Marco Rigoni deu passe ou marcou quase 60% dos gols do Novara na Serie A 2011-12 (Ansa)
Campanha
18ª posição. 16 jogos, 12 pontos. 2 vitórias, 6 empates, 8 derrotas. 17 gols marcados, 29 sofridos.
Maior sequência de vitórias: –
Maior sequência de derrotas: 2, duas vezes, da 7ª à 8ª rodada e 12ª à 13ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 2, da 9ª à 10ª rodada
Maior sequência sem vencer: 8, da 5ª à 12ª rodada
Artilheiro: Marco Rigoni, 6 gols
Fair play: 33 amarelos, 2 vermelhos
Time-base
Ujkani; Morganella, Paci, Ludi, Gemiti; Porcari, Radovanovic, Rigoni; Mazzarani; Meggiorini, Morimoto.
Treinador
Attilio Tesser. O comandante vai para a terceira temporada consecutiva à frente da equipe e é o técnico que há mais tempo está no comando de um time da elite (2 anos e cinco meses). Ele vem de duas promoções consecutivas com o Novara e está mais que prestigiado. Porém, na elite, os azzurri estão longe de emplacar. O técnico utiliza o esquema 4-3-1-2, formação que deu aos piemonteses um bom início na Serie A, quando conseguiram ter o melhor ataque da competição por um curto período de tempo. Mas, desde a largada, a defesa se mostrou frágil e, mesmo com a proteção de três meias, que ficam mais ligados à marcação do que ao ataque, a retaguarda não vai bem, sendo a segunda pior do Campeonato Italiano 2011-12, com 29 gols sofridos. Por conta disso, o treinador tentou uma alteração tática, mas o 5-3-2 não emplacou e o desenho original foi restaurado. O ataque marcou dez vezes nas cinco primeiras rodadas, mas parou por aí. Nas outras 11 rodadas, só produziu sete gols.
Destaque
Marco Rigoni. O meia-central, assim como o treinador, também participou do dois acessos em sequência do Novara e tem grande identificação com os torcedores. Nesta temporada, além de cumprir a sua função de meia, o camisa dez piemontês tem sido a principal arma ofensiva dos azzurri. Em 16 partidas, ele marcou seis gols e também lidera o time em assistências, com quatro passes decisivos. Portanto, na disputa da Serie A 2011-12, Rigoni participou diretamente de quase 60% dos gols anotados pelo clube. Defensivamente, o goleiro Ujkani vai bem e, nas dez partidas em que o albanês esteve sob as traves, o Novara conseguiu diminuir um pouco a média de gols sofridos.
Decepção
Takayuki Morimoto. Maior investimento do Novara para a disputa da Serie A 2011-12 – 2,5 milhões de euros foram desembolsados pela sua contratação em copropridade -, o japonês representa o que é o ataque azzurro nesta temporada: setor com produção quase nula. Mesmo sendo o vice-artilheiro da equipe no campeonato, o japonês produz muito pouco: só marcou dois gols nas dez partidas em que esteve em campo. Porém, o problema ofensivo do Novara não se resume à baixa contribuição do camisa 11. Granoche, Jeda e Meggiorini também chegaram à Piemonte nesta temporada para reforçarem o ataque e pouco fizeram. Jeda e Meggiorini balançaram as redes uma vez cada e Granoche não tem nenhum gol na Serie A. O ataque dos azzurri decepciona até aqui e, com o naufrágio dos quatro reforços para o início da Serie A 2011-12, a diretoria terá que colocar a mão no bolso para qualificar o setor.
Perspectiva
Luta contra o rebaixamento. O bom início, principalmente do setor ofensivo, empolgou os torcedores, mas logo a realidade bateu à porta e hoje fica claro que, com a falta de qualidade do elenco, a segunda divisão deve ser o destino. A chance que os azzurri têm de alcançarem a salvezza é um forte investimento no mercado de inverno, o que não parece estar nos planos da direção. O ataque, que largou bem, deveria ser um dos setores a receber mais atenção, pois os homens de frente não têm conseguido colocar a bola na rede. Esperar que a boa produção ofensiva do início retorne também parece improvável. Por isso, apostar na reorganização da defesa, que foi bem na Serie B, se apresenta como alternativa mais provável para evitar o rebaixamento. A bandeira Rigoni acredita que o “trabalho e o estímulo dos fãs” serão os ingredientes para a fuga.