Já classificada ao mata-mata da Liga Europa desde a rodada passada, a Roma recebeu no Olímpico o Sheriff Tiraspol, pior time da chave, com uma esperança: golear os moldavos e torcer por um tropeço do Slavia Praga contra o Servette para avançar diretamente às oitavas da competição, sem precisar disputar os 16-avos de final contra um adversário proveniente da Champions League. Neste jogo, ao contrário de outras ocasiões, a Loba fez a sua parte e ganhou por 3 a 0. Mas os checos trucidaram os suíços e obrigaram os giallorossi a passarem pelos playoffs.
Como vem fazendo na Europa League, José Mourinho escalou um time alternativo na capital italiana. E com vários jogadores querendo mostrar serviço, a Roma logo pressionou. No primeiro minuto, Lukaku caiu pela esquerda e acertou um belo passe, que cruzou toda a área de Koval e achou Karsdorp entrando do lado oposto. O holandês emendou um chute de primeira, mas a bola saiu pela linha de fundo.
Em jogada semelhante, aos 11 minutos, Zalewski recebeu um passe em profundidade e cruzou para Lukaku, que apareceu sem marcação dentro da pequena área e abriu o placar para os romanos. Ainda no primeiro tempo, o Sheriff chegou com perigo somente perto de meia hora de jogo: João Paulo arrancou pelo lado esquerdo e finalizou ao lado direito do gol de Svilar.
A Roma não se abalou e, no lance seguinte ampliou o marcador. Renato Sanches recebeu no meio, avançou e, quase sobre a linha da grande área, encontrou Zalewski com um passe por elevação. O polonês entrou nas costas da marcação e tocou por cima do goleiro Koval, que ainda resvalou na bola – mas não o suficiente para evitar a chegada de Belotti, que cabeceou para o gol.
A Roma até tentou correr atrás do prejuízo, mas o Slavia Praga não deu sopa para o azar no outro jogo do grupo (Getty)
Após o segundo tento, Belotti repetiu o gesto de Lukaku no primeiro: pegou a bola no fundo da rede e correu para agilizar o reinício da partida, pois a Roma precisaria de uma goleada para ultrapassar o Slavia Praga no saldo, caso os checos tropeçassem. Mas os esforços eram em vão. Os alvirrubros não deram sopa para o azar: aplicaram 4 a 0 sobre o Servette ainda no primeiro tempo. Àquela altura, já venciam por três gols de diferença e confirmavam a liderança do Grupo G da Liga Europa.
O andar da carruagem fez com que a segunda etapa fosse apenas uma formalidade e permitisse que Mourinho desse oportunidades a alguns garotos da base da Roma – Pagano, Pisilli e Mannini ganharam minutos. Por outro lado, Aouar sofreu uma lesão muscular e deu lugar a El Shaarawy na volta do intervalo.
O Pequeno Faraó entrou bem e serviu de garçom para os garotos. Pagano e Pisilli tiveram duas oportunidades que nasceram dos pés do ítalo-egípcio e não marcaram. O segundo deles, porém, conseguiu se redimir no último lance do jogo. Estreando no profissional, o meia partiu de trás e tocou para Lukaku, que fez a parede e devolveu para o jovem chutar. A bola ainda desviou no caminho e morreu no fundo da rede.
E assim foi: uma Roma já classificada se impôs sobre um Sheriff já eliminado. Apesar de os parâmetros para o jogo estarem lá embaixo e o clima de amistoso ter aparecido no segundo tempo, a noite foi boa para Mourinho rodar o seu elenco e dar minutagem a jogadores que pouco atuam regularmente, como os garotos que pode lançar. Na segunda, os giallorossi conhecerão seu adversário na fase de 16-avos de final, que acontece em fevereiro de 2024.
