A disposição de
alguns jogadores não foi suficiente para o Milan, que sentiu o homem a menos. No
início da segunda etapa, mais um balde de água geladíssima nos rossoneri.
Cassano recebeu livre na área e finalizou no canto de Amelia. O Milan mais uma
vez conseguiu, com muita garra, reagir na partida. Primeiro com Rami e depois
com Balotelli, após um pênalti inexistente em Montolivo. Mas a incrível reação
não pode nem ser comemorada, uma vez que no minuto seguinte, Schelotto
aproveitou os espaços deixados pelas trocas de Seedorf para cruzar e Amauri
completar de letra. Para finalizar, Biabiany, já nos acréscimos, definiu o
placar, para protestos da torcida milanista. Com o resultado, o Parma segue
próximo da vaga na Liga Europa e o Milan continua agonizando com sua péssima
temporada. Seedorf, recém-chegado, estaria ameaçado, segundo setores da imprensa italiana. Seu substituto, em caso de saída, pode ser o ex-milanista Donadoni, que está em seu terceiro ano no Parma e realiza o melhor trabalho na carreira. (Caio Dellagiustina)
Genoa 0-1 Juventus
Os veteranos continuam fazendo diferença em uma Juventus cada vez mais próxima do tricampeonato. Na tarde de domingo, foi a vez de Buffon e Pirlo decidirem a favor da Velha Senhora, que não fez uma grande partida no Marassi e quase voltou para casa apenas com um ponto na mala. O goleiro foi bem durante toda a partida, contra um Genoa muito bem postado e melhor em campo, mas brilhou mesmo aos 19 minutos do segundo tempo, quando espalmou pênalti cobrado por Calaiò. A defesa coroou mais um dia de comemoração para Gigi Buffon: com 476 jogos pela Juve, ele alcança Zoff como quinto jogador que mais vestiu a camisa bianconera.
Até aquele momento, os donos da casa eram superiores e tiveram mais chances de abrir o placar. Após a defesa, porém, o Genoa encolheu e a Juve melhorou um pouco. Pogba cabeceou por cima depois de cobrança de falta e levou perigo ao gol rossoblù depois de mais de 30 minutos sem ameaçar. Sem conseguir superar a marcação genovesa, o gol juventino não poderia vir de outra forma que não em bola parada. Aos 44′, Pirlo ajeitou e cobrou falta perfeita, no ângulo superior direito do goleiro Perin. Assim, a Juve mantém 14 pontos à frente da Roma e o Genoa cai para a 12ª posição, com 35 pontos. (Rodrigo Antonelli)
Roma 3-2 Udinese
No primeiro tempo, uma Roma como há muito tempo não se via. No segundo, um pouco mais da instabilidade defensiva que tomou conta da equipe romana nos últimos meses. Mesmo assim, os giallorossi foram melhores em campo e mereceram a vitória na partida que marcou o retorno de Totti aos gramados após mais de um mês afastado – a última partida do capitão havia sido diante da Lazio, no dérbi capitolino. A Roma continua 14 pontos atrás da Juve, mas também três à frente do Napoli, que havia vencido sua partida na rodada e havia empatado na vice-liderança. Já a Udinese, em sua pior temporada desde 2010, segue em 14º, com 31 pontos.
Com o capitão em campo, a Roma já começou voando e dando trabalho para o ótimo goleiro Scuffet, de 17 anos, atual titular em Údine. Aos 21, Totti aproveitou rebote do goleiro em chute de Gervinho e abriu o placar. Aos 30, em uma jogada iniciada pelo Pupone, Gervinho deixou Destro na cara do gol para ampliar. Dali em diante, De Sanctis teve de fazer ótimas defesas contra Di Natale, que no primeiro lance o parabenizou pela defesa, e no segundo o empurrou, com raiva. Mas a Udinese diminuiu mesmo com Pinzi, que roubou bola de Totti e, com seu coração laziale, bateu no canto de De Sanctis. Só que Torosidis resolveu marcar um belo gol com a perna canhota, que não é a boa, e deixou a Roma mais tranquila, embora o gol de Basta, após bola mal afastada por De Sanctis, reabrisse a partida no final. (Nelson Oliveira)
Torino 0-1 Napoli
Dizem por aí que a bola pune. E que pune principalmente aqueles que não marcam gols. O famoso “quem não faz, leva” teve mais uma edição no estádio Olímpico de Turim, onde o Torino, dono da casa, jogou muito melhor do que um Napoli em versão mais cautelosa, e desperdiçou ótimas oportunidades até ser castigado com um gol irregular de Higuaín, nos acréscimos. O resultado deixa o Napoli na caça da vice-liderança, com 48 pontos, três a menos que a Roma, e o Torino na 10ª posição, com 36 pontos.
