Em dia histórico, Juventus venceu o Torino no dérbi e manteve a liderança (DPA)
Já na reta final, a Serie A reservou um momento histórico: Buffon, o maior goleiro italiano, alcançou um recorde que dá a dimensão do tamanho dele e da ótima campanha da Juventus – e em pleno clássico de Turim. Também houve outro jogão, entre Roma e Inter, que mantém a briga por vaga na Liga dos Campeões em aberto. O fim de semana teve ainda outro show de Higuaín e movimentação na zona de rebaixamento. Acompanhe o resumo da 30ª rodada.
Torino 1-4 Juventus Belotti (pênalti) | Pogba, Khedira, Morata (Pogba) e Morata (Pogba)
Tops: Belotti (Torino) e Pogba (Juventus) | Flops: Glik (Torino) e Alex Sandro (Juventus)
Depois da ressaca de quarta-feira, nada melhor do que uma goleada sobre o rival local para a Juventus. Somado a isso, mais um recorde na conta de Buffon, agora passando Sebastiano Rossi como o goleiro com mais tempo sem ser vazado na história da Serie A (974 minutos). Para completar, Pogba desequilibrou e fez uma de suas melhores partidas na temporada: além da exibição exuberante, foi protagonista em três dos quatro gols que colocam em xeque a temporada do Torino. Talvez os granata não sejam candidatos ao rebaixamento, mesmo com apenas cinco pontos de vantagem para a zona da degola, mas estão decepcionando e podem haver mudanças no clube.
O placar realmente empolga e alivia as coisas em Turim, mantendo a Velha Senhora firme no topo da tabela, ainda três pontos à frente do Napoli. Ainda há um campeonato em disputa e o time de Allegri mantém a pegada mesmo após o primeiro e único tropeço na série de vitórias. Contra o Torino, mesmo que não tenha realmente jogado para golear e o nervosismo de Bonucci e Khedira tenham excedido, Pogba desequilibrou com gol de falta e duas assistências, Padelli e a defesa granata novamente falharam e Morata mais uma vez foi decisivo, resolvendo a partida com doppietta depois de Belotti acabar com o recorde de Buffon e esboçar reação.
Não faltaram polêmicas de arbitragem no dérbi: quando a Juve vencia por 2 a 1, Maxi López teve gol anulado por impedimento mal marcado, o que poderia mudar a partida. No pênalti do Toro, Alex Sandro (que derrubou Bruno Peres de forma infantil) deveria ter sido expulso pelo segundo amarelo, enquanto a acintosa reclamação de Bonucci (que chegou a encostar a cabeça no árbitro) também deveria ser punida com um vermelho. Glik, do Torino, também poderia ter ido para o chuveiro mais cedo. Péssima atuação de Rizzoli e de seus auxiliares.
Roma 1-1 Inter Nainggolan (Dzeko) | Perisic (Brozovic)
Tops: Nainggolan (Roma) e Perisic (Inter) | Flops: Florenzi (Roma) e Éder (Inter)
Um duro golpe para quem pensava que a Roma poderia ir além do terceiro lugar e para uma Inter que até os 83 minutos sonhava em poder encostar na rival e diminuir a vantagem romana para dois pontos. Agora a equipe da capital está dez e sete pontos atrás de Juventus e Napoli, respectivamente, enquanto os milaneses seguem a cinco pontos dos romanos. Restando oito rodadas, mesmo nesse campeonato maluco, difícil acreditar que as coisas mudem tanto até 15 de maio. Em campo, superioridade da Roma desde o início. Com Pjanic e Perotti girando a bola e coordenando os ataques, Salah e El Shaarawy correndo e criando caos na defesa interista e Nainggolan apoiando com ritmo e força, o time de Spalletti dominou uma Inter que teve dificuldades defensivas, sofrendo com os desmarques dos atacantes romanos – ou seja, tendo que correr – e sem conseguir roubar e interceptar em condições melhores, pressionando muito pouco.
