Serie A

30ª rodada: com afirmação em Florença, o Milan consolidou vice-liderança do Italiano

Quem diria que, ao fim da 30ª rodada da Serie A, estaríamos elogiando o antes contestado Stefano Pioli? Não, não é brincadeira de 1º de abril. O Milan vem jogando bem, ao menos do meio para frente, somou seis vitórias consecutivas e isso é um bom indício para a reta final de 2023-24: os rossoneri têm o vice-campeonato nacional praticamente garantido, o que significa vaga na Champions League assegurada, e chegarão às quartas de final da Liga Europa, competição que jamais venceram, com leve favoritismo sobre a Roma. O fim da temporada pode ser mais saboroso do que o previsto há alguns meses.

Se o Milan se deu bem no fim de semana de Páscoa, ao vencer a Fiorentina e consolidar a segunda posição, o feriadão foi de mais do mesmo para a Inter, que segue com ampla vantagem na liderança após bater o Empoli. A Juventus, por sua vez, aprofundou sua crise graças a uma derrota para a Lazio e vê o Bologna, quarto colocado, em seu encalço.

Por sua vez, a Atalanta foi dominante contra o Napoli e ainda aproveitou o tropeço da Roma para ganhar terreno na busca pelo quinto lugar. O fato é que a briga pela maior parte das vagas europeias segue muito imprevisível, tal qual a corrida pela permanência na elite. Confira, abaixo, o que de melhor aconteceu na rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Fiorentina 1-2 Milan

Gols e assistências: Duncan (Beltrán); Loftus-Cheek (Rafael Leão) e Rafael Leão (Reijnders)
Tops: Rafael Leão e Maignan (Milan)
Flops: Milenkovic e Martínez Quarta (Fiorentina)

A Fiorentina esperava honrar com uma vitória a memória do diretor-geral Joe Barone, falecido há duas semanas e homenageado neste sábado, no Artemio Franchi. A equipe violeta, no entanto, não conseguiu controlar o jogo contra o Milan em nenhum momento, apesar de ter pressionado no segundo tempo e quase ter obtido o empate. Numa partida de muita trocação, que serviu para encaminhar o vice-campeonato do Diavolo, o destaque ficou por conta dos goleiro Terracciano e Maignan – além, claro, da classe de Rafael Leão.

Pensando na semifinal da Coppa Italia, contra a Atalanta, o técnico Vincenzo Italiano fez seis trocas em relação à equipe que empatou com a Roma e deu ao brasileiro Dodô a primeira chance como titular após sua grave lesão no joelho. Para a Viola, as mudanças não funcionaram muito bem, visto que o Milan – contando com consistentes atuações de Reijnders, Rafael Leão e Chukwueze – dominou a etapa inicial, finalizando seis vezes na direção do gol e obrigando Terracciano a fazer três defesas complicadas. Do outro lado, Belotti iniciou seu duelo pessoal com Maignan e, numa boa ocasião, parou no francês.

O início do segundo tempo foi de um verdadeiro frenesi. Logo aos 47 minutos, Rafael Leão recebeu de Chukwueze na ponta direita e emendou um passe de calcanhar para a grande área. Milenkovic até poderia ter cortado a bola, mas escorregou e, ao cair de maduro, permitiu que Loftus-Cheek abrisse o placar. Após um bom pivô de Beltrán, Duncan arrematou no cantinho e empatou imediatamente, mas o craque português do Milan estava a fim de aproveitar as falhas do zagueiro sérvio dos gigliati, que vem em queda de rendimento. O camisa 10 recebeu de Reijnders em profundidade, deixou o adversário comendo poeira e ainda o fez trombar em Terracciano quando driblava o goleiro e concluía para as redes, anotando o golaço da noite.

Em seguida, o Milan voltou a ter uma chance com Florenzi, mas Terracciano fez uma boa defesa. Pioli, então, retraiu o seu time ao sacar Rafael Leão e chamou a Fiorentina para seu campo. Sem se fazer de rogada, a equipe da casa buscou a reação e só não a conseguiu por causa de Maignan: o francês efetuou duas ótimas defesas, ante Belotti e Mandragora, e garantiu a sexta vitória consecutiva para o Diavolo, considerando todas as competições – agora, os rossoneri têm seis pontos a mais do que a Juventus na Serie A. Já os toscanos, na décima posição e com um jogo a menos, talvez devam priorizar as disputas da Coppa Italia e da Conference League.

