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Marcado pelas lesões, Kevin Strootman foi a talentosa ‘máquina de lavar’ da Roma

Falar sobre jogadores holandeses na Serie A é sempre um afago à alma dos amantes do futebol. Nos gramados da Bota, verdadeiras lendas dos Países Baixos encantaram o mundo. Somente no palco de San Siro, por exemplo, foram incontáveis as ocasiões em que foi possível assistir a arte lapidada de Marco van Basten, Ruud Gullit, Frank Rijkaard, Dennis Bergkamp, Clarence Seedorf, Wesley Sneijder, entre outras divindades neerlandesas. No Olímpico, foram menos estrelas e mais operários. E, como realidade e mito se entrelaçam em invejável sintonia no esporte, não são somente os deuses que têm o seu lugar nas preces dos fiéis da bola. Entre os mortais, cujos feitos heroicos também se perpetuam entre gerações, um homem lutou contra o próprio corpo para deixar um legado de jubilosas lembranças aos torcedores da Roma – e também do Genoa e do Cagliari. Falamos de Kevin Strootman.

Nascido em Ridderkerk, uma cidade com menos de 50 mil habitantes localizada no sul da Holanda, Strootman, desde cedo, se apaixonou pelo futebol. Aliás, é muito fácil se conectar com as mais variadas modalidades nas terras neerlandesas. Estima-se que cerca de dois terços da população acima dos 15 anos praticam alguma atividade esportiva ao menos uma vez por semana. E convenhamos, quando um certo Johan Cruyff é uma das referências do esporte de um país, nutrir tal paixão e conexão é uma verdadeira e aprazível moleza.

Depois de passar por equipes amadoras da região, o meio-campista chegou ao “estágio formal” do amadorismo, ou seja, quando brincar com uma bola começa a se tornar coisa séria. Pelo RVVH (Ridderkerkse Voetbal Vereniging Hercules), o jovem começou a se destacar. No time que leva o nome do deus que escolheu viver entre os homens e como um mortal, o talento de Strootman atraiu o Sparta Rotterdam, o mais antigo clube do país, fundado em 1888. Por lá, chegou aos 17 anos, em 2007.

Sete meses após sua chegada à tradicionalíssima agremiação, que carrega a lendária identidade espartana – eis, novamente, os enlaces entre realidade e a mitologia entre nós –, o meia canhoto teve a sua estreia como profissional. Se o dia 15 de fevereiro de 2008 não trouxe as melhores memórias em relação ao placar, com o clube de Roterdã levando um sonoro 6 a 2, ainda assim havia o que celebrar. Imagine o que é para um garoto ter a sua primeira vez – sem malícia, caro leitor –, diante de quase 50 mil pessoas, na Amsterdam Arena (hoje Johan Cruyff Arena) contra ninguém menos do que o Ajax. Dane-se o resultado.

Na mesma temporada, o prospecto ganhou mais alguns minutos contra o NEC Nijmegen – nova derrota, desta vez por 4 a 2 – e teve a sua primeira titularidade na última rodada, contra o AZ Alkmaar, quando esteve presente durante toda a partida, terminada em 1 a 0 para o adversário. Assim como o confronto contra o Ajax, todas as oportunidades do jovem Strootman, até então, haviam sido fora de casa. As derrotas foram mais do que naturais, já que o elenco do Sparta era tão humilde quanto o da maioria dos clubes do país. Com poucas figuras conhecidas, como o goleiro Sander Westerveld e o lateral-direito Dwight Tiendalli, ambos com passagem pela seleção da Holanda, o time terminou a competição na 13ª posição da Eredivisie. Arne Slot, hoje técnico do Liverpool, também fazia parte do plantel.

