Esquadrões

Times históricos: Internazionale 1988-1991

Grandes feitos: Campeã da Copa Uefa (1990-1991), campeã do Campeonato Italiano (1988-1989) e campeã da Supercopa da Itália (1989).

Time base: Zenga; Bergomi, Matteolli (Battistini), Mandorlini (Paganin), Ferri (Giuseppe Baresi) e Brehme; Berti, Bianchi e Matthäus; Ramon Diáz (Klinsmann) e Aldo Serena. Técnico: Giovanni Trapattoni.

“Wir haben Calcio!” *

*Nós temos futebol

Os anos dourados do futebol italiano se passaram, sem dúvida alguma, entre 1982 e 1996, período em que diversos clubes do país colecionaram títulos e mais títulos na Europa. Primeiro, foi a Juventus de Platini e, posteriormente, de Del Piero e Deschamps. Também tivemos o Napoli de Maradona, o Milan do trio holandês Rijkaard-Gullit-van Basten, a Sampdoria de Mancini e Vialli e até o Parma de Zola, Asprilla e Dino Baggio. Mas você deve estar se perguntando… Onde está a Internazionale nessa história toda? Ora, ela teve um capítulo todo especial nesse período, mais precisamente entre 1988 e 1991, quando surpreendeu a todos conquistando um Campeonato Italiano de maneira impecável em 1989, uma Supercopa da Itália no mesmo ano e ainda uma Copa Uefa em 1991, derrotando a rival Roma na grande final.

Se o time não colecionou muitos canecos como os rivais, todos ficaram encantados com a eficiência defensiva e ofensiva do esquadrão comandado pelo sempre copeiro e vitorioso Giovanni Trapattoni, que se não teve holandeses do seu lado, contou com uma santíssima trindade vinda da Alemanha: Andreas Brehme, Lothar Matthäus e Jürgen Klinsmann, simplesmente os craques do selecionado alemão tricampeão do mundo na Copa de 1990. Além deles, Trapattoni tinha os excelentes Zenga, Bergomi, Berti, Díaz e Serena, além de peças de reposição muito eficazes. É hora de relembrar.

Matthäus e Brehme: alemães fizeram história na Inter

Chucrute à milanesa

Em 1988, os times da moda eram Milan, recém-campeão nacional, e o Napoli, com Maradona tinindo. A Inter estava mordida pelo fato de o rival rossonero estar bem financeiramente e contar com um elenco formidável, além de três holandeses que fariam história: Rijkaard, Gullit e van Basten. Foi então que a equipe nerazzurra decidiu “imitar” o rival e buscar gringos tão bons quanto os holandeses. E foi na Alemanha, lá no Bayern de Munique, que o presidente Ernesto Pellegrini encontrou dois craques: o lateral-esquerdo Andreas Brehme e o multifuncional Lothar Matthäus.

A dupla passaria a integrar um elenco que perdera nomes importantes como Passarella, Scifo e Altobelli, mas ainda forte com o goleiro Walter Zenga, os defensores Giuseppe Bergomi, Giuseppe Baresi (irmão mais velho de Franco), Andrea Mandorlini e Riccardo Ferri, além de Bianchi, Díaz, Berti e Serena. Para comandar todos, Giovanni Trapattoni, já famoso no país e no mundo depois de seus 10 vitoriosos anos no comando da incrível Juventus que foi base da seleção italiana campeã do mundo em 1982. Trapattoni estava na Inter desde 1986 e ainda não havia conseguido um título, algo muito incomum para sua rotina vencedora. Mas ele poderia ficar tranquilo, pois já na temporada 1988-1989, a primeira com os alemães em campo, ele marcaria para sempre a história da Serie A.

Festa e recorde de pontos conquistados em Milão

O scudetto dos recordes

Enquanto os principais rivais da Inter se digladiavam nas competições europeias (Milan na Copa dos Campeões, Napoli na Copa Uefa e Sampdoria na Recopa), a equipe nerazzurra teve para si um campeonato inteiro para desfilar. E fazer história. A equipe de Milão fez uma das melhores campanhas do campeonato nacional em todos os tempos naquela temporada de 1988-1989. O time simplesmente trucidou seus rivais com gols, shows e uma eficiência assustadora. Foram 26 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas em 34 jogos, com 67 gols marcados e 19 sofridos.

