Serie A

Pato de volta, Milan de volta?

O matador que o Milan precisava está de volta. Resta saber por quanto tempo (Reuters)
Nada como uma goleada para tranquilizar o ambiente. Depois
do 5 a 1 no Chievo, o Milan voltava a campo, com menos pressão, pela
Champions League. A situação na competição não é das melhores. A sonhada tranquilidade
na fase de grupos até agora não apareceu, mesmo num grupo teoricamente fácil. E
para piorar a situação rossonera, a equipe encarava o Málaga, uma das sensações da temporada.
Necessitando da vitória para não se complicar nos dois próximos
jogos, Massimiliano Allegri apostou em Alexandre Pato para fazer os gols. O
brasileiro que recém retornou de contusão, começara pela primeira vez uma partida
como titular na temporada e ainda estava zerado com as redes adversárias. De
resto, Allegri manteve a mesma base e esquema do time que goleou no último sábado.
Exceção apenas para De Jong, que ocupara vaga de Ambrosini. Bojan, mais uma vez
fez papel mais de meia que de atacante, posição em que parece ter se encontrado no
clube de Milão, ao lado de Emanuelson. Mas, logo aos seis minutos, Abate sentiu
lesão e obrigou Allegri a colocar o jovem De Sciglio.
Enfim apresentando um futebol com certa qualidade, o Milan
começou pressionando os andaluzes, mas nas melhores chances que tiveram,
esbarraram no goleiro Caballero, primeiro com El Shaarawy e depois com
Emanuelson, em uma bela cobrança de falta. O perigo que o clube espanhol levava chegava com as estocadas
de Eliseu. Normalmente pela esquerda, em cima de um improvisado Constant, o português deu trabalho para Abbiati, mas foi pela
direita, após passe de Isco, que o português só teve o trabalho de deslocar o
arqueiro milanista para abrir o placar. O consolo dos italianos era que o
concorrente mais forte pela disputa da segunda vaga do grupo, o Zenit, perdia para o Anderlecht.
Allegri deixou o time mais incisivo na segunda etapa, mas o
gol não saía. Para surpresa da torcida, o treinador tirou o artilheiro da
temporada rossonera, El Shaarawy, para dar lugar à Boateng, que pouco vem
jogando, mas mesmo assim, está criando polêmica nos bastidores com uma suposta
pedida de aumento salarial. A torcida não deixou barato e vaiou copiosamente a
alteração, colocando em questão mais uma vez o cargo do treinador.

Para sua sorte, dez
minutos depois, veio a redenção. Não só a do treinador e do Milan, mas também de Pato.
O camisa 9 marcou seu primeiro gol na temporada, aproveitando erro da marcação malaguenha para completar, de cabeça, cruzamento de
Constant. Um gol do típico matador que vinha fazendo falta ao time nessa
temporada. Na celebração, as lágrimas de alegria pela volta e por seu
ressurgimento ao futebol depois de seguidas lesões. Agora, Pato precisa manter regularidade, para cavar uma vaga no time, já que enfrenta a concorrência de Pazzini e do próprio El Shaarawy. Robinho foi outro que
voltou ao time, mas entrou só no final, ainda na esperança de uma vitória, mas
pouco produziu.

No final, o empate acabou não sendo tão ruim para o Milan, graças
à derrota do Zenit, e foi suficiente para o Málaga, que se classificou antecipadamente. O time italiano se mantém na segunda colocação, agora com cinco
pontos, um a mais que o Anderlecht e dois a mais que o Zenit, decepção do grupo
até o momento. A vaga que parecia ameaçada, ainda corre perigo, mas nada que a
tradição do Milan não consiga superar.
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