Inter 2-0 Empoli

Gols e assistências: Dimarco (Bastoni) e Sánchez (Dumfries)
Tops: Bastoni e Dimarco (Inter)
Flops: Niang e Cambiaghi (Empoli)

A Inter não precisou brilhar, como costumeiramente faz, para vencer o Empoli, seguir com sua vantagem de 14 pontos e empurrar o adversário para a zona de rebaixamento. Foi a 100ª vitória de Simone Inzaghi em 150 partidas no comando da equipe, que ainda chegou a 24 rodadas de invencibilidade na Serie A. Os nerazzurri ainda garantiram, matematicamente, sua vaga na próxima Champions League.

A líder do campeonato encaminhou o seu triunfo logo aos 6 minutos, quando Bastoni avançou ao ataque e forneceu assistência para Dimarco aparecer dentro da área e, de primeira, aplicar a lei do ex – tal qual fizera no primeiro turno. Muito solto pelo flanco esquerdo, o camisa 95 nerazzurro ainda acertou a trave em seguida, depois de tabelar com Lautaro. Caprile foi providencial, pois resvalou na bola após o chute do zagueiro.

Na casa dos 27 minutos, o Empoli ameaçou pela única vez em toda a partida. Marin arriscou um chute com efeito de fora da área e Audero, substituindo Sommer – que foi preservado devido a uma lesão sofrida pela Suíça, na data Fifa – espalmou para escanteio. Com o jogo controlado, a Inter reduziu o ritmo. Barella, entretanto, seguiu ligado no 220V , recuperando posses, servindo colegas e até finalizando a gol. Aos 81, foi a partir de uma jogada criada pelo meia que Dumfries recebeu no flanco direito e cruzou na medida para Sánchez empurrar para a rede desprotegida e fechar o placar.

A Inter brilhou menos do que o habitual, mas venceu novamente e chegou a 24 partidas sem derrotas pela Serie A (AFP/Getty)

Lazio 1-0 Juventus

Gol e assistência: Marusic (Guendouzi)
Tops: Marusic (Lazio) e Bremer (Juventus)
Flops: Miretti e Kean (Juventus)

Em sua estreia, o técnico Igor Tudor recolocou a Lazio na briga por uma improvável vaga na Champions League ao conseguir uma emocionante vitória sobre a Juventus no último minuto, embora sua equipe tenha dominado a rival e tenha merecido construir o resultado muito antes. Com futebol pobre, como na maioria da segunda passagem de Massimiliano Allegri por Turim, a Velha Senhora vai caindo pelas tabelas: com uma vitória e apenas sete pontos somados nas nove últimas rodadas, já vê o Bologna, quarto colocado, apenas dois pontinhos atrás.

Tendo Felipe Anderson como seu principal nome, a Lazio foi melhor no primeiro tempo e teve algumas boas chances de abrir o placar – as duas desperdiçadas por Castellanos e as que surgiram após trapalhadas de Szczesny. A Juventus, que precisava contar com Kean, devido às ausências de Vlahovic e Milik, não tinha poder de fogo e só levou perigo perto do intervalo, quando Chiesa fez Mandas espalmar um chute rasteiro.

Salvo numa boa oportunidade em conclusão de Cambiaso, logo após o intervalo, a Juventus (refém de sua pobreza de ideias) nada produziu no segundo tempo. A propósito, o jogo (que já não era bom) passou a ter ainda menos momentos dignos de nota. Ainda que Bremer tenha contido bem os centroavantes da Lazio – primeiro Castellanos; depois, Immobile –, os celestes melhoraram no finalzinho, após Tudor ter lançado Luis Alberto a campo, e passaram a pressionar mais e tiveram algumas finalizações perigosas da entrada da área. O gol decisivo, contudo, sairia de outra forma, no derradeiro lance do confronto. Aos 93 minutos, Guendouzi levantou a bola na área e Marusic, mal marcado pelo estreante Sekulov, testou para as redes.

Bologna 3-0 Salernitana

Gols e assistências: Orsolini (Calafiori), Saelemaekers (Freuler) e Lykoggianis (Saelemaekers)
Tops: Saelemaekers e Calafiori (Bologna)
Flops: Basic e Candreva (Salernitana)

Já não é mais questão de se, mas de quando o Bologna vai festejar seu retorno às competições europeias após mais de duas décadas de ausência – e, provavelmente, com participação inédita na versão moderna da Champions League, torneio que só disputou uma vez, nos tempos de Copa dos Campeões, em 1964. Nesta segunda de Páscoa, feriado conhecido como Pasquetta na Itália, o time de Thiago Motta venceu a virtual rebaixada Salernitana sem dificuldades e encostou na Juventus, terceira colocada. Somente dois pontos separam as equipes, que ainda se enfrentam na penúltima rodada da Serie A.

