Seleção italiana

Em dia de estreias, a Itália construiu sua maior vitória contra a Estônia

Em amistoso realizado nesta quarta, 11 de novembro, a Itália venceu a Estônia, em Florença, pelo placar de 4 a 0, com dois gols de Grifo e um de Bernardeschi e Orsolini. Pensando no confronto decisivo do final de semana, contra a Polônia – que pode lhe dar a liderança do Grupo 1 da Liga A da Nations League –, a Squadra Azzurra teve uma escalação bastante alternativa, com direito a D’Ambrosio como zagueiro central, Grifo na ala, Soriano como trequartista e Lasagna no comando do ataque. Nem mesmo o técnico à beira do campo era o habitual: como Roberto Mancini está se recuperando da covid-19, o auxiliar Alberico Evani comandou a Nazionale.

Com o freio de mão puxado, a Itália não fez muita força para chegar aos seus dois gols nos primeiros 45 minutos. O primeiro dos quatro tentos veio aos 13 minutos. O zagueiro Bastoni – um dos estreantes da noite – era um dos designados para iniciar as jogadas da Nazionale. O interista usou sua impressionante qualidade com a bola nos pés para lançar Lasagna, que escorou para Grifo acertar um belo chute de fora da área.

Pouco tempo depois, foi a vez de Bernardeschi balançar as redes do goleiro Meerits. Bem aberto, na ponta direita, o camisa dez da Squadra Azzurra carregou a bola para dentro e chutou rasteiro, sem chances para o arqueiro da fraca seleção báltica. No segundo tempo, já bastante modificada, a Itália chegou aos seus dois últimos gols através de cobranças de pênalti. Primeiro, Grifo anotou a sua doppietta ao converter a penalidade que interrompeu uma sequência de dribles de Gagliardini. Depois, Orsolini, que entrou no decorrer do jogo, também deixou o seu.

O amistoso contra a Estônia pouco servia à Itália. Entre suas utilidades, estava a concessão de oportunidades para atletas que ainda não haviam atuado com a camisa azzurra: além de Bastoni, também estrearam os jovens Pessina, Luca Pellegrini, Pellegri e Calabria. Evani e Mancini também puderam dar tempo de jogo e analisar, tanto individualmente quanto coletivamente, as atuações de jogadores menos aproveitados, como D’Ambrosio, Di Lorenzo, Gagliardini, Soriano, Tonali, Grifo, Lasagna e Orsolini – que, até então, receberam escassas chances no ciclo para a Eurocopa. Considerando estes aspectos, o saldo do triunfo contra a equipe de Karel Voolaid foi bastante positivo.

De pênalto, Orsolini marcou seu segundo gol em dois jogos pela Itália (IPA)

Além disso, o esquema formado por três zagueiros com bastante qualidade com a bola nos pés pareceu bastante promissor. Mesmo em um confronto contra um adversário sem tantas qualificações, a Itália dominou a posse e a partida, controlando as ações desde o começo, com D’Ambrosio, Bastoni e Di Lorenzo iniciando muito bem a organização ofensiva da equipe.

Escalado, teoricamente, em um 4-2-3-1, o time italiano se posicionava em um 3-4-3, com Di Lorenzo, D’Ambrosio e Bastoni na primeira linha, Bernardeschi, Tonali, Gagliardini e Emerson na segunda, e Soriano, Lasagna e Grifo no ataque. D’Ambrosio se saiu muito bem atuando como zagueiro central e como principal responsável pela movimentação da bola na saída de jogo. Apesar de uma falha defensiva no primeiro tempo, quando recebeu um cartão amarelo, o polivalente jogador da Inter se mostrou uma peça interessante para Mancini usar em jogos mais fechados, contra adversários mais fracos.

Do meio para frente, destaque para os dois pontas: Bernardeschi e Grifo. Enquanto o juventino atuava aberto, bem perto da linha lateral – uma vez que Di Lorenzo não subia, ficando como terceiro zagueiro –, Grifo atuava mais centralizado, perto de Soriano e Lasagna. Dessa forma, proporcionava espaço para as subidas de Emerson, que atuava como um ala.

Essas experiências táticas e a tentativa de entrosar jogadores que quase não atuaram juntos com a pesada camisa azul aumentam não só o repertório mas também o lastro da seleção. Embora a Estônia não seja um adversário de altíssimo nível, a Itália alcançou uma invencibilidade de 20 jogos – não perde desde setembro de 2018 – e chegará mais confiante à reta final da Nations League. Contribui para isso a sua atuação segura, consagrada pelo amplo domínio das ações ofensivas e a solidez na retaguarda, mesmo com um onze inicial inédito e um time bastante inexperiente. A Nazionale conseguiu seu melhor resultado em toda a história contra os estonianos, que sequer acertaram um chute à meta de Sirigu.

A Squadra Azzurra volta a campo neste domingo, 15, contra a Polônia, em casa. Se vencer em Reggio Emilia, passa a equipe capitaneada por Robert Lewandowski, assume a ponta do Grupo 1 e vê, na última rodada, no dia 18, Polônia e Holanda se enfrentando por uma vaga nas semifinais da Liga A. Enquanto isso, a Nazionale enfrentará a Bósnia, lanterna da chave, e órfã de Dzeko – afastado por covid-19.

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