Campanha
8ª posição. 17 jogos, 25 pontos. 7 vitórias, 4 empates, 6 derrotas. 21 gols marcados, 25 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 4, da 1ª à 4ª rodada
Maior sequência de derrotas: 2, da 14ª à 15ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 4, duas vezes
Maior sequência sem vencer: 4, da 14ª à 17ª rodada
Artilheiro: Giampaolo Pazzini, 8 gols
Fair play: 38 amarelos, 6 vermelhos
Time-base
Castellazzi; Stankevicius, Gastaldello, Rossi, Ziegler; Padalino (Zauri), Palombo, Poli (Tissone), Mannini; Pazzini, Cassano.
Treinador
Luigi Del Neri. No início da temporada, apostava-se que time e técnico teriam um começo conturbado. De um lado, a Sampdoria habitualmente jogava com três zagueiros nos últimos cinco anos, com Mazzarri e Novellino, mas agora passaria a uma defesa mais “enxuta”. Do outro, há anos que Del Neri não cultivava outro esquema tático que não seu 4-4-2 em linhas – e não conseguiria encaixar assim os imprescindíveis Belllucci, Pazzini e Cassano. Pois a defesa titular não decepciona, com Gasteldello em grande fase e um Ziegler que tem subido de rendimento ao ser utilizado mais atrás. O setor ofensivo titular também é forte, com Padalino e Mannini pelas laterais do meio-campo. Já o ídolo Bellucci amarga uma temporada no banco, sendo mal (e pouco) escalado como meia externo e, claro, não rendendo por ali o que dele se esperava depois de ter-se recuperado de lesão.
Destaque
Antonio Cassano. O time é dele e Fantantonio sabe disso. Seu início espetacular, que impulsionou os blucerchiati a ficarem na zona-LC por dez rodadas, fez a Itália clamar a Lippi uma convocação. Sua quebra de rendimento, que contribui para que a Samp não vença desde 22 de novembro, dá um pouco de razão ao treinador da Nazionale. Líder em assistências da Serie A, Cassano tem se comportado mesmo com a torcida pegando no seu pé e continua com jogadas espetaculares em campo. Um problema é seu ritmo: não adianta muito brilhar contra Siena, Atalanta e Chievo para depois fazer jogos apagadíssimos com Inter, Juventus e Genoa. Quem segue em grande fase é Mannini, trocado por Campagnaro com o Napoli, um dos melhores meias do campeonato. E olho em Poli, 20 anos, “o novo De Rossi”. Depois de ser destaque do Sassuolo na Serie B, temporada passada, assumiu o posto de titular da Samp e parece nem sentir a pressão.
Decepção
Pietro Accardi. O zagueiro siciliano representa bem o elenco curto desta Samp, principal defeito em sua formação – mas o que de melhor pôde fazer o diretor esportivo Beppe Marotta com o dinheiro que tinha em mãos. Enquanto os titulares sobem e descem de produção num ritmo parecido, os reservas costumam destoar. Accardi é o bode expiatório por uma das piores atuações individuais do primeiro turno da Serie A, na qual o Milan abriu 3 a 0 fácil na Samp em 23 minutos. Bellucci continua fora de forma e de mal com a bola, mas isso em parte explica-se pela dificuldade de encontrar seu espaço. No imutável sistema de jogo de Del Neri, e com Pazzini e Cassano afiados, só no banco é que há garantias para Bellucci.
Perspectiva
Chegar à Liga Europa. Só duas derrotas até o fim de outubro, Cassano e Mannini destruindo defesas, Pazzini regenerado, Castellazzi e Gastaldello decisivos, Palombo exercendo sua liderança, Poli em constante crescimento… Assim a Samp ficou quatro rodadas na liderança da Serie A e mais várias outras na zona de classificação para a Liga dos Campeões. Mas, na hora em que a coisa apertou, fica visível a falta de opções válidas no elenco doriano, que investiu alto no seu time titular e sofre muito quando não pode contar com gente como Padalino e Palombo. Voltar a brigar pela LC é possível, mas os próximos meses devem confirmar o time na luta por vaga na Liga Europa. Mas, pela rivalidade, terminar à frente do Genoa já seria um grande feito.