Nova edição da Liga das Nações da Uefa, mesmo desfecho para a Itália. Assim como em 2020-21, a seleção treinada por Roberto Mancini avançou ao Final Four da competição e foi eliminada pela Espanha nas semifinais. O placar, inclusive, também foi idêntico ao do encontro anterior entre as equipes nacionais: 2 a 1 para a Fúria.
No intuito de interditar a troca de passes da Espanha, Mancini escalou a Itália num 3-5-2, mandando ao gramado do De Grolsch Veste, em Enschede, nos Países Baixos, campo um bom trio de meias – Barella na esquerda, com Frattesi na direita e Jorginho centralizado. Na frente, Immobile e Zaniolo eram os responsáveis pela conclusão das jogadas. Ao fim da partida, o técnico avaliaria que a troca de esquema, não usual em sua gestão, pode ter custado a classificação à final da Nations League.
A verdade é que qualquer plano traçado pelo técnico rachou em pouquíssimo tempo. Aos 3 minutos, Donnarumma passou para Bonucci na entrada da área e o capitão, que já anunciou aposentadoria para ano que vem, se enrolou com a pressão de Gavi. O zagueiro resistiu inicialmente, mas foi desarmado por Yeremy Pino: sem oposição, o ponta abriu o placar para a Espanha.
Apesar do erro incrível de seu jogador mais experiente, a Itália conseguiu reagir com rapidez. Zaniolo recebeu belo passe de Jorginho dentro da área e efetuou um chute torto, que explodiu no braço aberto de Le Normand. A penalidade foi marcada e, aos 11 minutos, Immobile converteu com categoria.
Jorginho voltou a aparecer muito bem aos 21, quando encontrou lindo passe em profundidade para Frattesi, que atacou o espaço e balançou as redes. No entanto, o meia do Sassuolo estava impedido. A Espanha tentou responder aos 27 minutos, num chute de Morata que terminou rebatido por Donnarumma. De resto, o primeiro tempo teve equilíbrio entre as partes e poucas oportunidades.
A Espanha voltou melhor do intervalo, muito por conta da entrada de Asensio no lugar de Rodrigo, e passou a pressionar mais. O camisa 10 logo encontrou Merino com um bolão levantado na área: o volante atacou o espaço e, de primeira, finalizou para ótima defesa de Donnarumma. No rebote, Morata foi pressionado por Darmian e girou para fora, com o gol aberto. Em seguida, Rodri quase aproveitou imprecisão do arqueiro azzurro, mas mandou por cima da baliza.
Depois desse momento de afã, a partida se igualou um pouco mais – principalmente após Mancini sacar Immobile e colocar Chiesa, no intuito de ficar sem atacantes fixos e povoar o meio-campo. Aos 64 minutos, a Itália chegou a ter uma chance claríssima de marcar, mas não era mesmo o dia de Frattesi: ele recebeu cruzamento rasteiro e encheu o pé, parando numa defesaça de Unai Simón, que espalmou o perigo para longe.
Conforme o tempo passava e os atletas, já cansados por uma temporada muito longa, iam poupando esforços, os técnicos efetuavam alterações – e os testes, somados às questões físicas, reduziam a qualidade do futebol mostrado tanto pela equipe de Mancini quanto pela de Luis de la Fuente. A partida parecia se encaminhar para a prorrogação. Entretanto, aos 88 minutos, um chute de Rodri desviou em Rafael Toloi e Joselu desviou para as redes. Os italianos pediram impedimento, mas Acerbi, mal posicionado, dava condições ao espanhol.
No fim das contas, a Itália terminará a temporada europeia num jogo de pouquíssima utilidade, contra os Países Baixos, novamente em Enschede. Na disputa pelo terceiro lugar da Nations League, Mancini deverá rodar o elenco e dar oportunidade àqueles que não atuaram contra a Espanha. Mas qual será o nível de motivação que veremos em campo nessa partida entre italianos e holandeses?