Serie A

Parada de inverno: Bari

Solidez é a palavra de ordem na Puglia: apenas 15 gols sofridos em 16 partidas (Getty Images)

Campanha
9ª posição. 16 jogos, 24 pontos. 6 vitórias, 6 empates, 4 derrotas. 19 gols marcados, 15 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, da 8ª à 9ª rodada
Maior sequência de derrotas: –
Maior sequência de invencibilidade: 4, duas vezes
Maior sequência sem vencer: 3, duas vezes
Artilheiro: Barreto, 4 gols
Fair play: 26 amarelos, 3 vermelhos

Time-base
Gillet; A. Masiello, Ranocchia, Bonucci, S. Masiello (Parisi); Alvarez, Donati, Almirón, Rivas (Gazzi/Allegretti); Meggiorini (Kutuzov), Barreto.

Treinador
Gian Piero Ventura. Contratado a surpresa pouco antes do início da Serie A, para o lugar de Antonio Conte, se imaginava que o Bari iria sofrer muito com sua indicação. Havia treinadores melhores no mercado e o retrospecto de Ventura não empolgava: na temporada anterior, tinha ido muito mal com o Pisa na Serie B. Porém, desde o primeiro minuto da Serie A, sua equipe surpreende. Jogando de modo bem claro, começando por uma defesa consistente e apostando em contra-ataques puxados pela velocidade dos dois pontas de um 4-4-2 em linha, os biancorossi não chegam a empolgar, mas têm jogado acima do esperado. Até agora, números muito positivos: nenhuma derrota contra as três grandes e a segunda melhor defesa do campeonato. Além disso, é o campeão do fair play na Serie A.

Destaque
Andrea Ranocchia e Leonardo Bonucci. A temporada de volta do Bari para a Serie A coincide justamente com a temporada de explosão dos dois jovens zagueiros, de 21 e 22 anos, respectivamente. Ranocchia vai confirmando seu potencial de zagueiro de seleção (é membro da seleção olímpica) e Bonucci é uma grata surpresa, já que nunca foi apontado como uma das grandes revelações da base da Inter. A decisão de Ventura, ao dar a titularidade absoluta para dois zagueiros inexperientes, poderia ser encarada com descrença pela maior parte da Itália, mas deve render transferências milionárias: ambos são sondados pelas grandes equipes do país. Aliado a isso, o goleiro Jean-François Gillet, capitão da equipe e desde 2004 no clube, auxilia seus companheiros usando de sua experiência. Do meio para frente, vale destacar o entrosamento de Almirón e Donati, além da velocidade de Rivas e Alvarez.

Decepção
Barreto. O desempenho pífio do ataque galletti, oitavo pior da competição, não deixa dúvidas sobre quem é a maior decepção da temporada. Barreto, que foi artilheiro da última Serie B, tem encontrado dificuldades de se adaptar ao esquema de Ventura – muito mais cauteloso que o ofensivíssimo futebol praticado por Conte. Meggiorini e Kutuzov também não tem encontrado facilidades, apesar de o time criar muito. Alvarez também aparece constantemente na cara do gol adversário, mas pontaria não é seu forte – perdeu chances incríveis contra Milan, Juventus e Siena, por exemplo.

Perspectiva
Meio da tabela. Se a perspectiva inicial era fugir do rebaixamento por um triz, a gordura acumulada nesta parimeira parte do campeonato já permite que os pugliesi pensem em ficar na Serie A com alguma folga. No entanto, é comum no Calcio que equipes que iniciaram a pré-temporada mais cedo voem na primeira parte do campeonato e caiam bastante de produção na segunda parte. Alguns deslizes já tem acontecido e o time levou nestes últimos cinco jogos mais gols do que nos outros onze. A pausa de inverno deve ser importante para que os jogadores descansem para o segundo turno, o verdadeiro teste de maturidade de uma equipe que quer permanecer na elite.

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