De qualquer forma, a Roma não conseguiu os gols, parando em Handanovic ou Miranda e Murillo, assim como a Inter reagia com o trio eslavo Brozovic, Ljajic e Perisic. Os nerazzurri forçavam ataques pela esquerda com o ponta croata levando vantagem no setor, com o apoio do compatriota e do sérvio. Exatamente assim saiu o gol nerazzurro, no início do segundo tempo, em contra-ataque finalizado por Perisic. Mas a sorte interista não durou até o apito final e o time cedeu à pressão depois da entrada crucial de Dzeko. Mesmo péssimo tecnicamente, o camisa 9 foi decisivo para fazer seu time chegar na área adversária e também ao gol, com Nainggolan completando o chute errado do bósnio.
Napoli 3-1 Genoa Higuaín (Hysaj), Higuaín (Hamsík) e El Kaddouri (Gabbiadini) | Rincón
Tops: Higuaín (Napoli) e De Maio (Genoa) | Flops: Koulibaly (Napoli) e Gabriel Silva (Genoa)
Jogo
curioso no San Paolo nesse domingo. Geralmente agressivo na marcação e
rápido nos ataques, o Genoa esteve diferente, com uma formação pesada,
que sofreu defensivamente e não manteve o mesmo ritmo. Ainda assim,
terminou o primeiro tempo na frente do placar, com gol de Rincón e falha de Reina. De
qualquer forma, o Napoli esteve bem e criou muitas chances, muitas vezes parando em um
inspirado Perin, antes de
chegar à virada e definir a vitória, com mais uma doppietta de Higuaín. Com o
argentino vieram os dois primeiros gols: o empate aos 51 e a virada
somente aos 81, depois de muita pressão. Para tranquilizar, o terceiro
saiu já nos acréscimos, com os reservas El Kaddouri e Gabbiadini.
Frosinone 0-0 Fiorentina
Tops: Borja Valero (Fiorentina) e Leali (Frosinone) | Flops: Ilicic (Fiorentina) e Paganini (Frosinone)
Chance de ouro perdida pela Fiorentina. Mesmo mal nas últimas partidas, a equipe de Florença segue muito bem na tabela e poderia melhorar ainda mais sua situação vencendo um favorito ao rebaixamento, mas não saiu do zero. Outra vez, o time teve atuação pouco inspirada e parou em Leali nas poucas vezes que chutou no gol dos gialloblù. O resultado não foi tão bom para o Frosinone, mesmo considerando que pontuou contra um adversário superior: são dois pontos perdidos em casa justo em uma rodada em que o Palermo perdeu e o Carpi venceu. Era a chance de deixar a zona de rebaixamento.
Milan 1-1 Lazio Bacca (Luiz Adriano) | Parolo (Biglia)
Tops: Bonaventura (Milan) e Parolo (Lazio) | Flops: Honda (Milan) e Lulic (Lazio)
Não foi um bom jeito de fechar a rodada. Em San Siro, Milan e Lazio fizeram uma partida muito fraca tecnicamente e mesmo com poucas chances de gol. Tendo a posse, o Diavolo novamente encontrou dificuldades para criar oportunidades sem ter espaço para acionar Bacca. O colombiano só apareceu quando Luiz Adriano fez o pivô para sua conclusão, empatando a partida pouco depois de Parolo abrir o placar em escanteio cobrado por Biglia. Pior ainda foi a atuação da Lazio, já sem ambições no campeonato após uma temporada horrível: os laziali perderam Lulic, expulso, e o bósnio não jogará o dérbi contra a Roma na próxima rodada.
Tops: Consigli e Widmer (Udinese) | Flops: Magnanelli (Sassuolo) e Armero (Udinese)
Nada mal para a primeira partida sob o comando do estreante De Canio, que substituiu Colantuono na Udinese. Mais perigosa, a equipe visitante poderia ter saído do Mapei Stadium com uma importante vitória, mas depois do gol de Zapata no início, parou nas defesas de Consigli e nas interceptações de Acerbi, merecidamente convocado para a Nazionale. A falha de Armero no gol de empate de Politano, completando cruzamento de Peluso, na única finalização certa dos anfitriões, também atrapalhou os planos do time de Údine. Apesar do tropeço, o Sassuolo ainda sonha com uma vaga na Liga Europa.
