Serie A

12ª rodada: após 12 anos, a Roma voltou a liderar a Serie A de forma isolada

Defesa sólida, talentos despontando, improvisações precisas, entre outros acertos: o início de trabalho de Gian Piero Gasperini na Roma não poderia ser melhor. Pela primeira vez em 12 anos, os giallorossi assumiram a liderança isolada da Serie A. E com méritos: enfrentando uma difícil Cremonese, superaram os grigiorossi e também alguns desfalques, forçando um ataque um tanto quanto alternativo. Sem problema para Soulé, Koné, Wesley e companhia, que venceram com autoridade no Giovanni Zini.

A briga pelo título promete ficar bem acirrada nesta temporada. Uma derrota fez a Inter cair do primeiro lugar para o quarto. E não foi em uma partida qualquer: a Beneamata viu seu tabu contra o Milan aumentar ainda mais no Derby della Madonnina, jogo que marcou também a centésima vitória de Massimiliano Allegri no comando dos rossoneri. Enquanto o lado vermelho e preto de Milão venceu todos os adversários atualmente situados nas cinco primeiras posições, os nerazzurri falharam em boa parte dos grandes jogos da temporada, perdendo para o rival citadino, o Napoli e a Juventus – em contrapartida, venceram a Roma.

Apesar do clima de desconfiança, uma mudança tática de Antonio Conte fez muito bem para o Napoli, que não tomou conhecimento da nova Atalanta de Raffaele Palladino e venceu com bastante tranquilidade. Quem também marcou três vezes nesta rodada foi o bem modificado Bologna, em show de Pobega. No entanto, a maior goleada ficou por conta do Como, com um espetáculo coletivo de um time recheado de bons jovens talentos. A propósito, esta foi a primeira rodada do atual campeonato em que todas as partidas tiveram gols – 35, no total, na maior média da temporada italiana (3,5 por jogo).

Falando sobre decepções, Fiorentina e Juventus não conseguiram sair do empate, que foi ruim para os dois lados. Também é necessário lembrar que tivemos mais um confronto marcado por ofensas discriminatórias a Vlahovic, de origem eslava, por parte da torcida de sua antiga equipe. Confira essas e outras histórias no resumo da jornada.
>>> Classificação e artilharia da Serie A

Cremonese 1-3 Roma

Gols e assistências: Folino (Vázquez); Soulé (Koné), Ferguson (El Aynaoui) e Wesley (El Shaarawy)
Tops: Wesley e Soulé (Roma)
Flops: Bianchetti e Pezzella (Cremonese)

A Serie A tem nova líder isolada e com todos os méritos. Sem sufoco, a Roma bateu a organizada Cremonese fora de casa, e olha que com alguma ousadia na formação inicial. Sem os lesionados Dybala e Dovbyk, Gasperini optou por deixar Ferguson no banco e usar Baldanzi como referência no ataque, jogando à frente de Pellegrini e Soulé. O baixinho fez uma partida muito interessante, de bastante participação e movimentação no ataque.

A Roma foi a campo já no tradicional 3-4-2-1, com Wesley tendo mais uma ótima atuação pelo lado esquerdo do campo. Antes de tomar as rédeas do confronto, os visitantes viram Svilar fazer uma boa intervenção em chute de Bonazzoli. Na sequência, Soulé abriu o placar em assistência de Koné, em jogada entre dois dos mais talentosos jogadores da Bota.

Depois de ter o goleiro exigido mais uma vez, os giallorossi assumiram o controle total do duelo no segundo tempo. Saindo do banco, Ferguson ampliou e Wesley fechou o caixão dos grigiorossi com frieza à frente de Audero. Nos minutos finais, em uma das principais chegadas da Cremonese, Folino diminuiu em cobrança de escanteio de Vázquez. Uma reação tardia, que em nada arranhou a liderança da Roma, agora isolada – o que não ocorria desde novembro de 2013, numa arrancada com Rudi Garcia.

