Com o início das festas de fim de ano, a Serie A chega a seu intervalo.
Em pílulas, o Quattro Tratti trará aos leitores um pequeno raio-x das campanhas dos vinte times da Serie A até o momento, a começar do lanterna Siena. E antecipamos o desejo de boas festas neste fim de ano, somado ao agradecimento a nossos fiéis visitantes. Feliz natal e um ótimo 2010!
Parada de inverno: Siena
Maccarone: No Siena, Big Mac também é o número um (OleOle.it)
Campanha 20ª posição. 17 jogos, 12 pontos. 3 vitórias, 3 empates, 11 derrotas. 17 gols marcados, 28 sofridos. Maior sequência de vitórias: 2, da 15ª à 16ª rodada Maior sequência de derrotas: 3, da 8ª à 10ª e da 12ª à 14ª rodada Maior sequência de invencibilidade: 2, da 15ª à 16ª rodada Maior sequência sem vencer: 12, da 3ª à 14ª rodada Artilheiro: Massimo Maccarone, 5 gols Fair play: 41 amarelos, 2 vermelhos
Time-base Curci; Ficagna, Brandão, Terzi, Del Grosso; Fini (Ekdal), Codrea, Vergassola; Maccarone, Calaiò, Ghezzal.
Treinador Marco Giampaolo, até a 10ª rodada; Marco Baroni, da 11ª à 13ª; Alberto Malesani, a partir da 14ª. É inegável que o número de treinadores de uma equipe costuma ser inversamente proporcional ao seu êxito. No Siena não foi diferente: em seis meses, os bianconeri contaram com três técnicos, mesmo número que o de vitórias. Giampaolo, que comandou a salvação tranquila da temporada passada, não resistiu aos míseros cinco pontos em dez jogos e foi substituído por Marco Baroni, treinador da equipe Primavera e que tomou conta da principal por somente três rodadas. Tendo como melhor resultado um empate na Serie A e uma vitória na Coppa, foi remanejado ao seu cargo antigo, dando lugar a Alberto Malesani, o qual, até agora, soma duas vitórias e duas derrotas.
Destaque Massimo Maccarone. O atacante foi a decepção da parada de inverno da temporada passada. Dessa vez, entretanto, Big Mac é a luz no fim de um túnel longo e muito escuro para o Siena. Ele marcou em três dos seis jogos em que a equipe pontuou, sendo que dois destes terminaram com placares fechados. Tendo feito cinco gols na Serie A, Maccarone é um dos poucos elementos de relativa confiança no plantel bianconero. O ex-Middlesbrough, que já chegou a defender a Seleção Italiana, tem um raro poder de decisão; algo indispensável para um clube que precisa lutar contra o rebaixamento mais do que nos anos anteriores.
Decepção Reginaldo. Ninguém espera que o brasileiro seja um fenômeno, ou então um homem-gol. O que se cobra dele, que já foi paródia de macarena e se envolveu com a musa Elisabetta Canalis, é que desempenhe bem as funções de um segundo atacante ágil e habilidoso. No Siena, Reginaldo ainda não conseguiu se firmar. Depois de duas temporadas atuando regularmente no Parma, acompanha a maior parte dos jogos de sua atual squadra do banco de reservas. O atacante entrou em campo em doze ocasiões, totalizando uma média inferior a 45 minutos por participação. Nem mesmo o esquema com três jogadores avançados favoreceu o atleta, que vem se mostrando um dos foguetes molhados recentes do futebol italiano.
Perspectiva Livrar-se do rebaixamento. Os toscanos não terão vida fácil. Com só 12 pontos em 17 partidas, será necessário melhorar em demasia a defesa, no momento a pior do campeonato, com 28 gols sofridos. Tal setor do campo carece não só de qualidade, como também de quantidade: são poucas as peças de reposição para um elenco cujo time titular já não é grande coisa. O ataque, por sua vez, precisa ser acertado: Calaiò, Reginaldo, Ghezzal e o jovem Paolucci, embora não sejam craques, podem, sem dúvidas, render mais ao time se mais bem aproveitados. O meio-campo, que ainda não encontrou uma formação ideal na sua rotatividade, pode apostar em opções de renovação, como Ekdal, Jajalo e Rosi.