Liga Europa

A classe dos argentinos Di María e Dybala levou Juventus e Roma às oitavas da Liga Europa

Se alguém tinha dúvidas do diferencial que Di María e Dybala podem agregar a Juventus e Roma, respectivamente, elas foram sanadas nesta quinta-feira, 23 de fevereiro. Os campeões mundiais pela Argentina tiveram atuações de altíssimo nível e foram preponderantes para a classificação de suas equipes para as oitavas da Liga Europa, após vitórias contundentes sobre Nantes e Salzburg na fase de 16 avos de final da competição. Confira, abaixo, as análises das partidas.

Nantes 0-3 Juventus

Após empatar em 1 a 1 em casa com o Nantes, a Juventus foi até a França e fez bonito. Sobretudo o argentino Di María, que teve uma atuação de gala e emplacou uma tripletta para garantir a classificação dos italianos.

Logo aos 4 minutos de bola rolando no Stade de la Beaujoire, a zaga do Nantes interceptou um lançamento, mas Fagioli recuperou, avançou e tocou para Di María. O craque ajeitou o corpo e, de primeira, mandou um chutaço no ângulo direito de Lafont, que foi surpreendido e nada pode fazer a não ser olhar a pelota lhe encobrir. Um golaço de perna esquerda, digno de Prêmio Puskás.

O Nantes chegou em algumas ocasiões, mas sem muito perigo. Do outro lado, a Juventus seguia na mesma toada do início do jogo. Perto dos 20 minutos, Di María foi acionado na ponta direita, partiu para cima da marcação, fez uma fumaça ao deixar o goleiro e alguns adversários no chão, mas, quando finalizou de calcanhar, Pallois interferiu, colocando o braço na bola. O juiz assinalou o pênalti e expulsou o defensor dos canários. O próprio argentino foi para a cobrança, bateu no canto direito e ampliou a vantagem, com menos de metade do primeiro tempo decorrida.

Os italianos continuaram em cima e criaram diversas situações de perigo com finalizações dentro da área, mas pararam em boas defesas de Lafont ou na trave – como aconteceu já nos acréscimos da etapa inicial, após chute de Kostic. Na segunda metade da peleja, o cenário não mudou e o Nantes não se encontrou no jogo. O time da casa, aliás, via a Juventus chegar muito bem pelos dois lados: os alas fizeram boas jogadas, que terminaram em cruzamentos e arremates que deixavam a retaguarda dos canários em alerta. Era questão de tempo para a Velha Senhora marcar mais um.

E, de fato, o tento saiu aos 78 minutos. O terceiro gol do jogo – e de Di María – começou com Alex Sandro tabelando e finalizando dentro da área, mas o arqueiro Lafont defendeu o arremate. Na sobra, Vlahovic chutou prensado, a bola subiu e o argentino aproveitou para escorar, de cabeça. A jogada chegou a continuar, mas a goal-line technology entrou em ação e fez o relógio do árbitro José Sánchez vibrar, confirmando que a pelota havia ultrapassado a linha.

Até os minutos finais, a equipe de Massimiliano Allegri apenas cozinhou o jogo. Afinal, com atuação maiúscula, já havia garantido a classificação para a próxima e manteve vivo o sonho de um título europeu, apesar de todas as questões extracampo que rondam o clube. Sem dúvidas, essa partida tem o potencial de aumentar o moral do time para continuar lutando no resto da temporada e serve como injeção de ânimo para o duelo de oitavas de final com o Freiburg, atual quarto colocado da Bundesliga.

Spinazzola e Dybala foram protagonistas na vitória da Roma sobre o Salzburg (Getty)

Roma 2-0 Salzburg

Precisando da vitória por dois gols de diferença para se classificar, os comandados de José Mourinho receberam o Salzburg no estádio Olímpico e conseguiram cumprir o objetivo de forma magistral, sem jamais dar a possibilidade de reação para os austríacos. Numa noite de brilho de Dybala e Spinazzola, a Roma venceu sem choro nem vela.

Logo aos 8 minutos, Dybala mostrou que estava calibrado e acertou no travessão duas vezes, após cobrança de escanteio – a primeira com um voleio e a outra com uma cabeçada. A Roma continuou levando perigo com alguns ataques e Ibañez quase marcou um golaço de fora da área, mas a bola ficou na parte externa da rede.

Explorando muito os lados, especialmente o esquerdo, dominado por Spinazzola, os romanos conseguiram entrar na área adversária com certa facilidade. Além disso, diversas finalizações de meia ou longa distância foram executadas, mas sempre paravam em defesas do goleiro ou iam direto para fora.

Até que, aos 33 minutos, Spinazzola arrancou pela esquerda em direção à linha de fundo e cruzou para a pequena área. A bola desviou na defesa do Salzburg, perdeu velocidade e ganhou outra direção, mas Belotti se contorceu para empurrá-la para as redes, abrindo o placar.

O segundo gol veio ainda na etapa inicial, numa jogada muito semelhante à do primeiro. Spinazzola arrancou pela esquerda e cruzou para área, mas desta vez pode direcionar a bola na medida correta: o lateral achou o argentino Dybala, que acertou um sem pulo e ampliou para os donos da casa.

A Loba manteve o volume ofensivo e não sofreu tantos sustos no restante da partida. Cristante, aliás, quase marcou o terceiro ao emendar um canudo de fora da área um chutaço, mas Köhn – em ato de coragem – se colocou na direção da bola e defendeu. No mais, a equipe de Mourinho limitou os austríacos e pode celebrar uma reviravolta importante. O sonho de faturar o segundo título de torneios da Uefa em sua história, e apenas um ano após o primeiro, segue mais do que vivo. O próximo obstáculo da Roma, porém, é considerável: nas oitavas, os giallorossi enfrentam a Real Sociedad, atual terceira colocada de La Liga.

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