A Itália segue de vento em popa nas Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2022. Depois de conquistar vitórias seguras contra Irlanda do Norte e Bulgária, a Nazionale repetiu a dose e o placar das partidas anteriores nesta quarta-feira (31), se isolando na liderança do Grupo C. A vítima da vez foi a Lituânia, que levou 2 a 0 em jogo realizado em Vilnius, capital do país báltico.
Para o jogo diante dos lituanos, Roberto Mancini efetuou mudanças na equipe e também no sistema de jogo, promovendo a estreia de Rafael Toloi pela Squadra Azzurra. O jogador nascido no Mato Grosso atuou pelo lado direito no trio de defesa da Nazionale, que foi a campo no 3-4-2-1 – o desenho é utilizado por Mancio na fase ofensiva, mas dessa vez permaneceu também no momento defensivo. Além disso, embora os conceitos de todo o trabalho tenham sido mantidos nesta quarta, o treinador testou uma novidade na saída de bola da equipe, utilizando uma ideia semelhante à que vem sendo utilizada por Antonio Conte na Inter, que lidera a Serie A.
Com Toloi e Bastoni se projetando pelo lado do campo, a Squadra Azzurra juntava Locatelli e Mancini em uma primeira linha pelo centro do campo. À frente deles, sempre havia uma boa opção de passe, fosse com com Pessina ou Pellegrini. Dessa maneira, a equipe buscava abrir espaços na abordagem defensiva da Lituânia e lidar com o maior problema dos jogos anteriores: a falta de contundência na hora de transformar o volume de jogo em chances reais.
Contudo, apesar do desenho de saída de jogo proposto para essa partida em específico, mais uma vez a Itália encontrou dificuldade para criar chances claras de gol. Não funcionou a tentativa de somar forças pelo lado esquerdo ao juntar Bastoni e Emerson antes de, num segundo momento, inverter a bola para um Bernardeschi livre em flanco contrário.
O duelo contra a Lituânia marcou a estreia de Rafael Toloi pela seleção italiana (Getty)
A Itália escreveu o roteiro que já havia apresentado anteriormente nesta data Fifa: manteve a calma, utilizando a posse de bola para se defender, e confiou que o gol chegaria em algum momento. E, novamente, o tento chegou. No intervalo, Mancini trocou El Sharaawy e Pellegrini por Chiesa e Sensi, obtendo impacto praticamente imediato com as alterações. Aos 48 minutos, o meia da Inter aproveitou bom passe de Locatelli para bater da entrada da área e contar com uma contribuição do goleiro Svedkauskas para marcar o seu primeiro gol desde setembro de 2020.
A seleção da casa tentou sair mais para o jogo depois de sofrer o gol e até levou certo perigo à meta defendida por Donnarumma. Em contrapartida, o espaço para os contra-ataques italianos ficou consideravelmente maior e Immobile conseguiu criar boas opções com sua movimentação – apesar disso, o atacante da Lazio esbarrou na falta de pontaria e desperdiçou chances claras, consagrando Svedkauskas. Já nos últimos suspiros da partida, Barella acabou derrubado dentro da área e Ciro finalmente chegou a seu gol, decretando o placar final.
Após três dos oito jogos que terá pela frente no Grupo C, a Itália só dá ótimas notícias a seu torcedor: com 100% nas eliminatórias e três pontos de vantagem sobre a Suíça, chegando à importante marca de seis partidas sem sofrer gols. Além disso, invicto há 25 jogos oficiais pela seleção, Mancini igualou feito de Marcello Lippi, tetracampeão mundial em 2006. A Nazionale volta a campo apenas em junho, quando estreia na Eurocopa contra a Turquia, em pleno Olímpico de Roma.