Preste atenção na sequência de recordes a seguir para não se perder: a Inter foi a equipe que mais venceu, que menos empatou, que menos perdeu, que mais fez gols, que menos sofreu gols, que mais venceu em casa (15 vitórias e dois empates, invicta), que mais venceu fora de casa (11 vitórias) e a que menos perdeu fora de casa – duas vezes, para Fiorentina e Torino. Para coroar uma campanha tão avassaladora, Aldo Serena foi o artilheiro do campeonato com 22 gols, com Ramón Díaz sendo o outro goleador da equipe, com 12. Aquela Inter ainda marcou época como a que mais fez pontos na história da Serie A em campeonatos de 18 equipes, quando as vitórias ainda valiam dois pontos: 58. Apenas a Juventus de 1994-1995 quebraria esse recorde ao marcar 73, mas com as vitórias já valendo três pontos.

A torcida vibrou como nunca com uma conquista tida como improvável na época, tamanha a badalação pra cima dos outros rivais. Mas a Inter se impôs e desfilou. Os destaques foram as vitórias sobre Milan (1 a 0), Napoli (2 a 1), Roma (2 a 0 e 3 a 0) e Sampdoria (1 a 0 e 1 a 0). O time mesclava uma segurança fenomenal na zaga com precisão cirúrgica no ataque. Os alemães Brehme e Matthäus caíram como luvas no esquema de Trapattoni, que podia usar a abusar do talento ofensivo de ambos para surpreender os rivais. Porém, o ano dos recordes daria início ao jejum. Aquele foi o último título italiano da equipe em 17 longos anos. A Itália só voltaria a ser da Inter em 2006.

1989: Matthäus, o recém-chegado Klinsmann e Brehme

Trindade completa

Em 1989, a Inter trouxe a peça que faltava para completar o seu trio estrangeiro de sucesso: o atacante Jürgen Klinsmann, uma das maiores estrelas de seu país, após várias temporadas de sucesso no Stuttgart. Pouco depois da estreia do craque, em uma vitória sobre o Spezia pela Coppa Italia, a equipe venceu em setembro de 1989 a Supercopa da Itália, derrotando a fortíssima Sampdoria por 2 a 0, com gols de Cucchi e Serena.

Na sequência, a decepção ficou por conta da pífia campanha na Copa dos Campeões, quando o time sequer passou da primeira fase, sendo eliminado pelo Malmö, da Suécia. No Campeonato Italiano, a Inter ficou na terceira posição, atrás de Milan (vice) e Napoli (campeão). Ainda sim, o time fez boas apresentações como uma vitória por 3 a 1 sobre o Milan, um 3 a 1 sobre o Napoli e um 2 a 0 na Sampdoria, todas jogando em casa – com exceção do dérbi, pois o jogo tinha mando do clube rossonero.

Klinsmann mostrou a que veio naquela temporada e foi o artilheiro da equipe com 13 gols, seguido do compatriota Matthäus, com 11. A terceira posição no Italiano deu ao clube uma vaga na Copa Uefa 1990-1991, competição esta que seria encarada como essencial pela equipe depois do fracasso na Copa dos Campeões 1989-1990 e na Copa Uefa1988-1989, quando a equipe acabou eliminada no critério de gols marcados para o Bayern de Munique.

No embalo dos campeões

A temporada 1990-1991 começou com alto astral na Inter. Motivo? O trio Brehme-Matthäus-Klinsmann havia acabado de conquistar a Copa do Mundo pela seleção alemã em plena Itália. Claro, havia alguns desanimados no elenco como Zenga, Bergomi, Ferri, Berti e Serena, presentes na seleção italiana que ficou com o terceiro lugar após a eliminação na semifinal diante da Argentina, nos pênaltis – Serena, inclusive, desperdiçou uma das cobranças. Mas a Copa era águas passadas e o time tinha vários desafios pela frente.

No Campeonato Italiano, a Inter brigou até as últimas rodadas pelo título, mas não foi páreo para a Sampdoria, que fez história ao levantar o scudetto pela primeira vez, com quatro pontos de vantagem sobre o esquadrão nerazzurro, que ficou na terceira posição. Foi justamente nos duelos contra a Samp de Cerezo, Mancini e Vialli que a Inter desperdiçou a chance de ser campeã, pois foi derrotada tanto em casa (2 a 0) quanto fora dela (3 a 1).