Depois de se consolidar em seu país e chegar à seleção, Strootman se transferiu para a Roma e virou pilar da equipe (Getty)

Na temporada seguinte, o panorama começou a mudar para Strootman. Dentro do clube, ele já não era mais visto como um simples jovem, mas sim como uma promessa que se tornaria realidade. Depois de ficar de fora das três rodadas iniciais, o meia estreou em 2008-09 em jogo válido pela Copa dos Países Baixos. Diante do modestíssimo HSC ’21/Carparc, Kevin entrou no intervalo da vitória por 2 a 1 – o primeiro triunfo como profissional, enfim, chegou, mas ainda não uma partida diante de sua torcida.

A exibição agradou ao técnico Foeke Booy. Não à toa, no jogo seguinte, contra o Roda, Strootman pôde, enfim, estrear no charmoso Sparta Stadion Het Kasteel, diante de seu torcedor – e logo como titular. Reparou que a palavra “Kasteel” lembra castelo? Pois bem, o estádio inaugurado em 1916 é dono de uma peculiaridade ímpar. Na tribuna sul, a estrutura é formada por duas pequenas torres que, arquitetonicamente, se assemelham muito às de uma fortificação.

No empate por 2 a 2, Strootman fez um jogo dentro do esperado para os padrões do Sparta, e empolgante para quem enxergava um grande futuro naquele jovem de 18 anos. Neste dia, o garoto conquistou o seu lugar no time, assumindo a absoluta titularidade. Ao final da temporada, na qual os espartanos acabaram a Eredivisie na 12ª posição e chegaram até as oitavas de final da copa nacional, Kevin entrou em campo 28 vezes, somando três gols e três assistências. Também entre os titulares da equipe, havia um goleiro que os brasileiros, em especial a torcida corintiana, se lembram bem: vocês conhecem um tal de Cássio?

Na temporada 2009-10, o status e as ambições do clube não mudaram. E o preço a pagar foi caro. Nem mesmo a consolidação de Strootman, que terminou a Eredivisie com dois tentos e cinco assistências em 28 jogos, e o surgimento de um outro talento conhecido do futebol holandês e também do italiano – o volante Marten de Roon, que seria ídolo na Atalanta – evitaram uma tragédia. Após terminar a liga no 16º posto, o time mais antigo do país sucumbiu em pleno clássico de Roterdã, diante do Excelsior, no playoff de rebaixamento. Com o empate por 0 a 0 na casa do rival e a nova igualdade, desta vez no castelo, por 1 a 1, a regra do gol qualificado decretou a queda.

Como é habitual a tantos clubes ao redor do mundo, rebaixamentos costumam culminar em desmanche e consequente necessidade de reformulação. Com o Sparta não foi diferente, mas ainda assim foi possível manter o meio-campista no elenco. Na segunda divisão, alguém com seu talento e potencial não precisou de muito para mostrar que aquele não era o seu lugar. Em 16 jogos, foi um dos protagonistas da equipe, com quatro gols e quatro assistências. Mas ele precisava sair. Apesar do esforço, em momento algum o time de Roterdã deu sinais de que tornaria ao escalão mais alto. No meio da temporada, a primeira divisão voltou a contar com a sua presença, quando o Utrecht o contratou. Strootman deixou os espartanos na 17ª rodada e na sexta posição. Sem o seu maestro, o desempenho caiu. Os Senhores do Castelo – ou Kasteelheren, em holandês – terminaram a competição em nono.

Os novos ares contemplaram a ascensão de Kevin. Em termos de tabela, o clube de uma das cidades mais animadas e turísticas dos Países Baixos empolgava mais do que seu antigo time. O talentoso volante chegou para ser titular e, com dois gols e três assistências em 14 jogos do campeonato, ajudou os alvirrubros a conquistarem um honroso sétimo lugar. Mas o auge da temporada não foi esse.