Antes mesmo do início do jogo, o Toro entrou em campo com surpresas: o técnico Ventura decidiu dar um chá de banco de reservas em Immobile e Cerci, dupla de ataque titular, que junta fez 24 gols, para dar espaço a Meggiorini e Barreto, que não marcaram um gol sequer. Não dá para dizer que a mudança deu certo, porque o Napoli dava espaços e o Torino não aproveitava. Esbarrava em Reina ou na trave (Meggiorini e Bovo a acertaram). Com Cerci e Immobile em campo, no segundo tempo, os granata melhoraram, sobretudo em movimentação, mas, Immobile, sozinho na área, não desfrutou passe de Kurtic e mandou a bola para fora do estádio. Já no último minuto regulamentar, Higuaín recebeu lançamento de Hamsík, derrubou Glik, mas a arbitragem nada marcou. Cara a cara com Padelli, o argentino não perderia o gol. E deixou o técnico Ventura novamente revoltado por um erro da arbitragem que tirou pontos de sua equipe. (NO)
Fiorentina 3-1 Chievo
Depois do empate contra a Juventus pela Liga Europa e visando a classificação às quartas de final no jogo de volta desta quinta-feira, em Florença, o técnico Vincenzo Montella resolveu poupar alguns jogadores contra o Chievo. Tudo bem, afinal a Viola derrotou o adversário de Verona por 3 a 1 e assumiu a 4ª colocação do campeonato, ultrapassando a Inter. A Fiorentina começou a partida com Compper, Diakité, Anderson e Wolski entre os titulares. Cuadrado, outro que não participou do confronto da competição europeia, fez ótima jogada, driblando Rigoni, tabelou com Pizarro e encobriu Agazzi. Um golaço aos 11 minutos de jogo. O colombiano também participou do segundo. Anderson roubou a bola no campo de ataque e lançou em profundidade para Cuadrado, que foi à linha de fundo e cruzou para Matri balançar a rede.
No segundo tempo, Paloschi revigorou o ânimo do Chievo ao diminuir após bom passe de Rigoni. A equipe visitante, é verdade, esboçou uma reação, principalmente porque o atacante estava infernizando o trio de zaga viola, mal na partida. Contudo, as principais chances ainda eram da Fiorentina, com Pizarro, que parou em Agazzi, e Vargas, finalizando pra fora. Aliás, o goleiro não queria que Pizarro saísse do Artemio Franchi com mais um tento. Ele defendeu a cobrança após pênalti de Rubin. Aos 44 minutos, Ilicic e Gómez (assim como contra a Juve) fizeram a jogada que culminou em mais um gol do time de Florença – o alemão estava impedido no lance, mas voltou a marcar pelo campeonato, o que não ocorria desde setembro, quando se lesionou. (Murillo Moret)
Verona 0-2 Inter
Depois de meses de amargura, parece que a Inter encontrou seu caminho. Com a chegada de Hernanes, mas não só, o time de Mazzarri começa a engrenar e dar continuidade aos bons resultados dos primeiros meses de trabalho, que se esvaíram entre novembro, dezembro e janeiro. Desde a derrota para a Juventus, os nerazzurri não sabem o que é perder. São seis jogos de invencibilidade, quatro vitórias, aproveitamento inferior apenas ao da Vecchia Signora e, apesar da economia de gols (foram sete marcados), uma defesa mais firme, confiável e quase impenetrável – em alguns momentos Handanovic garantiu três jogos sem levar gols, mas Rolando, Ranocchia, Samuel e Cambiasso também merecem crédito.
Bem postada na defesa, a Inter de Mazzarri seguiu a tônica dos jogos fora de casa: sem se impor, deu campo, posse e um falso controle do jogo para o Verona. Com boa disposição também dos alas e meias nerazzurri, o time da casa só finalizou a gol pela primeira vez no último quarto, quando Handanovic entrou em ação nos chutes de Iturbe, Sala, Rômulo e Martinho. Mas nesse momento o placar já marcava 2 a 0 para o time milanês. De contrato renovado, Palacio abriu o placar aos 13 após bela jogada individual de Jonathan. O gol da vitória veio no início da segunda etapa, quando os nerazzurri pressionaram até Jonathan marcar na marra, depois de grande passe de Hernanes. O sonho por uma vaga na Liga dos Campeões é apenas um sonho, mas a vaga na Liga Europa parece bem sólida com uma regular Inter. Mas será que essa regularidade se manterá nos últimos dez jogos e dois meses de campeonato? O Verona, bem, parece acomodado após atingir seu objetivo, mas também afetado pela pressão e falta de um elenco forte o bastante para brigar por vaga na Europa. (Arthur Barcelos)
Cagliari 0-2 Lazio
A imprevisível Lazio de Reja aprontou mais uma das suas. Depois de perder da Atalanta em casa, o time romano respondeu bem ao bater o Cagliari na Sardenha. Os últimos resultados credenciam os laziali a brigarem por uma vaga na Liga Europa, mas o Parma promete ser um adversário duro. Já o Cagliari, que se encaminhava para mais uma salvezza, precisa se atentar ao retrovisor, com apenas seis pontos o separando da zona de rebaixamento. Ainda há tempo de sobra para garantir mais uma presença na Serie A, mas o time de López não dá muitas garantias de sequência.
