Campanha
19ª posição. 17 jogos, 12 pontos. 2 vitórias, 6 empates, 9 derrotas. 16 gols marcados, 26 sofridos.
Maior sequência de vitórias: –
Maior sequência de derrotas: 3, três vezes
Maior sequência de invencibilidade: 5, da 4ª à 8ª rodada
Maior sequência sem vencer: 8, da 9ª à 16ª rodada
Artilheiro: Jorge Martínez, 6 gols
Fair play: 55 amarelos, 5 vermelhos
Time-base
Andújar; Potenza (Bellusci), Silvestre, Spolli, Capuano; Llama (Izco), Carboni, Biagianti; Mascara, Martínez; Morimoto.
Treinador
Gianluca Atzori, até a 15ª rodada; Sinisa Mihajlovic, a partir da 16ª. Depois de Zenga se mandar para Palermo, o Catania fez uma aposta arriscada no jovem Atzori, cujo único trabalho anterior era ter levado o Ravenna aos play-offs da Prima Divisione da Lega Pro. Atzori já havia passado pelo Massimino como assistente de Baldini e do próprio Zenga antes de se tornar treinador, mas sua primeira experiência na Serie A não foi nada boa: depois de 15 jogos, só nove pontos e a primeira demissão. Para seu lugar, chegou Mihajlovic. A única experiência do ex-assistente de Roberto Mancini na Inter foi temporada passada, no comando do Bologna. Durou cinco meses e garantiu 20 pontos em 21 jogos. O início na Sicília é mais promissor, com a vitória sobre a Juve em Turim.
Destaque
Jorge Martínez. O Catania dos últimos meses se especializou em ressurreições: primeiro o milanista Huntelaar, depois o Siena de Malesani, por último o Livorno de Cosmi. Dentro de casa, quem renasceu foi o uruguaio Martínez. O camisa 25 foi o grande nome rossoazzurro de duas temporadas atrás, teve seu nome ligado a transferências para Roma, Fiorentina e Valencia, mas depois sumiu dividido entre lesões e problemas com Baldini. Na atual temporada, vira o ano como artilheiro do Catania, com seis gols e ótimas apresentações atuando junto de Mascara no suporte a Morimoto. O trio, aliás, é o que de melhor tem o Catania. Individualmente, destaca-se também o meia Biagianti, que habitualmente joga pela esquerda no meio-campo a três do time.
Decepção
Gennaro Delvecchio. A saída do capitão Baiocco nem foi tão lamentada ao fim da temporada passada. Biagianti vinha num ótimo crescimento que culminara em sua convocação por Lippi e, de quebra, o Catania havia tirado da Sampdoria o polivalente Delvecchio. Mas o meia pugliese sempre esteve fora de sintonia com o resto da equipe e é uma das maiores desilusões do ano, não chegando nem aos pés do jogador que chegou à seleção de Donadoni por suas exibições em Lecce e Gênova. Outros que chegaram com pompa para substituir alguns titulares também decepcionam: no gol, Andújar vem melhorando após o mau início, mas ainda não faz esquecer Bizzarri; na zaga, o polonês Augustyn faz a torcida clamar pelo retorno Stovini; no ataque, Plasmati começa sua quarta pasagem pelo time sem ter marcado gols, depois da surpresa positiva com Paolucci.
Perspectiva
Livrar-se do rebaixamento. Para quem gastou quase 15 milhões no mercado de verão, terminar a temporada rebaixado seria um grande pesadelo. Mas o Catania vem jogando razoavelmente bem para quem passou tantas rodadas como lanterna, a vitória contra a Juventus na despedida de 2009 dá grande moral e o time ainda deve ganhar um ótimo reforço a partir de fevereiro: o argentino Barrientos, ex-San Lorenzo, jogador mais caro da história etnea (4 milhões de euros) e que se machucou antes de sua estreia. Apesar da má fase, o presidente Antonino Pulvirenti continua confiante: “Não vamos desistir, em cinco anos disputaremos uma copa europeia”. Evitar a queda é um bom começo. Nos dois últimos anos, alguém com campanha pior se salvou, seja o Chievo do ano passado (nove pontos em 17 jogos) ou o Cagliari de 2007-08 (dez pontos). É a vez do Catania.