Na Roma, por sua capacidade de limpar jogadas, Strootman ganhou o curioso apelido de “máquina de lavar” (Getty)

Com exímia qualidade tanto para defender quanto para atacar, Strootman era uma figura constante nas seleções de base do país. Defendeu o sub-15, o sub-18, o sub-19 e também o sub-21. Faltava, claro, a cereja do bolo: o time principal da Oranje. Em 9 de fevereiro de 2011, quatro dias antes de completar 21 anos, Kevin recebeu o presente mais desejado. Na vitória por 3 a 1 em amistoso contra a Áustria, o meia teve, por 19 minutos, o privilégio de entrar em campo com a histórica camisa laranja. Na mesma época, conquistou ainda mais o seu lugar entre os selecionáveis neerlandeses, tornando-se presença frequente nas convocações para as Eliminatórias da Eurocopa de 2012.

A passagem pelo Utrecht foi rápida. Apesar dos poucos jogos pelo time, ele já estava pronto para um novo patamar. Em julho de 2011, foi contratado pelo PSV Eindhoven, juntamente a um de seus companheiros de clube: o atacante Dries Mertens, que futuramente se tornou um dos maiores jogadores da história do Napoli.

Em Eindhoven, Strootman teve números impressionantes. Na primeira temporada, seis gols e 16 assistências em 46 jogos. Na seguinte, sete tentos e 12 passes decisivos em 42 exibições. O volante, que flutuava entre as faixas defensiva e ofensiva do campo com o mesmo primor, não parava de evoluir. Aonde ele poderia chegar?

Foi pela tradicional agremiação, uma das três grandes da Holanda, ao lado do Ajax e do Feyenoord, que Strootman conquistou os únicos dois títulos da carreira – um registro que, definitivamente, não faz jus ao seu talento –: a Copa dos Países Baixos, em 2011-12, e a Supercopa dos Países Baixos, em 2013. Entre o período das glórias, em 2012 jogou sua única competição oficial pela Holanda, integrando o plantel laranja na Euro.

Na temporada 2013-14, o menino de Ridderkerk rumava à Cidade Eterna. Pela Roma, herdou a camisa 6, outrora aposentada em homenagem ao zagueiro Aldair. O próprio brasileiro autorizou os giallorossi a retirarem a aposentadoria do seu número – e somente para Kevin, já que a numeração não foi mais utilizada depois de sua transferência, alguns anos mais tarde.

O holandês tornou-se titular de um meio-campo recheado de jogadores de alta prateleira. Ao seu lado, estavam atletas como Daniele De Rossi, Radja Nainggolan, Michael Bradley, Miralem Pjanic, Marquinho e Adem Ljajic. Strootman começou sua temporada de debute na capital italiana com tudo: a Roma, treinada por Rudi Garcia, emplacou 10 vitórias seguidas nas 10 primeiras rodadas da Serie A, e Kevin foi um dos destaques desse período, com um gol marcado e cinco assistências fornecidas.

Na reta final de sua curta carreira, o volante holandês teve duas passagens pelo Genoa (Getty)

O período de invencibilidade dos giallorossi durou até a 18ª rodada – e Strootman seguiu em alta, com outros três gols anotados e uma assistência fornecida, incluindo participação nos dois tentos do empate por 2 a 2 com o Milan. A primeira derrota ocorreu contra a Juventus, grande concorrente da Roma pelo título, que já havia tomado a liderança da Loba na 13ª jornada.

A Roma terminou a Serie A em segundo lugar, com 85 pontos. Considerando que o scudetto foi para uma Juventus quase imbatível – de absurdos 102 pontos – a campanha foi brilhante. Strootman, como antecipamos, foi um dos destaques dessa trajetória, com cinco gols e seis assistências em 25 jogos – considerando também a Coppa Italia, competição em que a Loba foi até as semifinais, foram seis tentos e sete passes decisivos em 29 aparições.

Naquela temporada, o holandês ganhou, inclusive, um apelido bem inusitado. Numa entrevista coletiva, Garcia chamou Strootman de “La Lavatrice” – a máquina de lavar, em português. O motivo era simples: sua capacidade de “limpar” as jogadas no meio-campo. “Kevin é como uma máquina de lavar. Quando recebe um passe ruim, sujo, sempre devolve a bola limpa”, garantiu o francês. A pitoresca alcunha pegou entre a torcida.

