O capitão da Roma já marcou 14 vezes no estádio de Milão, e desta vez levou a equipe à grande vitória (MSN)
Quem segura a Roma? O tempo passa e a equipe treinada por Rudi Garcia parece apenas crescer de produção. São sete vitórias em sete partidas, o melhor ataque e a melhor defesa da competição (20 gols marcados e apenas um sofrido), além de um futebol de altíssimo nível. Os feitos da equipe romana são tão grandes que até mesmo os inícios de campeonato invictos de Napoli e Juventus (seis vitórias e um empate cada) ficam em segundo plano. Mesmo o bom início de campeonato da Inter, derrotada pela Roma no domingo (14 pontos, quatro vitórias, dois empates e uma derrota) parecem nada se comparados ao estrondoso sprint do time da capital. Ao menos por duas semanas, a Roma continua na liderança. O tempo de aquecimento para a 8ª rodada, que terá um confronto direto pela liderança entre romanos e napolitanos, será grande. Enquanto isso, leia o resumo da rodada.
Inter 0-3 Roma
Apesar do placar elástico, Inter e Roma fizeram uma partida equilibrada, em Milão. Um detalhe tático que permitiu que Totti brilhasse ao máximo, bem observado por André Rocha em seu blog, além de erros técnicos e de arbitragem permitiram que a Roma se sobrepusesse com mais força sobre a Beneamata e alcançasse sua sétima vitória em sete partidas, com placar construído ainda no primeiro tempo. Se para a Roma, a vitória no Giuseppe Meazza foi a melhor partida da equipe e a confirmação de que dá para brigar pelo título, para a Inter, o momento é de reflexão e de consertar alguns erros, mas, de, sobretudo, trabalhos motivacionais, para que a equipe não entre em colapso após os dois tropeços.
Em campo,os dois times faziam jogo muito parelho, com a Inter apertando a saída de bola romanista, buscando garantir vantagem territorial. Porém, em um erro de Ranocchia, Totti, livre por causa da marcação adiantada de Cambiasso recebeu passe de Gervinho e abriu o placar com um chutaço no canto, aos 18 minutos. A dona da casa melhorou, em seguida, e assustou De Sanctis – Guarín, por exemplo, balançou a trave com um canudo. Porém, aos 40, um atrapalhado Álvaro Pereira deu mole e parou Gervinho com um carrinho (fora da área, mas o pênalti foi marcado). Totti converteu, chegou aos 14 gols em sua carreira no San Siro e, quatro minutos depois, aos 44, iniciou, com maestria, um contra-ataque que acabaria no gol de Florenzi, que mataria o jogo. No segundo tempo, uma Inter desordenada tentava atacar, mas a bem postada defesa romana (mesmo após expulsão de Balzaretti) nem sentiu a presença dos atacantes nerazzurri. Alerta ligado: sem Campagnaro e Jonathan, o time não funcionou bem nos últimos dois jogos. (Nelson Oliveira)
Juventus 3-2 Milan
Na Arena Juventus, a partida começ… Gol do Milan. Os rossoneri precisaram de menos tempo que eu necessitei para escrever essas duas linhas. Um chute de fora da área de Nocerino virou uma assistência para Muntari, que, absolutamente desmarcado, empurrou para as redes. Foi a única chegada de perigo por parte do Milan até o minuto 15. O time da casa pressionou, mas parou em Abbiati após chances criadas por Quagliarella, Asamoah, Marchisio e Chiellini. Pirlo, de falta, empatou o jogo. O goleiro adversário, dessa vez, foi com a mão mole e aceitou a cobrança, que foi quase no meio do gol.
