Jogadores

Igor Protti, o goleador da província que fez história no Livorno

Igor Protti, nascido em Rimini, iniciou sua carreira no clube de sua cidade natal e foi na Emília-Romanha que ele se tornou jogador de futebol profissional. Depois disso foram mais sete camisas honradas, entre elas idas e vindas na Lazio e no Livorno, onde se aposentou como bandeira histórica do clube amaranto.

Muito antes de se consagrar no time toscano, Protti participava pela primeira vez de uma partida profissional, na Serie C1, aos 16 anos. Em seu segundo ano no clube, uma lesão impediu que fosse mais aproveitado pelo técnico Arrigo Sacchi, que à época começava sua carreira no comando de times. Logo depois, o artilheiro foi encaminhado ao Livorno.

O atacante teve seu melhor desempenho no Bari, clube pelo qual foi artilheiro da Serie A (Ansa)

No clube da Toscana, jogou a sua primeira partida na Coppa Italia contra a Pontedera. Na sua primeira passagem no clube amaranto ficou apenas três anos, período em que marcou 12 gols nas 75 partidas que fez. Protti conquistou um título em Livorno, a Coppa Italia da Serie C. Com problemas financeiros, o clube da Toscana teve que abrir mão de seu futebol. O destino foi o pequeno Virescit Bergamo, onde permaneceu por apenas um ano.

O destino o colocou no Messina, contratado para substituir Salvatore Schillaci, repassado a Juventus no ano de 1989. Nos giallorossi da Sicília, Protti não decepcionou e passou três temporadas. Tempo que foi suficiente para disputar mais de 100 partidas e anotar 31 tentos.

Protti foi contratado com muita expectativa pela Lazio, de torcida antagônica à livornesa, mas não foi bem na capital (Guerin Sportivo)

Depois dos três anos, tornou se jogador do Bari, mais um time no qual se tornaria ídolo. O senso de colocação dentro da área, que resultou em muitos gols, foi o motivo da idolatria a “Il Principe”, como passou a ser conhecido. Nas quatro temporadas que ficou no clube biancorosso, disputou 112 partidas oficiais e marcou 46 gols, 24 deles anotados na Serie A da temporada 1995-96, campeonato do qual se tornou artilheiro – ao lado do laziale Giuseppe Signori. Entre os seus 24 gols, o mais bonito foi frente à Atalanta. Uma bicicleta maravilhosa, que acertou o canto esquerdo do goleiro nerazzurro.

Depois da bela campanha com o Bari, ele juntou-se à Signori, na Lazio. No clube da capital, uma temporada menos brilhantes, com apenas sete gols, mas um muito importante: na vitória no dérbi de Roma. No ano seguinte, Protti acabou deixando a Lazio rumo ao Napoli, sétimo clube de sua carreira. O atacante acabou recebendo a camisa 10, de Maradona, mas não chegou a impressionar. A primeira metade do ano foi boa, mas junto com a equipe, Protti caiu de produção na reta final e o Napoli acabou caindo para a Serie B. Com o fracasso no sul da Itália, Protti chegou a ser alvo de uma volta relâmpago para a Lazio.

A passagem do goleador pelo Napoli também não foi das melhores (imago)

Em sua segunda passagem no clube, disputou apenas duas partidas, não fez nenhum gol, mas pelo menos fez parte do grupo que conquistou a Supercoppa Italiana de 1998. Logo depois da conquista, foi disputar a Serie B de 1998-99 com a Reggiana. Após a temporada de 24 jogos e oito gols, Protti outro retorno: o centroavante protagonizou uma volta ao Livorno após 11 anos fora de “sua casa”.

No clube amaranto foram cinco nas divisões inferiores da Itália – três na extinta Serie C1 e mais dois na Serie B. Na terceira divisão nacional, Protti marcou 58 gols em três temporadas e foi artilheiro na temporada do acesso para a Serie B, com 27 gols e foi o autor do gol do acesso, de cabeça contra o Treviso. Na Serie B, a experiência do atacante, que já tinha 35 anos, foi fundamental no primeiro acesso do clube à Serie A em quase 50 anos. Envelhecendo como vinho, Protti teve a companhia de Cristiano Lucarelli no comando do ataque labronico e fez 47 gols em duas temporadas, conquistando a artilharia isolada da temporada 2003-04, com 24 gols.

Em duas passagens pelo Livorno, Protti se tornou um dos maiores ídolos do clube (Newpress/Getty)

Em 2004-05 jogando a divisão principal do futebol italiano, o ídolo decidiu se aposentar. O Livorno, que brigava contra o rebaixamento conseguiu se manter na Serie A e Protti concretizou seu sonho: parar, com o clube em boa situação.

A camisa 10, de Protti chegou a ser aposentada pelo Livorno, logo após sua saída. Mas o atacante de 278 presenças e 123 gols pediu ao clube que a camisa passasse a ser novamente utilizada. O que ocorreu em 2007, quando o atacante Tavano a utilizou. Em seu site, o time amaranto chegou a colocar, numa seção relativa a sua história, um capítulo dedicado somente ao atacante. Uma homenagem mais do que merecida para um jogador fundamental para o redimensionamento dos labronici, que voltaram a frequentar a elite do futebol italiano muito por causa de sua dedicação.

Igor Protti

Nascimento: 24 de setembro de 1967, em Rimini, Itália
Posição: atacante
Clubes: Rimini (1983-85), Livorno (1985-1988 e 1999-2005), Virescit Bergamo (1988-89), Messina (1989-92), Bari (1992-96), Lazio (1996-1997 e 1998), Napoli (1997-98) e Reggiana (1998-99)
Títulos: Coppa Italia da Serie C (1987) e Supercopa Italiana (1998)

Compartilhe!

1 Comentário

Deixe um comentário