Di Natale, Floro Flores.

Treinador
Pasquale Marino, até a 16ª rodada; Gianni De Biasi, desde 22 de dezembro. Marino conseguiu fazer em Údine o que Serse Cosmi e Alberto Malesani não conseguiram: levar o clube a alguma competição europeia. Entretanto, nenhum dos três repetiu o feito de Luciano Spalletti na temporada 2004-05: uma qualificação à Liga dos Campeões. Não foi tempo suficiente para o clube se acostumar, mas nem por isso os friulanos se contentaram com as últimas campanhas sem sal da equipe. O novo treinador é De Biasi, cujo trabalho anterior foi em 2008, no qual colecionou nove derrotas em 15 partidas treinando o Torino que havia salvado em 2007. Um treinador acostumado com elencos modestos de pequenas ambições ilustra a situação momentânea dos bianconeri.

Destaque
Antonio Di Natale. Mesmo com a saída do companheiro Quagliarella, Totò tem dado conta do recado: foram 11 gols em seis meses de campeonato; um a menos do que na temporada passada inteira. No clube desde 2004, o atacante da Nazionale tem cada vez mais moral na equipe, da qual é capitão há mais de dois anos. Até o momento artilheiro isolado da Serie A, ele não pode, entretanto, repetir a atitude da derrota contra o Bologna, há duas semanas. Após a partida – na qual, diga-se, marcou o único gol do time -, Di Natale foi reclamar com o árbitro Giannoccaro e, graças aos insultos, foi suspenso por duas rodadas. Indispensável ao elenco, não deve, com sua experiência, prejudicar o clube de tal forma.

Decepção
Felipe. A decepção, nesse caso, não vem das atuações do brasileiro, e sim da ausência delas. O zagueiro disputou somente três partidas na Serie A até então, sendo encostado por Marino, um treinador sob cujos comandos nunca conseguiu brilhar. Felipe teve a sua melhor temporada com Serse Cosmi em 2005-06, quando disputou 35 partidas e inclusive marcou gol na Liga dos Campeões. Depois disso, foi difícil para o defensor se estabelecer: com Malesani e Marino sofreu vários problemas físicos, que limitaram em demasia as suas condições de jogo. No momento ele é dado como certo para a Fiorentina por 9 milhões de euros, embora haja alguma chance da chegada de De Biasi travar o negócio.

Perspectiva
Passar longe do rebaixamento. Se na temporada passada a Udinese chegou a enganar que brigaria pela Liga dos Campeões, dessa vez conseguiu somente meia dúzia de resultados convincentes. Com um elenco pior do que o do último ano – perdeu Quagliarella, seu principal artilheiro -, os bianconeri sentem o desgaste de acompanhar seus principais atletas serem almejados por grandes equipes o tempo todo. Di Natale, Inler, D’Agostino, Asamoah e o supracitado Felipe sempre têm seus nomes ligados a clubes maiores, o que certamente desmotiva o ambiente friulano. À squadra bastará não passar por nenhum desastre e realizar outra campanha medíocre com um elenco que, aos poucos, é ultrapassado em âmbito nacional.

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