No segundo tempo, Conte promoveu a entrada de Giovinco no lugar de Quagliarella. Dois minutos depois, o camisa 12 converteu em gol a chance criada por Vidal, enganado Zapata e Abbiati. Chiellini, num voleio após chutaço de Pirlo no travessão, aumentou o resultado, que só foi diminuído pelo mesmo Muntari, já nos acréscimos, após erro de Pogba. Com oito pontos somados em sete partidas, o Milan só não tem defesa mais vazada que a de Bologna e Sassuolo, vice e lanterna da Serie A. Para as próximas quatro partidas, ainda tem o desfalque de Mexès, expulso. A Juve, bicampeã consecutiva, permanece no pelotão dos líderes, mas ainda joga um futebol um pouco distante de Napoli e, principalmente, Roma. (Murillo Moret)
Napoli 4-0 Livorno
Após mais uma vitória maiúscula da Roma, no sábado, o Napoli mostrou que não deixará o time da capital escapar na ponta e também venceu seu jogo com propriedade, aumentando as expectativas para o jogo da próxima rodada, na qual Roma e Napoli se enfrentam. A partida seria no sábado, dia 19, em Roma, mas, por motivos de ordem pública, foi antecipado para sexta-feira, dia 18.
No San Paolo, a equipe de Rafa Benítez começou muito bem e abriu o placar logo aos 4 minutos de jogo, com gol de Pandev, que vem fazendo ótima temporada. Inler, muito operante no meio de campo azzurro, fez o segundo em bonito chute, aos 26. No segundo tempo, Pandev apareceu bem novamente e deu passe para Callejón marcar seu quarto gol no campeonato. Hamsík fechou o placar. O Livorno, 13º colocado, mostrou organização e empenho e talvez tivesse melhor sorte se não jogasse contra um dos favoritos ao título. O goleiro Bardi, que vem muito bem, cometeu erro grosseiro no segundo gol, mas se redimiu depois, com boas defesas. Outro jovem emprestado pela Inter, o meia Duncan, fez ótima partida. (Rodrigo Antonelli)
Lazio 0-0 Fiorentina
Após as viagens no meio de semana, para disputar partidas da Liga Europa, Lazio e Fiorentina pareceram meio cansados no Olímpico. Petkovic escalou a equipe da casa com o mesmo time que viajou para a Turquia e empatou com o Trabzonspor, mas, curiosamente, seus jogadores pareciam mais inteiros que os da Fiorentina – Montella havia feito seis alterações, garantindo os retornos de Borja Valero e Rossi à equipe titular. Em um jogo morno, as defesas e os goleiros tiveram protagonismo.
O brasileiro Neto fez uma boa partida, em um duelo que teve outro brasileiro, Hernanes, como maior rival. O ex-goleiro do Atlético-PR, que não vinha fazendo uma boa temporada, realizou boas defesas e foi seguro. Na Lazio, se de Hernanes, além de Candreva e Perea, vinham as melhores chances, quem jogou muito pouco foi Felipe Anderson. Após estrear como titular pelo novo time na quinta, quando teve boa atuação, o ex-jogador do Santos teve desempenho abaixo da crítica neste domingo. Porém, em um jogo com tão poucos destaques, ir mal não foi demérito apenas seu. (NO)
Bologna 1-4 Verona
Que Verona! O time de Mandorlini aprontou mais uma vez na volta para a
Serie A e goleou o Bologna de Pioli, além de ter quebrado um tabu de 35
anos sem vencer o rival no Renato Dall’Ara. Com mais três pontos, o time
vêneto chegou a 13 pontos em 7 jogos (4 vitórias, 1 empate, 2 derrotas), e passou Fiorentina e
Lazio na classificação, ficando apenas um ponto atrás da Inter. Para
os anfitriões, mais um resultado decepcionante em casa. A equipe sequer
conseguiu uma vitória – são 3 empates e 4 derrotas, além da segunda pior
defesa do campeonato, com 20 gols sofridos. A
nota negativa foi o confronto entre ultras dos rivais, que tem diferenças políticas. Torcedores saíram feridos e a polícia ainda teve que
intervir quando os ultras bolonhesas cercaram o ônibus da delegação do
Verona, causando um atraso de 20 minutos para a realização do jogo.
