Liga Europa

Liga Europa: A arte de tropeçar

A Sampdoria de Curci aguentou por muito tempo o
bombardeio do PSV, mas capitulou no fim da partida (Reuters)

Além da Juventus, que empatou com o Lech Poznan, outros três times italianos disputaram a primeira rodada da fase de grupos da Liga Europa. Nenhum deles venceu. A Sampdoria até que chegou perto de derrotar o PSV, em Eindhoven, mas sofreu um gol nos acréscimos. O Napoli teve sorte de não ser batido, e saiu do jogo com o Utrecht vaiado pela torcida do San Paolo. O Palermo provou a tese pronunciada por seu presidente, Maurizio Zamparini, após a derrota para o Brescia: se o adversário faz três gols, é difícil marcar quatro vezes.

PSV Eindhoven 1-1 Sampdoria
No terceiro jogo sob o 4-3-1-2 que Domenico Di Carlo vai implantando no time doriano, foi o primeiro no qual a Samp encontrou sérias dificuldades ofensivas. O campo pesado atrapalhou o leve Marilungo, promissor atacante que fez sua estreia europeia. Atuou ao lado de Cassano, que lutou sozinho no ataque blucerchiato. Reflexo de outro dia ruim de Koman na ligação entre meio-campo e atacantes: o húngaro segue fisicamente atrasado. Ainda assim, foi dele o cruzamento para o gol de Cacciatore, que tornou o placar ilusório. As melhores chances sempre estavam do lado holandês.

O PSV continuou atacando, mas parava na ótima noite dos zagueiros Volta e Gastaldello. O gol de empate só veio no finalzinho da partida, com um chute cruzado de Dzsudzsak. Curci aceitou e mostrou o que deve se esperar dele: defesas extraordinárias e falhas em jogadas aéreas e momentos decisivos. A Samp também pagou por recuar demais enquanto esteve à frente, mesmo pecado que culminou na derrota para o Werder Bremen nos play-offs da Liga dos Campeões. Mas o avanço é evidente. Hoje, a Sampdoria é a principal esperança italiana na Liga Europa.

Napoli 0-0 Utrecht
Um time em crise pode poupar titulares? A discussão volta à tona com o Napoli, que chegou ao terceiro empate seguido na temporada. Desta vez, sem quatro titulares. Walter Mazzarri deixou Grava, Blasi, Maggio e Hamsík no banco – e dois últimos tiveram de entrar no segundo tempo, enquanto o San Paolo vaiava o time impiedosamente. A crise partenopeia começou na saída de Quagliarella para a Juventus e se estende desde então.

O jogo marcou o retorno de Santacroce após longo período lesionado e a estreia de Yebda no meio-campo. A dupla não foi bem e a defesa azzurra deu muito espaço para o Utrecht. Além de uma oportunidade com Cavani e outra com Lavezzi nos acréscimos do segundo tempo, as melhores chances foram do time holandês. Reflexo de um time desatento, que abriu muito espaço pelas laterais. A nota positiva fica por conta do goleiro De Sanctis, que mantém a grande fase do ano passado.

Sparta Praga 3-2 Palermo
Há três anos, o Palermo foi eliminado na primeira rodada da Copa da Uefa, pelo tcheco Mladá Boleslav. Depois de três anos de ausência, voltou à Europa caindo para um time da República Tcheca. Sem Kjaer, Delio Rossi segue buscando o melhor companheiro para Bovo na zaga rosanero. Desta vez, Muñoz foi para o banco e deu lugar para Glik. E o polonês falhou nos três gols sofridos: no primeiro, não cobriu Darmian; no segundo, deixou Kladrubsky entrar livre entre ele e Bovo; no terceiro, se bateu com Liverani e viu Kadlec marcar sozinho.

Ofensivamente, o Palermo é uma equipe de causar medo em qualquer grande clube europeu. Maccarone se encaixou bem, Hernández marcou seu quarto gol em três jogos de Liga Europa e Pastore é capaz de lances espetaculares mesmo em noites abaixo da média. Num deles, o goleiro Blazek espalmou para o primeiro gol de Maccarone. Em outro, acertou o travessão. Destaque para Rigoni, que entrou bem no lugar de Nocerino. Mas o certo é que, no Renzo Barbera, há uma defesa a se montar.

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