Porém, os elogios e os motivo de celebração rapidamente deram lugar a um calvário: foi ainda em 2014 que Strootman começou a viver o pior pesadelo de sua carreira. Quem conhece a trajetória do holandês no futebol pode achar difícil acreditar que, nos seus primeiros momentos, ele foi um jogador extremamente saudável. Na Holanda, o “auge” de seus problemas físicos foi uma leve dor nas costas que o tirou de ação durante três dias pelo PSV. Mas, na Itália, o fatídico mês de março do ano citado foi um divisor de águas para o seu corpo. Uma lesão do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, durante jogo contra o Napoli, o tiraria de ação por mais de oito meses, fazendo-o perder a Copa do Mundo, disputada no Brasil.

Quando retornou aos gramados, em 9 de novembro, pela 11ª rodada da Serie A, contra o Torino, as dores ainda incomodavam. Aos poucos, porém, seu tempo de jogo começava a aumentar. Mas não durou muito. Em janeiro de 2015, o incômodo no joelho voltou da forma mais impiedosa. A mesma lesão o assombrava novamente e uma operação foi necessária.

Em campo, a Roma conseguiu mais uma vez o vice-campeonato da Serie A, enquanto foi eliminada da fase de grupos da Champions, nas oitavas da Liga Europa e nas quartas da Coppa Italia. Fora dele, Strootman vivia a maior crueldade que o futebol podia proporcionar àqueles que se entregam de corpo e alma a ele. Em agosto de 2015, enquanto mal se recuperara da cirurgia que realizou, precisou enfrentar uma nova.

Pelo Cagliari, apesar de algumas boas atuações, o neerlandês teve que lidar com mais uma séria lesão e o rebaixamento à Serie B (Getty)

Neste período tão delicado, a luta do meia era física e mental. Das pessoas próximas, ouvia que não conseguiria mais performar no mesmo nível de antes. Dos médicos, escutou que nunca mais poderia jogar futebol novamente. “Quando o doutor me disse que eu não jogaria mais futebol, pensei: ‘puta merda’”, revelou a um veículo britânico. Somente com estas lesões, Strootman ficou 675 dias distante da profissão. E embora seu retorno fosse arriscado, ele não estava disposto a abandonar a paixão de sua vida.

Kevin ficou na Roma até 2018. Felizmente, o restante de sua trajetória na equipe capitolina foi de poucas novas lesões e de momentos gloriosos, como a histórica vitória por 3 a 0 contra o Barcelona, que levou a Loba às semifinais da Champions 2017-18. O holandês também anotou um dos gols do triunfo por 2 a 0 no clássico com a Lazio, em dezembro de 2016.

Como voltou a ser titular absoluto da equipe capitolina a partir de 2016-17, Strootman conseguiu encerrar sua trajetória na Cidade Eterna com uma quantidade razoável de partidas. Ao todo, deixou a Roma, a agremiação que mais defendeu em sua carreira, com 13 gols marcados e 19 assistências em 131 aparições.

No fim de agosto de 2018, o meia migrou para a França, para defender as cores do Olympique de Marseille. Entre o ano de sua transferência e 2021, atuou 78 vezes pelos franceses, guardando três bolas nas redes e assistindo seus companheiros em nove oportunidades. Strootman tinha contrato com o OM até 2023, mas só representou o clube provençal até janeiro de 2021. No restante de seu vínculo, foi emprestado. E durante esse período, conquistou o coração de mais duas torcidas italianas: a do Genoa e a do Cagliari.

Os anos de maior protagonismo de Strootman já haviam passado. Suas aparições na seleção holandesa tornaram-se menos recorrentes. Contudo, sua técnica ainda era impecável. Pelo Genoa, foram duas passagens: uma em 2021, por empréstimo, e outra a partir de 2022. Na primeira delas, atuou em 18 partidas e ajudou o time treinado por Davide Ballardini a ficar no meio da tabela da Serie A. Kevin forneceu quatro assistências, sendo uma no empate por 1 a 1 no dérbi com a Sampdoria.