Matthäus foi outra vez brilhante como elemento surpresa no ataque da Inter e se tornou o vice-artilheiro da competição com 16 gols, apenas três a menos que Vialli, da Sampdoria. Klinsmann também mostrou faro de gol e anotou 14 tentos. Na Coppa Italia, outra vez a equipe não foi bem (como nas outras duas edições) e foi eliminada nas oitavas de final para o Torino. Restava, então, a Copa Uefa, torneio que a Inter ainda não tinha em sua galeria de troféus.

Matthäus, grande estrela da companhia nerazzurra

Com a força do Giuseppe Meazza

Na Copa Uefa, a Internazionale teve que superar diversos resultados adversos para chegar até a final. Na estreia, o time perdeu para o Rapid Viena por 2 a 1 na ida e avançou graças a uma vitória por 3 a 1 que só saiu depois da prorrogação, com gols de Berti (2) e Klinsmann. Na fase seguinte, outra derrota fora de casa, dessa vez para o Aston Villa, por 2 a 0. Era preciso vencer por três gols. E a Inter conseguiu, graças a Klinsmann, Berti e Bianchi.

Nas oitavas de final, o time fez a primeira partida em casa contra o Partizan e voltou a triunfar: 3 a 0, gols de Matthäus, Mandorlini e Bianchi. Na volta, Matthäus marcou mais um e ajudou a equipe a segurar o empate em 1 a 1. Nas quartas de final, duelo doméstico contra a Atalanta de Caniggia e Evair. Depois de um empate sem gols na partida de ida, outra vez o caldeirão nerazzurro funcionou e a equipe venceu por 2 a 0, gols de Serena e Matthäus.

O último desafio antes da final era contra o Sporting. Em Portugal, empate sem gols. Na Itália (novidade…), vitória da Inter por 2 a 0, gols de Matthäus e Klinsmann. A equipe estava na final. E o adversário seria uma velha conhecida: a Roma.

Bergomi e Battistini comemoram a conquista da Copa Uefa

Fim do jejum de 26 anos

Na final italiana, a Internazionale tinha a grande chance de interromper um incômodo jejum de 26 anos sem conquistas internacionais. As últimas haviam acontecido em 1965, quando a “Grande Inter” de Helenio Herrera foi bicampeã da Copa dos Campeões e do Mundial Interclubes. Em 1991, a Copa Uefa era decidida em duas partidas. No primeiro jogo, mais de 68 mil pessoas lotaram o Giuseppe Meazza, em Milão, para empurrar a Inter em busca da vitória e da invencibilidade em casa no torneio.

A Roma tinha uma boa equipe com Berthold, Aldair, Giannini e Völler, mas nada que pudesse agredir o esquadrão da Internazionale composto por Zenga, Bergomi, Battistini, Ferri, Brehme, Paganin, Bianchi, Berti, Matthäus, Serena e Klinsmann. Um time de respeito. Depois de um primeiro tempo morno, no segundo a Inter tratou de se impor. Matthäus, de pênalti, abriu o placar aos 10. Doze minutos depois, Berti ampliou e decretou a vitória por 2 a 0.

Em Roma, a Inter se segurou, levou um gol apenas no final do jogo, mas a derrota por 1 a 0 não foi lamentada. Depois de 26 anos, a torcida podia comemorar uma taça internacional e, acima de tudo, inédita. Era a consagração daquele time marcante e que conseguiu, mesmo diante de tantos adversários poderosos, abocanhar taças. Um fator de destaque foi a força demonstrada pela Inter dentro de sua casa naquela Copa (seis vitórias em seis jogos). Maciça e inesquecível.

A queda e o fim

Na temporada 1991-1992, Giovanni Trapattoni deixou o comando da Inter para voltar a sua querida Juventus, onde ficaria até 1994 com mais títulos para a coleção. Já a Inter perdeu sua intensidade e várias de suas estrelas, conquistando naquela década de 90 apenas mais duas Copas Uefa, em 1994 e 1998, além de viver o incômodo jejum nacional que só terminaria após a virada do século. Com isso, restaram aos torcedores daquele tempo as lembranças de um time coeso, forte e histórico, que mostrou aos rivais como se ganha com autoridade um campeonato nacional: com recordes, gols, exibições impecáveis e craques. Um time histórico.

