Liga dos Campeões

Liga dos Campeões: ânimo pra quê?

Feio, porém suficiente: a partida morna garantiu a vaga romanista (Getty Images)

Cluj 1-1 Roma

A Roma abriu o placar e logo viu o Bayern fazer o mesmo contra o Basel. Diante disso, qualquer possibilidade de emoção foi abolida. Frente à chance de testar jogadores e esquemas, quem romou foi Ranieri. O treinador se limitou à provisória manutenção do resultado, não dando chance para Adriano. Detalhe: o atacante era um entre os cinco brasileiros no banco da Roma, que contou com Fábio Simplício em campo e sequer relacionou Júlio Baptista. Júlio Sérgio, lesionado no aquecimento, ficou de fora, fazendo aparecer um esquecidíssimo Doni na reserva. Ele, que mal chegou a integrar o banco na temporada, viu Lobont entrar em campo.

Após um início de jogo ofensivo, quase animador, quem saiu na frente foi a Roma. Borriello, provando cada vez mais sua eficácia, recebeu na cara do gol, ajeitou o corpo e bateu bem, assinalando seu quarto gol na Liga dos Campeões. Os giallorossi, então, fizeram aquilo que sabem: pararam. Sem almejar muita coisa, o Cluj partiu para cima e ameaçou algumas vezes, sempre com Culio. No intervelo, Ranieri sacou um Ménez egoísta e lançou Greco, numa alteração que fez o time acordar. Com mais liberdade, Brighi e Simplício subiram e a Roma chegou perto de ampliar. Depois de alguns minutos, porém, a empolgação passou, enquanto a partida aos poucos rumava à falta de emoções.

Cassetti deu lugar a Cicinho e foi só: a Roma novamente se acomodou no jogo. O Cluj, por sua vez, viu na desmotivação italiana uma chance para recuperar o resultado. Depois de tanto insistir – sem qualidade, na maioria das vezes – Traoré recebeu cruzamento de Culio e empatou o jogo. Isso após o atacante desperdiçar inúmeras chances e ser vaiado pela torcida, à qual disparou ofensas na ‘comemoração’. Adriano, ainda sem ritmo, assistiu a tudo do banco, ao passo que pipocam boatos – todos bem questionáveis – sobre um possível retorno ao Brasil. Com o empate veio a classificação, e com ela surgem os possíveis adversários da Roma nas oitavas-de-final: Manchester United, Chelsea, Barcelona, Real Madrid, Tottenham, Schalke ou Shakhtar.

Milan 0-2 Ajax
Não há muito a se falar sobre a derrota milanista. Numa partida notabilizada pelo desinteresse dos donos da casa – já classificados na segunda posição -, só deu Ajax. Aproveitando-se da falta de pressão sobre si e da nítida falta de vontade rossonera, os holandeses não sofreram muita resistência para buscar um resultado que os leva à Liga Europa. De Zeeuw abriu o placar num time que se batia para organizar defesa e meio-campo. Allegri até tentou reverter o um a zero, colocando Ibrahimovic contra a equipe que o lançou à fama.

Nada de novo, porém. Se o Milan até ameaçou acordar, foi por pouco tempo. Veloz, o Ajax de De Boer – interinamente no lugar de Martin Jol, que se demitiu na segunda-feira – deu trabalho e ampliou num golaço de Alderweireld. O principal foco das manchetes é Ronaldinho: em situação cada vez mais delicada, o brasileiro ficou sumido e mal deu as caras na partida. A Gazzetta vai mais longe: “talvez o fim de uma história que nunca decolou”. Precipitado ou não, fato é que o Milan vai às oitavas e tem os mesmos possíveis adversários da Roma, trocando Real Madrid por Bayern de Munique.

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