Em campo, o início
foi todo do time da casa, fazendo Rafael operar duas defesas em 20
minutos. A primeira finalização gialloblù veio aos 21 e abriu o placar,
quando Cacciatore tabelou com Juanito e acertou belo chute de fora da
área. O gol assustou o time de Pioli e os visitantes aproveitaram para
ampliar, oito minutos depois, em jogada individual de Iturbe. O argentino costurou
a defesa adversária e venceu Curci em novo chute de fora da área. O
terceiro quase veio novamente com Iturbe, que teve outra ótima exibição, mas
ficou guardado para mais tarde. Logo após a volta do intervalo, o
Bologna conseguiu descontar com Diamanti, de pênalti. Mas o Verona ampliou em ótima
troca de passes que teve Iturbe como protagonista, envolveu a defesa e terminou em belo gol de Toni. Na sequência, só deu Bologna, desesperado em busca
do gol, mas a estrela de Rafael apareceu novamente, e o goleiro fez mais cinco
defesas preciosas nas pouco mais de 10 finalizações bolonhesas. Aos 93,
porém, os visitantes ainda ampliaram com
Jorginho, que fez seu terceiro gol na Serie A. (Arthur Barcelos)
Parma 3-1 Sassuolo
No duelo entre equipes da Emília-Romanha, o Parma venceu e afundou ainda mais (se é que era possível) o Sassuolo na lanterna da competição. O primeiro gol do jogo saiu num erro infantil de Acerbi. O zagueiro protegeu a bola para ganhar tiro de meta e se jogou no chão ao notar que Cassano iria desarmá-lo. Fantantonio roubou a bola e cruzou na cabeça de Palladino, que jogou no contrapé de Pegolo. Nos acréscimos, Berardi deixou Gobbi pra trás, entrou na área e se chocou com Mirante. O lance continuou e Lucarelli salvou o Parma, em cima da linha, depois da finalização de Magnanelli; no entanto, o árbitro Andrea De Marco voltou na decisão, expulsou o goleiro e concedeu o pênalti para o Sassuolo. Gol de Berardi, enganando o substituto Bajza.
A equipe visitante voltou melhor e tentou se aproveitar do nervosismo do inexperiente goleiro eslovaco. O goleiro quase vacilou no chute de Zaza e viu um voleio do atacante bater na rede, mas pelo lado de fora. Floro Flores, de longe, também assustou Bajza. O Parma achou um gol após nova assistência de Cassano, dessa vez para cabeçada de Rosi. Na sequência, Fantantonio se aproveitou a defesa mal articulada (no 3-5-2) para receber cobrança rápida de Gargano, correr na direção do gol e bater na saída de Pegolo. (MM)
Udinese 2-0 Cagliari
A Udinese mostrou evolução e se recuperou da derrota por 2 a 0 para a Atalanta, na última rodada, e o Cagliari parece ter dado um passo para trás depois da boa partida contra a Inter. O jogo começou em ritmo lento, com uma Udinese mais preocupada em marcar do que agredir o adversário. Gabriel Silva fez boa partida e conseguiu anular bem Ibarbo, pela esquerda. Bem postado atrás, o time de Guidolin só se soltou um pouco após o primeiro gol, aos 33 minutos da etapa inicial.
Di Natale cobrou escanteio e Danilo aproveitou sobra para mandar um voleio para o fundo das redes de Agazzi. O capitão e ídolo friulano apareceria bem novamente no início do segundo tempo, acertando cobrança de falta perfeita e abrindo 2 a 0 para a equipe da casa. Com os três pontos, a Udinese vai a 10 e sobre para a 8ª posição. A irregularidade logo no início da temporada desenha uma temporada menos brilhante para o time de Údine. O Cagliari, por sua vez, caiu três posições e ocupa o 14ª lugar na tabela. (RA)
Chievo 0-1 Atalanta
No jogo que abriu a sétima rodada, Chievo e Atalanta se
enfrentaram no Marc’Antonio Bentegodi. Em situações parecidas, ocupando a parte
de baixo da tabela, a vitória era fundamental para as duas equipes se
distanciarem da zona de rebaixamento. Melhor para o time de Bérgamo, que com um
golzinho solitário de Moralez (que não marcava há 374 dias), venceu, subiu na
tabela e quebrou o jejum de nunca ter vencido o Chievo, em Verona. Por outro
lado, o time veronês sofreu sua terceira derrota seguida e só não entrou na zona de
rebaixamento graças aos tropeços de Sampdoria e Bologna. As equipes do técnico Giuseppe Sannino normalmente sofrem poucos gols, mas este Chievo vai mal no quesito: sofreu 13 gols, e tem a terceira pior defesa do campeonato, ao lado de Sampdoria e Milan.
