Serie A

Em busca do equilíbrio

Marco Rigoni é o comandante do caçula Novara, que vai bem no ataque, mas tem sérios problemas na linha defensiva (Getty Images)
Convivendo com a escassez de qualidade técnica, o Novara tem sido uma agradável surprea neste início de temporada. Candidato a saco de pancadas, o time piemontês faz uma campanha correta e está algumas posições (13º lugar, com cinco pontos) à frente da zona de rebaixamento. No entanto, apesar da classificação, o que tem chamado muita atenção na equipe é o alto número de gols realizados e sofridos. Até agora, os azzurri marcaram e sofreram o mesmo número de gols: 10.

Na Serie B 2010-11, quando conseguiu o acesso, o Novara se destacou por ter uma das melhores defesas da competição e também manter um ataque bastante positivo. Porém, a equipe sofreu baixas importantes no setor ofensivo: Bertani, artilheiro do time na B com 17 gols, foi para a Sampdoria e González, vice-artilheiro, agora é de propriedade do Palermo, que o emprestou ao Siena.

Mas, ao contrário do que se imaginava antes do pontapé inicial da Serie A, o ataque segue sendo um dos pontos fortes do 4-3-1-2 dos piemonteses. Rigoni, camisa 10 da equipe, joga na linha de três do meio-campo, mas tem aparecido bem na frente e é preciso nas cobranças de pênaltis. Com isso, ele já marcou três vezes e cedeu duas assistências, liderando a equipe nos dois quesitos. No ataque, dos novos contratados que geravam bastante dúvida, apenas Granoche segue sem balançar as redes. Morimoto com dois; Meggiorini e Jeda com um gol cada, contribuem para que o Novara tenha o melhor ataque da Serie A, com dez gols anotados. O bom desempenho de Pinardi como trequartista, auxiliado por Rigoni, também colabora com a boa largada ofensiva piemontesa.

O problema é a defesa, que vai muito mal e, com dez gols sofridos, só não é pior que a da Internazionale. O sistema defensivo tem sofrido com as bolas aéreas e também quando enfrenta jogadores velozes. A falta de entrosamento pode ser uma das justificativas para o baixo desempenho deste setor: Paci e Dellafiore, titulares da defesa azzurra, chegaram ao clube nesta temporada e a esperança é que com os dois mais integrados ao sistema de jogo de Attilio Tesser, as falhas diminuam, melhorando o desempenho da equipe.

A rotatividade também tem sido alta e Ludi e Lisuzzo, titulares no ano passado, também tem jogado bastante, assim como o lateral esquerdo Gemiti, que não tem jogado bem. O único inquestionável é o goleiro Ujkani, que tem mantendo bom nível, mesmo com discrição em seus movimentos. Fato é que a defesa do Novara parece frágil também porque não há uma proteção muito forte à frente da defesa, já que Porcari não é grande jogador e no elenco não há uma peça com tais características. Perceber com rapidez em quais setores o clube deve investir no mercado de reparação será fundamental para que o estreante Tesser coloque seu nome em mais um capítulo da história do Novara.

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