Com a bola rolando, o que se viu foi uma Lazio superior, ainda que não totalmente dominante. Ainda assim, o time de Reja criou mais e as principais oportunidades, quase todas dos pés de Keita, a revelação da equipe da temporada. O garoto de 19 anos tem assumido uma responsabilidade que nem lhe foi depositada e em poucos jogos se transformou no principal jogador do time. O ponta foi o grande destaque do jogo e autor do gol que garantiu os três pontos logo após pênalti de Pinilla defendido por Marchetti, já no minuto 69. 50 minutos antes, Lulic abrira o placar de uma importante e significativa vitória dos biancocelesti. (AB)
Sassuolo 3-1 Catania
Barrientos deu um bicão pra cima, a zaga do Sassuolo parou e Bergessio chutou cruzado para marcar o primeiro gol da partida, comemorando com a pequena parcela de torcedores rossoazzurri que estavam presentes no Città del Tricolore. Zaza entrou como substituto, no segundo tempo, e aproveitou boa jogada de Floro Flores pela linha de fundo para empatar o jogo. Minutos depois, Floro Flores novamente com uma assistência: após passe curto em escanteio, o atacante cruzou na medida para Missiroli colocar a equipe mandante na frente do marcador. Pouco antes dos acréscimos, o autor do segundo gol roubou a bola no campo de ataque e passou para Sansone, que driblou Bellusci e fuzilou.
A partida, portanto, terminou em 3 a 1 para o Sassuolo, que deixou a lanterna da Serie A, depois de oito jogo sem vitórias – seis deles com Malesani, que substituiu Di Francesco e acumulou cinco derrotas, o que fez com que o presidente Squinzi chamasse o técnico que iniciou a temporada de volta. Com 21 pontos conquistados, os neroverdi empurraram o adversário deste domingo para a última colocação na tabela. O Sassuolo ganhou sobrevida na liga no momento que já era dado como certo o seu descenso à segunda divisão após um segundo tempo maravilhoso. Não somente pelos jogadores, que atuaram com muita vontade e garra, mas também pelo sistema tático modificado por Di Francesco no intervalo, que tirou Brighi para colocar Zaza num 4-2-4. Se não bastasse a nova posição na tabela, o Catania enfrenta, nas próximas quatro rodadas, Juventus, Napoli, Udinese e Torino. Pode ser o fim do sonho etneo na Serie A, na temporada seguinte ao seu recorde histórico de pontos e melhor posição. (MM)
Livorno 2-1 Bologna
Quase irreconhecível em um uniforme verde claro, o Bologna (que historicamente utiliza uniforme verde, mas bem mais escuro, como reserva) fez mais uma partida muito ruim e chegou a sua 13ª derrota no campeonato. Com o resultado negativo diante de um adversário direto na briga pela salvezza, a equipe emiliana fica mais um jogo sem vencer – já são cinco seguidos – e volta à zona de rebaixamento. O Livorno, por sua vez, comemora pelo menos uma rodada fora da degola, um ponto à frente do próprio Bologna, depois de um jogo muito fraco no primeiro tempo, mas que melhorou bastante na etapa complementar.
Se a partida tivesse começado só no segundo tempo, ninguém sentiria falta de nada. Todas as ações que merecem ser lembradas só aconteceram depois que Di Carlo trocou Belfoldil por Emeghara, no intervalo. A substituição colocou o Livorno para frente e, com muita velocidade, a equipe da casa abriu 2 a 0 logo no início do tempo final. Aos 57 segundos, o nigeriano avançou bem pela direita e deu passe perfeito para Benassi abrir o placar. Sete minutos depois, em outra jogada rápida, Greco começou um contra-ataque que passou por Benassi terminou com gol do brasileiro Paulinho. Com a vantagem, o time diminuiu o ritmo, mas pecou nas faltas e teve dois expulsos no final (Mbaye e Emeghara). Aos 41′, Christodoulopoulos marcou de pênalti e diminuiu. Mas foi só. (RA)