Inter 0-1 Milan

Gol: Pulisic
Tops: Maignan e Tomori (Milan)
Flops: Çalhanoglu e Sommer (inter)

Um dos fatores mais interessantes e encantadores do futebol é a imprevisibilidade. Mesmo com toda a turbulência e uma diferença significativa de elenco, principalmente na última temporada, o Milan segue superando a Inter no clássico – e agora ostenta uma sequência de seis jogos de invencibilidade no Derby della Madonnina. O bom momento no confronto se refletiu ainda em outros grandes jogos em 2025-26: o time de Massimiliano Allegri já superou também Roma, Napoli e Bologna, se mostrando pronto para brigar pelo scudetto até o fim.

O roteiro do jogo seguiu o estava escrito previamente: a Inter teria mais posse, mais volume, enquanto os rossoneri buscariam atacar em contra-ataques de velocidade especialmente com Rafael Leão, apagadíssimo, e Pulisic – este sim, aceso e buscando ampliar seu status de algoz nerazzurro. E a pressão da Beneamata foi forte, exigindo boas intervenções do goleiro francês ao longo dos 90 minutos e chegando a carimbar a trave duas vezes. Os principais ataques da equipe de Cristian Chivu eram focados no lado esquerdo, já que Dumfries esteve fora, por lesão, e Carlos Augusto foi improvisado no flanco direito.

Na estocada que teve, Saelemarkers arriscou de média distância, Sommer soltou o chute nada irresistível e Pulisic, decisivo como de praxe, marcou seu terceiro gol na carreira em dérbis contra a Inter, além de assumir a artilharia da Serie A, com cinco, empatado com Orsolini e Çalhanoglu. O turco teve a chance de se isolar, com pênalti cometido por Pavlovic sobre Thuram. Porém, parou em Maignan. Pela segunda vez na sua carreira, o meia teve uma penalidade defendida por um goleiro na liga italiana – curiosamente, a outra, salva por Meret, do Napoli, ocorreu também aos 74 minutos de jogo, numa 12ª rodada, e naquela mesma baliza. Antes de impedir o tento do craque nerazzurro, o francês também tinha interrompido uma sequência de 19 penalidades consecutivas convertidas por Dybala. Haja estrela para Magic Mike.

Maignan brilhou e decidiu o Derby della Madonnina a favor do Milan (Getty)

Napoli 3-1 Atalanta

Gols e assistências: David Neres (Højlund), David Neres (McTominay) e Lang (Di Lorenzo); Scamacca (Bellanova)
Tops: David Neres e McTominay (Napoli)
Flops: Ahanor e Hien (Atalanta)

Nada como uma mudança drástica. Raffaele Palladino não deu muita sorte em sua estreia como treinador na Atalanta porque pegou um Napoli modificado e, mais que isso, inspirado pelas mudanças promovidas por Antonio Conte. Na formação, uma linha com três zagueiros de ofício, mais os laterais Di Lorenzo e Gutiérrez nas alas. No ataque, os pontas David Neres e Lang, com Højlund como centroavante. O desenho lembrou seu Chelsea campeão inglês de 2016-17 – e não só no papel.

Em campo, Neres deu o ar da graça e foi crucial para liquidar a fatura ainda na primeira etapa. Com 16 minutos, recebeu de Højlund nas costas de Ahanor e finalizou com jeito para tirar de Carnesecchi. Perto do intervalo, foi a vez de McTominay colocar o brasileiro em projeção e a canhota funcionou bem de novo, só que na força, com ótimo chute cruzado – o ex-jogador do São Paulo não anotava havia 11 meses e se livrou do jejum logo com doppietta. Marcando pela primeira vez com a camisa partenopea, Lang completou o cruzamento de Di Lorenzo e terminou a construção da sólida vantagem napolitana antes do intervalo.

Palladino fez duas mexidas, sacando Ahanor – comido vivo por Neres – e Pasalic para colocar Kossounou e Scamacca, e a Dea voltou melhor na segunda etapa: o centroavante atuou como referência e logo diminuiu a diferença com um belo voleio. Porém, o ímpeto foi insuficiente, apesar do domínio dos nerazzurri na etapa complementar. Poucas chances claras contra uma equipe que começou a pisar no freio. O calendário é cheio e os desfalques ainda são muitos para o Napoli, que terá que se desdobrar nas próximas rodadas.

