Serie A

Parada de Inverno: Chievo

É assim: com raça e firme na marcação, Hetemaj é o destaque do Chievo no primeiro semestre de Serie A (Getty Images)

Campanha
12ª posição. 16 jogos, 20 pontos. 5 vitórias, 5 empates, 6 derrotas. 13 gols marcados, 18 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, da 4ª à 5ª e 11ª à 12ª rodada
Maior sequência de derrotas: 3, da 8ª à 10ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 4ª à 7ª rodada
Maior sequência sem vencer: 5, da 6ª à 10ª rodada
Artilheiros: Sergio Pellissier e Davide Moscardelli, 3 gols
Fair play: 36 amarelos, 1 vermelho

Time-base
Sorrentino; Frey, Andreolli (Morero), Cesar, Jokic; Sammarco (Rigoni), Bradley, Hetemaj; Théréau; Moscardelli (Paloschi), Pellissier.

Treinador
Domenico Di Carlo. O Chievo é o time mais previsível da Serie A e o técnico Di Carlo não esconde sua preferência pelo 4-3-1-2. A 12ª posição nesta parada de inverno mostra uma equipe coesa principalmente no meio-campo, mas com falhas sobretudo do lado esquerdo da zaga, onde o lateral Jokic não consegue substituir Mantovani à altura, e no ataque. Na defesa, Bostjan Cesar fez bom campeonato no ano passado, ao lado de Andreolli, mas agora mostra futebol bem aquém daquele: afobado e lento. A presença de três meio-campistas à frente da zaga deu novo ânimo ao Chievo. Bradley, contratado exatamente para “encorpar” o meio, ajuda bastante defensivamente e foi o principal responsável pela reconstrução do setor. No ataque, Pellissier e Moscardelli dividem a artilharia, com apenas três gols cada; Théréau e Paloschi têm dois. Pouquíssimo. Não à toa, o ataque é o terceiro pior da competição, com apenas 13 gols marcados. 

Destaque
Perparim Hetemaj. O jogador vindo do Brescia ocupa bem a faixa esquerda do campo e tem ótima média de desarmes, com cotação de mais de 75% de acerto por partida. O finlandês entrosou rapidamente com Bradley e Sammarco, formando o melhor setor do Chievo na temporada. Além disso, Hetemaj faz boas investidas ofensivas, apesar de não ter balançado as redes ainda, e ajuda Théréau na armação das jogadas. Outro destaque é Luca Rigoni, também no meio-campo. Aos 27 anos, o reserva não brinca e mantém a média dos titulares, quando entra.

Decepção
Rinaldo Cruzado. O trequartista comprado junto ao Juan Aurich era a principal esperança de aumentar os passes decisivos para Pellissier, mas ainda não convenceu. Está certo que o peruano se machucou em novembro e ficou um mês fora, mas ele já não era titular e havia perdido a posição para Théréau. Kamil Vacek também decepciona até aqui. As constantes convocações para a seleção da República Tcheca fizeram com que o volante fosse cotado à disputar posição de forma ferenha com Hetemaj e Luciano. Porém, foi ele sair do time que o Chievo melhorou de rendimento.

Perspectiva
Lutar por posição intermediária na tabela. A briga pelo rebaixamento parece que foi colocada de lado. A equipe que Di Carlo tem em mãos é suficiente para pensar em uma posição no meio da tabela. A manutenção de Hetemaj e Bradley é o suficiente para dar o dinamismo que o Chievo precisa para rodar a bola e tentar furar a defesa adversária. Contudo, os gialloblù podem (e precisam) se mexer no mercado. A primeira tarefa é segurar Alberto Paloschi, que o Novara tanto quer para jogar ao lado de Meggiorini. A segunda é procurar um atacante com bom poder de finalização, para acabar com o mau momento do ataque, que ficou sem marcar gols em sete dos 16 jogos.

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