Liga Europa

Ficou para o segundo jogo

Gol de Gómez deixa a Fiorentina mais do que viva no duelo italiano contra a Juve na Liga Europa (Ansa)

Já era esperado que os (bons) duelos das oitavas de final da Liga Europa fossem equilibrados, ao contrário do que aconteceu na maior parte dos jogos da Liga dos Campeões. No que diz respeito a Napoli e Juventus e Fiorentina, equipes italianas vivas na competição, não poderia deixar de ser diferente. Acompanhe as análises das partidas de ida, sabendo que tudo está mais do que aberto para os jogos de volta, que acontecem na próxima quinta, respectivamente em Nápoles e Florença.

Juventus 1-1 Fiorentina
Em Turim, a Fiorentina não permitiu que a Juventus vencesse o confronto de ida das oitavas de final da Liga Europa: 1 a 1, com gols de Vidal e Gomez. Os dois times tiveram seus momentos durante o primeiro tempo.

A Fiorentina começou em cima, pressionando demais o adversário em seu próprio campo. Cáceres, Isla e Pirlo tiveram dificuldade para tirar a bola da zona perigosa nos segundos iniciais de partida. Não tardou muito, porém, para a Juventus sair do campo de defesa e achar o primeiro gol. Foi uma boa jogada tramada por Marchisio e Giovinco, que terminou com a finalização de Vidal. Sem chance para o goleiro Neto.

O time da casa permaneceu com o domínio da partida até os 20 minutos. O meio-campista chileno, neste período, arriscou uma finalização de fora da área, totalmente sem perigo. De fato, o único lance mais surpreendente foi uma discussão entre Pizarro e Vidal, ambos chilenos. A partir da segunda metade da etapa inicial, a Fiorentina foi melhor. A Velha Senhora parecia que não tinha mais fôlego de avançar rapidamente pelas laterais e inverter o jogo para pegar Roncaglia ou Tomovic desprevenidos.

A equipe visitante prendeu a bola na frente e, aos poucos, ameaçou Buffon. Matri desviou de leve um chute rasteiro de Aquilani. A bola passou perto da trave. No travessão ela tocou após finalização de Borja Valero, desviada pela zaga. Antes do intervalo, Vidal também acertou o travessão do gol da Viola, depois de cruzamento de Pirlo. Àquela altura, os dois goleiros também já haviam trabalhado para evitar mais gols.

Os ânimos ficaram quentes na segunda etapa. Aliás, os 45 minutos iniciais tiveram pouca pegada. Nem parecia um das maiores rivalidades do continente. Durante um período, antes das substituições, era falta atrás de falta, pisão atrás de pisão. A Juventus deu o ritmo no tempo e controlou a partida como quis. Os volantes juventinos armavam o jogo e acionavam Llorente, que substituíra Osvaldo. Gómez (que entrou no lugar de Matri), contudo, marcou o gol de empate após bom lançamento de Ilicic. O alemão ganhou na corrida de Cáceres e Ogbonna antes de tocar na saída de Buffon.

Para a Viola, o gol foi ótimo para aumentar a chance de uma vaga na próxima fase da Liga Europa. Para o jogo, a Juventus saiu ao ataque nos últimos dez minutos. Llorente parou em Neto; Pogba finalizou rente à trave, para fora, da entrada da área. Gómez, inspirado, tirou dois da marcação, longe do gol, mas não acertou a baliza juventina. Valero também testou Buffon, que mandou pra escanteio, assim como na finalização fortíssima de Vargas. No final do jogo, a Fiorentina era melhor e teve mais chances de vencer. Antes, Neto havia evitado um placar mais elástico para a Juve, mostrando mais uma vez que vive ótima fase. Do lado violeta, surpreendeu a decisão de Montella de não utilizar Cuadrado, que ficou no banco por opção tática. O mesmo valeu para o capitão Pasqual.

No fim das contas, a primeira partida internacional entre os dois times foi boa. Melhor para a Fiorentina, revigorada com o empate. Pela Juve, Marchisio e Llorente deixaram o jogo com suspeitas de lesões. Espera-se que o confronto da semana que vem seja ainda melhor – assim como a final da Copa Uefa 1989-90.
 

Porto 1-0 Napoli

O Napoli disputa vaga na Liga dos Campeões, através da Serie A, e, no Campeonato Português, o Porto se encontra na mesma luta e, no domingo, ainda tem o confronto direto, no clássico contra o Sporting. Porém as duas equipes foram com força máxima para o jogo no Estádio do Dragão. Jogando fora de casa no tradicional 4-2-3-1, os azzurri jogaram dispostos a marcar e, eventualmente, apostar em contra-ataques. Por isso, no primeiro tempo, os azuis e brancos controlaram a posse de bola (62%) e tiveram duas boas chances. Pepe Reina apareceu e evitou o gol de Jackson Martínez e, quando não deu para o goleiro, a arbitragem tratou de apontar impedimento, após o gol legal de Carlos Eduardo. 

O empate sem gols deu ao Napoli a impressão de que poderia fazer mais na segunda etapa e foi isso que ocorreu. Benítez não mudou o time, mas os partenopei começaram em alta rotação e tiveram duas ótimas oportunidades com Higuaín, que Helton foi bem ao defender. Depois do grande momento na partida, os italianos sofreram o castigo por não terem aproveitado as chances. Quaresma (bem no jogo) bateu escanteio da direita e, após confusão na área, Martínez acertou belo chute de canhota para abrir o placar.

Com o 1 a 0 contra, Benítez fez mudanças, principalmente, na linha de três meias, que funcionou mal. Com Pandev e Mertens, nos lugares de Callejón e Hamsík (especialmente apagado na partida, assim como em toda a temporada) respectivamente, o Napoli equilibrou a posse de bola, mas não conseguiu assustar tanto, como havia feito no início do segundo tempo. A derrota pelo placar mínimo dá aos partenopei a condição de reverter o resultado no San Paolo, como declarou o técnico Rafa Benítez: “nós podemos fazer dois gols em casa”. (Pedro Spiacci)

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