Apesar da regularidade e dos bons números, Strootman era um jogador de salário alto e não foi adquirido em definitivo pelo Genoa. De imediato, o Marseille o repassou ao Cagliari, que vinha lutando para permanecer na elite. E foi na passagem pela Sardenha, na temporada 2021-22, que o gladiador holandês, mais uma vez, precisou ter a força de um herói mitológico.

Strootman ajudou o Genoa a sair da Serie B e se aposentou depois de uma razoável segunda passagem pelos grifoni (Getty)

Assim como Aquiles teve no calcanhar a maior de suas fraquezas, Kevin era vítima da fragilidade de seu joelho esquerdo. Strootman começou a temporada como um dos poucos que se salvaram num time que ganhou apenas uma partida no primeiro turno da Serie A. Porém, em novembro de 2021, uma nova cirurgia o afastou por mais de cinco meses, abreviando, para a tristeza da torcida da Sardenha, sua passagem pelos rossoblù. Somente 11 vezes ele pôde desfilar combatividade e técnica em campo. O suficiente para conquistar os adeptos, mas não o bastante para que o Cagliari evitasse o rebaixamento.

Strootman voltou ao Marseille, mas não entrava nos planos do clube e, em seus últimos 12 meses de contrato, vestiu uma camisa antiga: a do Genoa, novamente por empréstimo. Já distante da Oranje desde 2019, o holandês optou disputar uma segunda divisão novamente, o que não ocorria desde os seus tempos de Sparta, já que os rossoblù tinham caído para a Serie B meses antes, depois de 15 anos seguidos na elite.

Os primeiros meses, sob o comando de Alexander Blessing, foram complicados para o Genoa. Porém, desde a demissão do alemão e a ascensão de Alberto Gilardino, então técnico do time sub-19, para o principal, as coisas mudaram. Pilar dos grifoni em ambas as gestões, Strootman acabou sendo fundamental para que os lígures se recuperassem e, com o vice-campeonato da segundona, retornassem de imediato para a Serie A.

Ao fim do empréstimo, o neerlandês ficou livre no mercado, já que o seu contrato com o Olympique de Marseille também havia acabado. Assim, em julho, ele assinou em definitivo com o Genoa, onde viveu o ocaso de sua paixão de menino: a bola. Atuando regularmente, mas não mais como titular absoluto, formou uma experiente dupla de meio-campo com o croata Milan Badelj e, no dia 24 de maio de 2024, fez, contra o Bologna, na vitória por 2 a 0 no Luigi Ferraris, pela última rodada da Serie A, a derradeira de suas 78 partidas pelo clube – e foi homenageado por isso. O que ele não talvez não soubesse, ou sabia, mas relutava em aceitar, é que essa seria sua aparição final como atleta. Em outubro, aos 34 anos, precocemente anunciou sua aposentadoria do futebol.

Kevin Strootman não teve a carreira dos sonhos em relação à galeria de troféus ou mesmo à longevidade. Mas o carinho e o legítimo respeito recebido pelas torcidas dos clubes que defendeu é a prova de que para um verdadeiro gladiador, lutar intensamente e se manter sempre de pé são as maiores glórias.

Kevin Johannes Willem Strootman
Nascimento: 13 de fevereiro de 1990, em Ridderkerk, Países Baixos
Posição: volante
Clubes: Sparta Rotterdam (2007-11), Utrecht (2011), PSV Eindhoven (2011-13), Roma (2013-18), Marseille (2018-21), Genoa (2021 e 2022-24) e Cagliari (2021-22)
Títulos: Copa dos Países Baixos (2012) e Supercopa dos Países Baixos (2013)
Seleção holandesa: 46 jogos e 3 gols

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