Sampdoria 0-1 Chievo Meggiorini (Birsa)
Tops: Viviano (Sampdoria) e Meggiorini (Chievo) | Flops: Cassano (Sampdoria) e Floro Flores (Chievo)
Após esboçar reação e finalmente transformar as boas exibições em vitórias, novamente a Sampdoria caiu. Faltando oito rodadas, é sempre útil para o time de Montella seguir atento com o que acontece com os times abaixo na tabela, já que a equipe tem apenas quatro pontos de vantagem para a zona de rebaixamento. O que mais preocupa é a situação mental do time, que dessa vez nem mesmo conseguiu jogar bem. Em seu usual estilo de jogo físico e direto, o Chievo pressionou muito e só não ganhou por mais graças a Viviano, que fez defesas importantes e impediu o gol de pênalti de Birsa. Vale ressaltar o gol de cabeça de Meggiorini, que venceu a defesa doriana com facilidade.
Empoli 0-0 Palermo
Tops: Tonelli (Empoli) e Vázquez (Palermo) | Flops: Paredes (Empoli) e Trajkovski (Palermo)
O primeiro ponto para Novellino no comando do Palermo, mas que não significou algo bom: pela primeira vez em 2015-16 os sicilianos estão na zona de rebaixamento. Em partida sem graça, os times pouco chutaram ao gol, não compensando o futebol técnico dos anfitriões – que já acumulam 11 jogos sem vitórias – e a formação interessante dos visitantes. Novellino escalou o time sem Gilardino, com seis meio-campistas e meia-atacantes técnicos à frente da defesa, o que fez com que o time trabalhasse melhor a bola do que de costume – faltou profundidade e, claro, finalizações. Veremos se o treinador dará mais cara a seu time após treinamentos intensivos com a pausa para a data Fifa.
Atalanta 2-0 Bologna Gómez (Diamanti) e Diamanti (Pinilla)
Tops: Diamanti e Gómez (Atalanta) | Flops: Mbaye e Rizzo (Bologna)
Vitória e atuação para lá de revigorante para a Atalanta. Eram 14 partidas sem vencer – a última vez que somara três pontos foi em dezembro. Depois de três meses, também aconteceu o primeiro gol de Gómez, protagonista com outro veterano, Diamanti, ex-Bologna: os dois provocaram o caos na defesa do time de Donadoni, muito mal na partida, especialmente na direita. E só não foi pior para os visitantes graças a Mirante, que defendeu pênalti e outros quatro chutes, e também a Pinilla, apesar da assistência, mal na pontaria. Diamanti, que foi ídolo em Bolonha, não comemorou o gol contra sua antiga equipe.
Verona 1-2 Carpi Ionita (Viviani) | Di Gaudio e Lasagna
Tops: Fares (Verona) e Lasagna (Carpi) | Flops: Moras e Pazzini (Verona)
Na rodada que poderia dar o último gás para uma praticamente impossível salvezza, o Verona decretou de vez sua volta para a Serie B. A derrota para o Carpi mantém o time com 19 pontos, agora a nove atrás do primeiro acima da zona de rebaixamento, justamente o adversário do domingo. Pela segunda vez no campeonato o time emiliano está fora da zona – a última vez aconteceu na distante sétima rodada. Di Gaudio abriu o placar no final da primeira etapa, depois de costurar a defesa do Hellas e finalizar com categoria, e o Verona, mesmo muito mal, empatou no segundo tempo. Lasagna entrou no segundo tempo e foi decisivo novamente: com belo gol de falta, o primeiro do Carpi no campeonato, decretou a vitória dos biancorossi.
*Os nomes entre parênteses nos resultados indicam os responsáveis pelas assistências para os gols
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