O Bologna começou a construir seu triunfo muito cedo, já aos 14 minutos. Calafiori descolou um lindo lançamento, da esquerda para a direita, e encontrou Orsolini: o ponta dominou, cortou para o centro e fez um golaço de canhota. A Salernitana tentou reagir imediatamente com Simy, após um erro de passe dos mandantes, mas o lance foi apenas um lapso. Tanto é que, no fim do primeiro tempo, Saelemaekers aproveitou uma perda de bola de Candreva e finalizou com muito efeito, de fora da área, ampliando o placar.

No segundo tempo, o ritmo do jogo diminuiu um pouco, na medida da vantagem construída pelo Bologna. Os dois times até criaram algumas oportunidades, mas foi só aos 80 minutos que tivemos uma chance cristalina. Candreva ficou cara a cara com Ravaglia, porém chutou em cima do goleiro, que fez uma defesa em dois tempos. Assim, a Salernitana trocou uma possível reação na reta final da partida pelo castigo: já nos acréscimos, Lykogiannis tabelou com Saelemaekers e, após a esperta deixadinha do belga, colocou no canto e determinou o placar da elástica vitória rossoblù.

Na estreia de Tudor, a Lazio reagiu na Serie A, enquanto a Juventus afundou um pouco mais (AFP/Getty)

Napoli 0-3 Atalanta

Gols e assistências: Miranchuk (Pasalic), Scamacca (Miranchuk) e Koopmeiners (Ruggeri)
Tops: Miranchuk e Scamacca (Atalanta)
Flops: Juan Jesus e Rrahmani (Napoli)

O jogo contra a Atalanta era uma espécie de tira-teima para o Napoli: apenas uma vitória interessava para manter vivo o sonho de classificação para Champions League. E ela não foi obtida, o que deixa os atuais campeões italianos muito longe da próxima edição da principal competição de clubes da Europa. A Dea, por sua vez, segue na sexta posição e, com um jogo a menos, vivíssima nesta corrida.

Num dia em que o elenco napolitano e a torcida da casa prestaram solidariedade a Juan Jesus, após Acerbi ter sido absolvido da acusação de injúria racial por parte do zagueiro brasileiro, a defesa mandante sucumbiu clamorosamente – e com demérito para o beque, que pode ter atuado sem a necessária concentração, devido às turbulências pelo caso. Com apenas dois minutos de bola rolando, Miranchuk recebeu em profundidade, entre os defensores, e acertou a trave. Em tilt e muito mal posicionada, a retaguarda azzurra permitiu uma linha de passe aérea aos 26 e, aí, o russo não perdoou: na pequena área, desmarcado, só empurrou para as redes.

Apesar de o Napoli ter tentado reagir imediatamente, num lance que deixou a defesa orobica em afã, foram raros os momentos em que a Atalanta não teve o controle do jogo. E o placar seria ampliado ainda na etapa inicial, quando Juan Jesus errou o domínio e deixou um buraco em suas costas, permitindo que Scamacca finalizasse em diagonal, aos 45 minutos.

Logo na volta do intervalo, os azzurri acertaram a trave duas vezes seguidas, com um petardo de Zielinski e um fortuito desvio de Osimhen, em chute de Lobotka. Foi providencial a recuperação de Carnesecchi, que empurrou a pelota para o poste neste segundo lance – o goleiro ainda faria boa defesa ante o nigeriano, mas quase não trabalharia na partida. Já nos últimos suspiros da peleja, Koopmeiners apareceria como centroavante e, aproveitando a frouxa marcação de Juan Jesus, fechou a conta no Diego Armando Maradona.

Lecce 0-0 Roma

Tops: Krstovic (Lecce) e Svilar (Roma)
Flops: Dorgu (Lecce) e Karsdorp (Roma)

Tivemos quase 40 finalizações no Via del Mare, mas o zero não saiu do placar. Se fosse uma luta de boxe e o vencedor tivesse que ser definido por pontos, o Lecce teria levado a melhor. Isso, no entanto, não gera amargor nos salentinos: o empate foi bom para o time apuliano, que se afastou um pouco da zona de rebaixamento desde a chegada do técnico Luca Gotti, que conquistou quatro pontos em dois jogos, nos quais sua defesa não foi vazada. A Roma, por sua vez, se afastou do G4 e viu a Atalanta, que tem uma partida a menos, encostar.