Em
campo, não faltou vontade e as duas equipes não pouparam
esforços para atacar. O gol nerazzurro saiu logo aos 15 minutos, com
Moralez completando, com um voleio, assistência de Raimondi. O Chievo procurou o
gol,
especialmente com Paloschi e Estigarribia, mas pecou na hora da
conclusão. A
Atalanta voltou melhor para a segunda etapa e Moralez seguiu dando
trabalho a
Puggioni. O Chievo reclamou muito de um pênalti não marcado em cima de
Théréau e nos últimos minutos, Consigli salvou cabeçada de Pellissier. Depois
o goleiro ainda contou com a sorte, em chute desviado de Rigoni, que fez a torcida do
time da casa comemorar o
gol que não saiu. (Caio Dellagiustina)
Catania 1-1 Genoa
Confronto
entre desesperados na Sicília. E mais uma vez o time de Maran vacilou
em casa, não esboçando reação após o primeiro triunfo na temporada na
última rodada. Num jogo tecnicamente fraco e que marcou a reestreia de
Gasperini no comando do Genoa, os visitantes contaram com a sorte para
conseguir um precioso ponto fora de casa. Ambos chegaram aos 5 pontos, a
dois pontos da Sampdoria, a primeira na zona de rebaixamento. Pelo que
apresentaram até aqui, a perspectiva é que fiquem nessa mesma situação.
O primeiro tempo foi bem fraco, e apenas Castro e Kucka (duas vezes)
fizeram Perin e Andújar trabalhar. Depois de voltar melhor do intervalo, o Catania chegou com finalização de Bergessio e chute na trave de Castro, e abriu o placar aos 14 do segundo tempo. Após passe longo de Castro,
Antonini, que, estranhamente, jogou como zagueiro num bizarro 3-4-2-1
de Gasperini, cortou mal e deixou a bola limpa para Barrientos marcar.
Mais tranquilo depois do gol, o Catania ainda seguiu no controle da
partida, porém tudo foi por água abaixo quando Legrottaglie desviou
contra seu gol o cruzamento de Stoian, empatando a partida, já nos
minutos finais. (AB)
Sampdoria 2-2 Torino
Vários eram os ingredientes que tornavam uma vitória na partida entre
Sampdoria e Torino de extrema importância para ambas as equipes. Mas o
árbitro Andrea Gervasoni conseguiu desagradar a gregos e troianos no
empate de 2 a 2 em Gênova. Os dois times sobem uma posição na tabela,
graças aos fracassos dos concorrentes. O Toro foi a nove pontos e ocupa a
décima colocação. A Samp, que fez seu primeiro ponto e seus primeiros
gols em casa, chega a três pontos e sobe para a 18ª posição, ainda na
zona de rebaixamento. Mas o gosto de que a situação poderia ser bem
diferente amarga os lábios dos dois clubes.
Colocada contra a parede por seus torcedores, a Samp buscava um alento
após enfrentar Roma e Milan, enfrentando um adversário “de mesmo nível”.
Mostrando vontade, o time dominou o primeiro tempo e abriu o placar aos
41, quando Sansone conduziu e bateu rasteiro da entrada da área. Aos
48, a primeira grande polêmica: Palombo cobrou falta e Pozzi, no rebote
do goleiro Padelli, empurrou para o gol. Mas o árbitro encerrou o
primeiro tempo no exato momento da defesa do goleiro granata e anulou o
gol legítimo. O Toro voltou bem melhor no segundo tempo e correu atrás. O
ex-genoano Immobile empatou o jogo aos 21, após escanteio da direita
mal afastado por Obiang. Aos 30, D’Ambrosio invadiu a área e sofreu
pênalti, que Cerci, artilheiro da Serie A, converteu. E aos 48, foi a
vez de o Toro reclamar: Éder foi lançado dentro da área e, na dividida com
Glik, foi ao chão e Gervasoni assinalou um pênalti pra lá de duvidoso.
O próprio brasileiro converteu e empatou. (Thiéres Rabelo)
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