Nesta sexta (4), a Itália entrou no campo do estádio Renato Dall’Ara, em Bolonha, para realizar o último jogo preparatório para a Eurocopa. O desfecho não poderia ter sido melhor: atuação muito sólida e goleada por 4 a 0 contra a Chéquia, que também disputará o torneio continental.
De volta ao estádio que o projetou para o futebol, quando ainda era garoto, Roberto Mancini pode escalar praticamente o melhor time a sua disposição, com a exceção de Verratti, lesionado. Com isso, tivemos uma prévia do que deve ser a equipe titular na partida diante da Turquia em Roma: Donnarumma; Florenzi, Bonucci, Chiellini, Spinazolla; Barella, Jorginho, Locatelli; Berardi, Immobile e Insigne. Do outro lado, a Chéquia de Jaroslav Silhavy tinha entre os seus destaques o lateral-direito Coufal e o meio-campista Soucek, do West Ham, e os meias Jankto e Barák, que atuam respectivamente por Sampdoria e Verona.
O jogo começou em ritmo bastante morno, com a Chéquia assumindo o controle da posse de bola e tentando construir suas jogadas de pé em pé. Král afundava entre os zagueiros e Barák aparecia como principal linha de passe. Esse domínio da pelota por parte dos visitantes durou cerca de 10 minutos, sem que nenhuma chance de real perigo ao gol defendido por Donnarumma fosse criada.
Depois desse bom momento dos visitantes, o jogo foi completamente controlado pela Nazionale. Com Jorginho como primeiro homem e Locatelli fazendo a função de armador pelo lado esquerdo, normalmente atribuída a Verratti, a equipe treinada por Mancini colocou suas já conhecidas dinâmicas em campo. Em suma, saída em três com o lateral-direito a sustentando, paciência para progredir em campo e uma busca constante por encontrar Insigne na entrelinha. Somado a isso, Barella e Berardi atacavam espaços e avançavam através de dribles, pela direita.
Com muita calma, a Itália chegou aos gols. No primeiro, a Nazionale efetuou uma troca gradual de passes, até encontrar Locatelli pelo lado esquerdo. O volante do Sassuolo se conectou com Insigne, que tentou um belo passe por elevação para Barella. A zaga da Chéquia ainda conseguiu o corte no primeiro momento, mas a bola sobrou na medida para Immobile marcar.
Já perto do apito do árbitro Lionel Tschudi, que indicaria o fim da primeira etapa, Barella conduziu pelo lado direito e finalizou em gol, a bola desviou na defesa e entrou, consolidando a atuação italiana. Em 45 minutos, a maior preocupação dos azzurri foi quando Bonucci sentiu um desconforto no joelho e Acerbi ficou pronto para entrar na partida. Contudo, o juventino voltou para o campo de jogo.
O segundo tempo seguiu a mesma toada da primeira etapa. A Itália controlava as ações, trabalhava bem suas dinâmicas e a Chéquia encontrava poucos meios para pressionar, roubar a bola e tentar levar perigo à meta de Donnarumma. Aos poucos Mancini foi realizando mudanças na equipe: num primeiro momento, promoveu as entradas de Cristante, Emerson e Acerbi nos lugares de Jorginho, Spinazzola e Chiellini.
Pouco depois das trocas, Locatelli encontrou um passe belíssimo para Immobile, que dominou e, com apenas um toque na bola, deixou Insigne na boa para marcar um lindo gol, deslocando o goleiro Pavlenka. Depois foi a vez de o aniversariante do dia, com 30 anos completados, virar garçom: o napolitano disparou pelo lado esquerdo e encontrou Berardi em lado contrário. Com um toquinho sobre o arqueiro, o ponta do Sassuolo transformou o placar em goleada. Chiesa, Raspadori e Rafael Toloi ainda foram a campo antes do apito final, nos lugares de Berardi, Immobile e Florenzi. Apesar disso, o placar não sofreu mudanças. Donnarumma, por sua vez, nem sujou o uniforme.
O fim do jogo representou também o fim da preparação para a Eurocopa: daqui até a estreia, no dia 11, a Nazionale só fará treinamentos para aprimorar o ótimo trabalho realizado por Mancini. A seleção estabeleceu um modelo de jogo, potencializou suas melhores peças e, com 27 jogos de invencibilidade e oito vitórias em sequência, irá chegar como uma das favoritas ao título. Será a hora do esperado bicampeonato?