No primeiro tempo, o Lecce liderou em conclusões: foram 16 contra apenas cinco da Roma. O time da casa foi constantemente perigoso em subidas pelo lado esquerdo, onde Dorgu e Gallo levaram Karsdorp ao pânico. No comando do ataque, Piccoli e Krstovic venciam os duelos e, até por isso, o amarelado Ndicka terminou substituído no intervalo. Entretanto, apesar de Svilar ter sido muito exigido, a melhor chance foi dos capitolinos, que, em cobrança de falta ensaiada, perto do intervalo, acertaram a trave num arremate rasteiro de Angeliño.

A etapa complementar foi mais equilibrada, mas isso não quis dizer que o Lecce não tenha sido melhor.  Aos 68 minutos, inclusive, os apulianos tiveram uma clamorosa chance perdida por Dorgu. O dinamarquês recebeu passe açucarado de Krstovic e pode finalizar sem distrações, de perto da marca do pênalti, mas mandou para fora. A Roma reagiu de imediato e, na casa dos 71, ficou perto de abrir o placar numa ótima construção de jogada: Cristante acionou El Shaarawy, que ajeitou de letra para Aouar esbarrar numa defesaça de Falcone. Os salentinos pressionaram na reta final da partida, embora sem sucesso. A melhor dessas oportunidades surgiu nos acréscimos, quando Oudin experimentou de fora da área e seu chute triscou no travessão.

Em tarde de golaços e ótima exibição de Saelemaekers, o Bologna encostou na Juventus e passou a mirar a terceira posição (Getty)

Torino 1-o Monza

Gol: Sanabria (pênalti)
Tops: Bellanova e Ricci (Torino)
Flops: Pessina e Djuric (Monza)

Jogando em casa, o Torino bateu o Monza no confronto direto e só não ganhou três posições numa tacada só porque, no último lance, a Lazio superou a Juventus. Ainda assim, o time de Ivan Juric subiu para a nona posição e passou a sonhar mais intensamente por uma vaga em competição europeia. Os bagai, por outro lado, ainda têm chances de brigar pelo mesmo objetivo – afinal, estão quatro pontos atrás dos aquilotti, donos da sétima colocação.

Debaixo de chuva, tivemos um primeiro tempo sem grandes emoções no Olímpico Grande Torino. O ritmo se acelerou após o intervalo, quando o goleiro Di Gregorio começou a trabalhar para manter as redes do Monza intactas: foram quatro defesas importantes ao longo da partida, sendo as primeiras em sequência, entre os 52 e os 53 minutos, ante Buongiorno e Okereke. Do outro lado, Djuric subiu sozinho e desperdiçou ótima chance de abrir o placar.

A peleja, então, se decidiu num espaço de seis minutos, em duas bobagens cometidas por Pessina, capitão do Monza. Aos 67, o campeão da Euro 2020 derrubou Ricci na área e levou cartão amarelo pela estupidez. Sanabria, que saiu do banco, cobrou o pênalti no meio e marcou o gol solitário da partida. Na casa dos 72, o meia biancorosso fez nova falta sobre Ricci e foi expulso, impedindo que o seu time esboçasse qualquer reação. Na verdade, coube a Di Gregorio, com mais duas defesas, impedir uma derrota mais elástica.

Cagliari 1-1 Verona

Gols e assistências: Sulemana; Bonazzoli (Noslin)
Tops: Nández (Cagliari) e Bonazzoli (Verona)
Flops: Zappa (Cagliari) e Lazovic (Verona)

No confronto direto entre campeões italianos ameaçados pelo rebaixamento, pontos divididos. Cagliari e Verona seguem fora da zona de descenso, mas a verdade é que o placar não gerou muito alívio para nenhum dos dois times, que podem se ver no Z3 já na próxima rodada, a depender de uma combinação de resultados. Para os mandantes, o gosto foi ainda mais amargo: além de terem desperdiçado a chance de vencerem um rival em casa, seus próximos compromissos serão contra Atalanta, Inter e Juventus.

O Verona saiu na frente aos 30 minutos, graças a um bonito gol de Bonazzoli. Acostumado a acrobacias e a lances imprevisíveis, o atacante recebeu cruzamento de Noslin e antecipou a defesa do Cagliari para desviar a bola de calcanhar, vencendo Scuffet. Folorunsho desperdiçou a chance de ampliar o placar para o Hellas mesmo no mano a mano com o goleiro adversário, enquanto Lazovic teve tento anulado por impedimento no início do segundo tempo.

