Se 2017 terminou com a passagem de Lazio e Milan às semifinais da Coppa Italia, 2018 começou de forma parecida. Nos dois jogos que restavam, seria definida a segunda chave de semifinalistas do torneio: neles, uma das classificadas foi a Juventus, tricampeã consecutiva, e a outra foi a Atalanta, que não chegava tão longe na competição desde 1996. Os próximos encontros acontecerão em jogos de ida e volta, disputados em 31 de janeiro e 28 de fevereiro.
A partida mais aguardada desta semana acontecia em Turim. O clássico entre Juventus e Torino acontecia pela 18ª vez na Coppa Italia e a Velha Senhora não teve dificuldades para vencê-lo. Com o resultado, a equipe bianconera ampliou sua soberania contra a rival: a Juve triunfou em 19 dos 25 dérbis mais recentes e perdeu apenas um.
O 2 a 0 aplicado pela Juventus começou a ser construído logo cedo. Aos 15 minutos, Baselli tentou afastar uma bola na entrada da área, mas o fez muito mal: a bola explodiu em um jogador bianconero e sobrou para Douglas Costa pegar de primeira e acertar o ângulo de Milinkovic-Savic. No primeiro tempo, Dybala ainda obrigou o sérvio a fazer uma grande defesa e perdeu uma outra boa oportunidade, enquanto o Torino esbarrou na trave, com Niang.
Após o intervalo, o ritmo da partida caiu. O grande motivo para isso foi uma substituição feita por Allegri, que sacou o impreciso Sturaro e lançou Lichtsteiner, que conseguiu conter o ímpeto de Berenguer e Niang. Somente aos 67 minutos o jogo se acendeu, graças ao gol de Mandzukic, que aproveitou o desvio de um chute de Dybala no azarado Baselli e marcou. O Torino reclamou muito de uma falta de Khedira sobre Acquah, na origem do lance, mas o árbitro Doveri não quis saber: mesmo consultando o VAR, manteve sua decisão inicial e validou o gol.
A confirmação do gol destruiu o psicológico do Torino. Logo que Doveri consultou o vídeo à beira do gramado e apontou para o centro do campo, o técnico Mihajlovic reclamou acintosamente e foi expulso. Na sequência, o próprio time grená perdeu a cabeça: começou a fazer faltas seguidamente e não conseguiu criar jogadas. Neste cenário, ficou fácil para a Juve manter a vantagem nos minutos finais e se classificar. Pelo lado do Toro, a bronca de Sinisa foi o seu último momento no comando: em plena madrugada, o treinador perdeu o emprego.
No dia anterior, a Atalanta foi protagonista da maior surpresa desta fase da Coppa Italia. A equipe da Lombardia viajou até a Campânia e mostrou aplicação para aproveitar a atuação ruim do Napoli e vencer por 2 a 1. Os nerazzurri não chegavam às semifinais desde 1995-96, quando foram finalistas do torneio. Na ocasião, uma das equipes eliminadas na trajetória nerazzurra foi exatamente a Juventus, sua próxima adversária.
Ficou bem claro porque Sarri não gosta de fazer rodízio na equipe. Nesta terça, o treinador acabou mudando muito o time, especialmente no meio-campo e no ataque, e não pode contar com o mesmo nível de atuação que os titulares costumam entregar. Ao contrário, o Napoli teve pouquíssima presença ofensiva e fez uma de suas piores partidas no ano. No primeiro tempo, a única oportunidade realmente perigosa foi um voleio de Ounas. Melhor para a Atalanta, que fez a partida no ritmo que pretendia.
O segundo tempo começou com a vantagem dos visitantes. Depois de uma jogada criada por Papu Gómez, Cornelius chutou e, após a rebatida em Mário Rui, Castagne aproveitou para finalizar com força e vencer o goleiro Sepe. Sarri tentou reagir lançando Insigne e Mertens, mas os azzurri não superavam o bom posicionamento da defesa de Gasperini – que já havia superado os napolitanos no San Paolo na última Serie A.
Aos 81, um contra-ataque definiu a vitória atalantina. Papu Gómez fez jogada individual e contou com um escorregão de Chiriches para ficar cara a cara com Sepe e deixar o seu. Uma desatenção da zaga visitante permitiu que o baixinho Mertens diminuísse, de cabeça, três minutos depois. No entanto, o gol serviu apenas para que o belga encerrasse o seu jejum, que durava quase um mês e meio. Pelo segundo ano seguido, a Atalanta acumula façanhas e vai transformando a década em uma das melhores de sua história.
O lance do VAR foi absurdo.. Sou bianconero e desanimei com o jogo a partir dalí, assim como o Torino.. Acho que até a Juve desanimou!.. Khedira ficou constrangido.. No mais, Marotta podia muito vender o Sturaro. Só assim Allegri para de escalar ele… Parabéns ao Calciopedia pelo excelente trabalho!
O lance não chegou a ser absurdo. Até mesmo os comentaristas que narraram o jogo aqui para o Brasil, acharam um lance que tanto se a falta fosse dada quanto tirada teria sido algo justo.