Os personagens:

Walter Zenga: depois de passar por equipes inferiores, Walter Zenga assumiu o gol da Inter na primeira metade da década de 80 e virou titular. Muito eficiente nas bolas aéreas e preciso nas saídas do gol, Zenga foi um dos melhores da Itália nos anos 80 e 90, conquistando por três vezes consecutivas o prêmio de Melhor Goleiro do Mundo pela IFFHS (1989, 1990 e 1991), sendo o arqueiro titular da Itália na Copa do Mundo de 1990, quando bateu um recorde ao ficar 517 minutos sem sofrer gols, da estreia italiana contra a Áustria até a semifinal contra a Argentina – feito que segue inigualável até hoje. Jogou de 1982 até 1994 na equipe de Milão até encerrar a carreira no norte-americano New England Revolution, em 1999.

Giuseppe Bergomi: foram 20 anos de Internazionale, vários títulos, 756 partidas disputadas, 28 gols marcados e a idolatria eterna da torcida. O capitão Giuseppe Bergomi fez história em Milão como um dos mais completos zagueiros de sua geração – além de poder atuar como lateral-direito. Raçudo, eficiente e competitivo, brilhou no setor defensivo da equipe pela qual conquistou seis títulos. Durante anos foi o jogador com mais partidas pela equipe, até ser superado pelo argentino Javier Zanetti, que já passa de 840 jogos com a camisa nerazurra. Bergomi foi campeão do mundo com a Itália em 1982 e esteve na Copa de 1990, quando outros craques da Inter integraram o elenco da Azzurra.

Gianfranco Matteolli: integrou o meio de campo e o sistema defensivo da Inter entre 1986 e 1990, quando conquistou o scudetto e a Supercopa da Itália. Era eficiente na marcação, mas pecava no jogo aéreo.

Sergio Battistini: chegou em 1990 para reforçar o sistema defensivo da Inter e se deu bem. Disputou 155 partidas pela equipe até 1994 e marcou 13 gols. No período, conquistou duas Copas Uefa, em 1991 e 1994.

Andrea Mandorlini: de poucas palavras, mas com um futebol de muitos adjetivos, Andrea Mandorlini era o líbero e uma das referências da equipe da Inter campeã italiana em 1989. Já havia passado pelo meio de campo e exercido a função de volante antes de ser o primeiro defensor da equipe na temporada 1988-1989. Ficou na Inter de 1984 até 1991, vencendo os três canecos do período. Disputou 275 jogos pela equipe e marcou 13 gols.

Antonio Paganin: defensor seguro e que chegou à Inter em 1990. Disputou várias partidas na temporada 1990-1991 e ajudou a equipe na conquista da Copa Uefa daquele ano. Jogou 142 partidas pela Inter, marcou um gol e venceu também a Copa Uefa de 1994.

Riccardo Ferri: outro jogador que construiu a maior parte de sua carreira na Inter, Riccardo Ferri jogou de 1981 até 1994 na equipe de Milão e ganhou destaque como um dos grandes defensores do time no período. Foram 418 jogos e oito gols marcados, além de quatro taças conquistadas.

Giuseppe Baresi: Giuseppe não jogava tanto quanto o irmão mais novo, Franco Baresi, mas foi um dos grandes zagueiros de sua geração. Jogou de 1976 até 1992 na Inter, na qual foi capitão durante muitos anos. Na era Trapattoni, foi titular em vários jogos, mas foi perdendo espaço com a chegada de jogadores mais novos. Mesmo assim, foi fundamental para o título nacional de 1989, quando atuou em 32 das 34 partidas da Inter. Foram 559 jogos e 13 gols com a camisa nerazzurra.

Andreas Brehme: com uma força física exemplar, um chute venenoso com a perna esquerda (e também com a direita) e capaz de defender e atacar com precisões fantásticas, Andreas Brehme foi um dos maiores jogadores alemães de todos os tempos e um dos maiores craques dos anos 80 e 90. Pela Inter, fez valer cada centavo gasto já na temporada de seu debute, em 1988-1989, com a conquista do título italiano. Voava pelo lado esquerdo e armava diversas jogadas ofensivas graças à liberdade que tinha pelo esquema montado por Trapattoni. Disputou 154 jogos e marcou 12 gols pela Inter, além de ter ajudado a Alemanha na conquista da Copa do Mundo de 1990, quando anotou, de pênalti, o gol do título. Foi ídolo na equipe nerazzurra.