Aos 60 minutos, o duelo ganhou em emoção. De um lado, Zappa recebeu sozinho e, todo desajeitado, perdeu a chance de empatar para o Cagliari. O Verona engatou contragolpe e, dessa vez, foi Lazovic que finalizou em cima de Scuffet e não ampliou para os visitantes. O castigo viria aos 74, com a lei do ex: o volante Sulemana aproveitou sobra na entrada da área e finalizou no cantinho. Já nos últimos suspiros, o time da casa só não virou porque Montipò foi reativo e espalmou para longe a tacada de bilhar de Luvumbo.

A Atalanta não perdoou os vários erros defensivos do Napoli e bateu os partenopei com muita tranquilidade (Getty)

Sassuolo 1-1 Udinese

Gols e assistências: Defrel (Matheus Henrique); Thauvin
Tops: Defrel (Sassuolo) e Thauvin (Udinese)
Flops: Pinamonti (Sassuolo) e Samardzic (Udinese)

O Sassuolo desperdiçou uma oportunidade de ouro para ganhar terreno na briga contra o rebaixamento e permaneceu na penúltima posição da Serie A. Caso tivesse vencido o confronto direto com a Udinese, o time neroverde teria deixado o Z3 e encostado na própria equipe friulana, que segue quatro pontos à frente.

Os dois times começaram o duelo perdendo chances inacreditáveis. Aos 10 minutos, Pinamonti não aproveitou o rebote de Okoye e, com as redes desprotegidas, mandou para fora; já aos 22, Lovric ficou cara a cara com Consigli, mas só recuou para o goleiro. Na casa dos 34, a incompetência da Udinese se transformou em azar, visto que o chute de Lucca, amaciado pelo arqueiro da casa, só não entrou porque Ruan se recuperou e afastou quase sobre a linha.

O placar foi aberto e fechado antes do intervalo, com dois gols franceses. Aos 41 minutos, Matheus Henrique encontrou Defrel com um passe que cortou a defesa adversária e o atacante não se fez de rogado: driblou Okoye e guardou. A Udinese, entretanto, empatou pouco depois, quando Thauvin tabelou com Pereyra e, aproveitando desvio da zaga na hora de receber, fuzilou. Se alguém esperava que as emoções se multiplicariam depois do descanso, se enganou. O templo complementar foi paupérrimo e a única jogada digna de nota terminaria sendo um levantamento fortuito de Samardzic, que passou pingando por todo mundo e tocou no travessão.

Genoa 1-1 Frosinone

Gols e assistências: Gudmunsson (pênalti); Reinier (Zortea)
Tops: Gudmunsson (Genoa) e Reinier (Frosinone)
Flops: Spence (Genoa) e Okoli (Frosinone)

Vestindo seu belo quarto uniforme pela primeira vez, o Genoa recebeu o Frosinone e, sem maiores ambições no campeonato, acabou dando uma ajudinha aos canários. Afinal, o pontinho conquistado graças ao empate pode ajudar o time de Eusebio Di Francesco a permanecer na elite.

A partida realizada no Marassi foi bastante parelha. Impondo a força e a organização de seu time, o Genoa quase abriu o placar aos 10 minutos, quando Vásquez cabeceou no travessão e, no rebote, Sabelli obrigou Turati a efetuar uma bela defesa. O gol rossoblù sairia aos 30, após Gudmundsson penetrar na área e ser tolamente derrubado por Okoli. O próprio islandês foi para a cobrança do pênalti e chegou a seu 11º tento na Serie A.

Mantendo linhas altas, o Frosinone pressionava e conseguia boas linhas de passes, como em seus melhores momentos na temporada. Foi assim que, aos 36 minutos, empatou: Soulé acionou Zortea no flanco direito e o ala rolou, com a complacência de Spence, para Reinier finalizar. Brescianini quase virou com um chute forte, pouco depois. O segundo tempo foi de menos emoções, em que pese o bom arremate de Junior Messias e o pênalti mal marcado por Juan Luca Sacchi para os visitantes, nos acréscimos – revisado pelo VAR e anulado em seguida.

Seleção da rodada

Maignan (Milan); Scalvini (Atalanta), Calafiori (Bologna), Bastoni (Inter); Saelemaekers (Bologna), Barella (Inter), Reijnders (Milan), Dimarco (Inter); Miranchuk (Atalanta); Scamacca (Atalanta), Rafael Leão (Milan). Técnico: Gian Piero Gasperini (Atalanta).

Compartilhe!

Deixe um comentário