Liga dos Campeões

Espetacular, Messi decide e Barcelona elimina o Napoli da Liga dos Campeões

Em mais uma noite espetacular de Lionel Messi, o Barcelona eliminou o Napoli, no Camp Nou, após vencer o jogo de volta das oitavas de final da Champions League por 3 a 1. O camisa 10 argentino participou dos três gols culés na partida e desempatou a eliminatória, que estava empatada em 1 a 1. O craque cruzou para Lenglet no primeiro, anotou o segundo e sofreu o pênalti que originou o terceiro, além de ter visto um gol ser anulado.

Diferentemente do que se poderia imaginar, o Napoli começou o jogo controlando a posse da bola e atacando o Barcelona, que viu, com um minuto e meio, Mertens acertar a trave de Ter Stegen. Depois de um início discreto, quando observava a equipe italiana dominar as ações da partida, o Barça abriu um placar em um lance, no mínimo, controverso. Messi cobrou escanteio, Lenglet empurrou Demme e a arbitragem deixou seguir, validando a cabeçada do francês.

O primeiro gol sofrido pelo Napoli não mudava muito as coisas para o time da Bota, que ainda precisava de um gol para se manter vivo na competição. A diferença era, que naquele momento, um tento azzurro levaria a partida para os pênaltis. Atuando em um 4-3-3, o time de Gattuso adiantava Fabián Ruiz, deixando o espanhol mais perto de Mertens, referência ofensiva da equipe. Do lado catalão, Setién espetava os dois laterais, Semedo e Alba: com a bola, a equipe se organizava numa espécie de 2-5-3, dando bastante liberdade para Messi circular por toda a área ofensiva.

Apesar do jogo estar, até o momento, bastante equilibrado, o segundo gol barcelonista não demoraria muito a sair. O forte sistema defensivo de Gennaro Gattuso, que lhe rendeu a Coppa Italia dessa temporada, acabaria traindo os azzurri e foi o principal responsável pela eliminação nas oitavas da maior competição europeia.

Aos 23 minutos, Messi, em um lance da mais pura genialidade, passou entre Mário Rui e Insigne, driblou Koulibaly e bateu, caindo, no canto direito de Ospina, marcando o segundo. Dez minutos depois, a equipe de Setién ainda chegaria ao terceiro gol, corretamente anulado por conta de um domínio irregular – a bola bateu no braço de Messi. Mesmo com 2 a 0 no marcador, o placar não fazia jus ao que era a partida. O Napoli jogava bem e levava perigo ao gol de Ter Stegen.

Messi fez de tudo no Camp Nou e tirou o Napoli da jogada (AFP/Getty)

Se aproveitando de uma péssima noite de Koulibaly e Mário Rui, o Barça criava as suas melhores jogadas pelo seu lado direito. E foi em mais um erro grosseiro da zaga italiana (mais especificamente, de Koulibaly), que o Barcelona chegou ao seu terceiro e último gol na partida. O português passou para o senegalês, que se atrapalhou e perdeu o tempo de bola para Messi: o argentino o antecipou e recebeu um chutaço no tornozelo. Depois de muita demora, Cüneyt Çakir deu o pênalti claro para os donos da casa, que o converteram com Suárez.

Quando tudo parecia perdido para os italianos, Rakitic, aos 48 do primeiro tempo, derrubou Mertens na área. Insigne foi para a cobrança e diminuiu para a equipe do sul da Itália. Indo para o intervalo com dois gols de vantagem e podendo sofrer um, o Barcelona, invicto há 53 jogos no Camp Nou pela Liga dos Campeões, voltou para a segundo etapa bem mais tranquilo e seguro.

Os últimos 45 minutos de partida foram de domínio das ações ofensivas por parte do Napoli, que teve a posse da bola durante boa parte do segundo tempo, mas não conseguiu ser eficiente. Sem saber como agredir o time da casa, o Napoli sofria para achar soluções criativas que lhe permitissem furar a marcação culé. Com um sistema ofensivo voltado para transições rápidas e mortais, quando se via com a bola nos pés diante de um paredão de jogadores vestidos de azul e grená, o time visitante pouco conseguia encontrar espaços.

Com um meio-campo pouco criativo, com exceção de Fabián Ruiz, e um ataque forjado para aproveitar brechas e espaços no contra-ataque, o Napoli não conseguia ser eficiente perante a defesa barcelonista. Em momento algum o trio trocou de posição para confundir a zaga catalã: com pouca movimentação, Mertens, Insigne e Callejón acabaram encaixotados na última linha de Setién. O Barça só corria riscos quando Insigne lançava Ciro nas costas de Lenglet e Piqué.

Gattuso demorou para mexer de forma mais significativa no time e só o fez aos 70 minutos, quando tirou Zielinski e colocou Lozano, recuando um pouco Mertens e deixando o mexicano no comando do ataque. Isso, porém, surtiu pouco efeito e o Napoli só levou algum perigo no finalzinho. Derrotado pelo vice-campeão espanhol, o Napoli verá o Barcelona atuar, na próxima sexta, contra o Bayern de Munique, que despachou o Chelsea nas oitavas e vem como grande favorito para levantar essa edição da orelhuda.

Apesar da eliminação, o ano partenopeo terminou com o copo meio cheio. Desenganada no começo de 2019-20, a equipe do sul foi eliminada apenas nas oitavas da Liga dos Campeões e ainda conquistou a Coppa Italia diante da Juventus, sua maior rival. A expectativa é de que, com Gattuso desde a pré-temporada, o Napoli possa ser mais competitivo em 2020-21.

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