Nicola Berti: tinha um fôlego incrível e foi essencial para as jogadas ofensivas no meio de campo da Inter naquele período de glórias. Chegou à equipe na temporada 1988-1989 e foi logo conquistando o título nacional, participando de 32 jogos e marcando sete gols. Na temporada 1990-1991, Berti marcou quatro gols essenciais para a conquista da Copa Uefa daquele ano, inclusive na final contra a Roma. Foi outro craque presente na seleção italiana da Copa de 1990. Jogou até 1997 na equipe até se aposentar no Northern Spirit, da Austrália, em 2001.

Alessandro Bianchi: outro meio campista de muito talento, Bianchi chegou à Inter em 1988 e conquistou quatro títulos pela equipe até 1996. Tinha técnica e muita qualidade no passe. Disputou 236 jogos pela Inter e marcou 13 gols.

Lothar Matthäus: o meio-campista cheio de técnica, vigor, força de marcação, precisão no desarme, chute poderoso e muita liderança foi um dos grandes nomes da Inter entre 1988 e 1992, período em que viveu seu auge na carreira. Líder e um craque com a bola nos pés, Matthäus capitaneou a Alemanha campeã do mundo na Copa de 1990 e marcou diversos gols pela Internazionale, sendo essencial para a conquista da Copa Uefa de 1991, quando foi o artilheiro do time com seis gols. Ainda em 1991, Matthäus foi eleito pela Fifa o Melhor Jogador do Mundo. O alemão foi um dos maiores craques do futebol mundial na década de 80 e na primeira metade da década de 90, conquistando quase todos os títulos possíveis para um futebolista profissional. Depois de seu período de ouro na Inter, pela qual marcou 53 gols em 153 jogos, Matthäus voltou para o Bayern e se tornou um exímio líbero. Imortal.

Ramon Diáz: antes de se tornar um dos maiores treinadores da história do River Plate, responsável pelas glórias nacionais e internacionais da equipe argentina na década de 90, Ramon Díaz brilhou como atacante na Internazionale entre 1988 e 1989, quando a equipe conquistou o scudetto. Disputou 33 partidas na Serie A e marcou 12 gols, fazendo uma dupla marcante com Serena. Deixou a Inter já em 1989 para jogar no Monaco, da França. Mesmo em pouco tempo, entrou para a história da equipe.

Jürgen Klinsmann: carismático, brincalhão, goleador, craque. Klinsmann foi sem dúvida alguma um dos grandes atacantes da década de 90 na Alemanha e no mundo, perigosíssimo nas investidas ao ataque e um terror para qualquer zagueiro. Foi a referência no ataque alemão na Copa de 1990 e deu ainda mais qualidade à Internazionale a partir de 1989. Disputou 123 jogos pela equipe de Milão e marcou 40 gols, a maioria na temporada 1990-1991, quando ajudou a equipe a conquistar a Copa Uefa.

Aldo Serena: depois de passar por várias equipes, incluindo a própria Inter, o atacante encontrou seu melhor futebol a partir de 1988, quando Trapattoni implantou seu estilo de trabalho e um esquema propício para um centroavante marcar gols, ainda mais com Matthäus, Brehme, Berti e Bianchi como assistentes. Muito bem servido, Serena deu show na temporada 1988-1989 e foi o artilheiro da Inter e do Campeonato Italiano com 22 gols marcados em 32 jogos. Depois de uma temporada tão exuberante, Serena foi a esperança da Itália na Copa de 1990, mas marcou apenas um gol, perdeu o protagonismo para Schillaci e ainda desperdiçou um pênalti na semifinal contra a Argentina. Estava sacramentado o pesadelo do atacante, que não encontrou mais o futebol decisivo de 1989.

Giovanni Trapattoni (Técnico): um dos mais respeitados e vitoriosos técnicos da história da Itália, Giovanni Trapattoni manteve sua sina vencedora quando se mandou para Milão e fez um trabalho magnífico no comando da Internazionale. A temporada 1988-1989 foi a mais exuberante de seu time, quando colocou os rivais no bolso e fez um Campeonato Italiano emblemático. Os anos se passaram e sua equipe seguiu competitiva, com um esquema que se transformava dependendo do adversário e era flexível a ponto de dar liberdade para Brehme e Matthäus brilharem. Fez época na equipe de Milão ao vencer 126 jogos, empatar 59 e perder apenas 45. É uma lenda no futebol italiano e mundial.

Conteúdo do blog Imortais do Futebol. Leia mais sobre times, seleções, jogadores, técnicos e jogos que marcaram época no futebol mundial aqui.

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