Udinese 0-3 Bologna

Gols e assistências: Pobega (Orsolini), Pobega e Bernardeschi
Tops: Pobega e Heggem (Bologna)
Flops: Bertola e Ehizibue (Udinese)

Terceiro jogo consecutivo sem sofrer gols, duas vitórias seguidas na Serie A: o Bologna de Vincenzo Italiano engrenou de vez e entrou no (grande) pelotão que briga pelo título da liga. Titular, Pobega foi o cara da partida, marcando uma doppietta pela primeira vez desde 2021, quando o fez pelo Spezia. E Bernardeschi também desencantou após retornar à Itália.

Com sete mudanças em relação a partida contra o Napoli, incluindo a entrada de Ravaglia no gol após a lesão de Skorupski na última rodada, os rossoblù mostraram estarem habituados com o rodízio e não tiveram muitas dificuldades contra a Udinese. Antes do intervalo, tiveram a chance de abrir o placar, mas Orsolini teve seu primeiro pênalti defendido na carreira, por Okoye – para o goleiro, não foi o suficiente. Até então, Orso só desperdiçara cobrando para fora.

Italiano ajustou taticamente o seu time no intervalo e, logo na volta, chegou a dois gols seguidos. Pisando na área, Pobega abriu o placar e, aproveitando um vacilo da saída de bola bianconera, fez o segundo. Fabbian ainda perdeu uma grande chance antes de Bernardeschi fechar o placar da vitória tranquila, se valendo de mais uma trapalhada dos friulanos.

David Neres se livrou de incômodo jejum e liderou o Napoli na vitória sobre a Atalanta (Reuters)

Fiorentina 1-1 Juventus

Gols e assistências: Mandragora (Kean); Kostic
Tops: Kean (Fiorentina) e Kostic (Juventus)
Flops: Pablo Marí (Fiorentina) e Vlahovic (Juventus)

O duelo da melancolia. Em um empate que não ajudou nenhuma das equipes, Fiorentina e Juventus fizeram um jogo que teve ares de mais do mesmo. Não só um pobre futebol por parte dos visitantes, mas também a repetição de episódios lamentáveis: novamente, Vlahovic foi alvo de gritos discriminatórios de uma parcela da torcida violeta, e o capitão Ranieri precisou repreender os próprios ultras para a bola voltar a rolar no Artemio Franchi.

Vlahovic, aliás, segue sua sina de não jogar bem contra sua antiga equipe. Quando teve a chance de desencantar, a arbitragem notou que foi ele a puxar Pablo Marí e tentar cavar um pênalti que chegou a ser marcado em campo. O sérvio até ganhou todas do espanhol, mas também chegou a desperdiçar um gol cara a cara com De Gea, até driblando o espanhol antes de hesitar novamente e não marcar. Depois, sumiu.

Kostic, seu compatriota, aproveitou a chance como titular e abriu a conta pouco antes do intervalo, com uma pancada de fora da área. Logo na volta, lei do ex em dose dupla: Kean ajeitou para Mandragora devolver na mesma moeda, com outro golaço. Renovada no segundo tempo, a Fiorentina passou a jogar bem e quase ampliou, parando em defesaça de Di Gregorio. Após a entrada de Francisco Conceição, os bianconeri melhoraram no confronto, mas não o suficiente para conseguir os três pontos. No fim das contas, a Viola viu a luz no fim do túnel em seu segundo jogo sob as ordens de Paolo Vanoli, mas precisa vencer: são 12 rodadas sem triunfos, algo que jamais havia acontecido em sua história. E salvar-se do rebaixamento com aproveitamento tão baixo a esta altura é algo para poucos.

Lazio 2-0 Lecce

Gols e assistências: Guendouzi (Basic) e Noslin
Tops: Guendouzi e Basic (Lazio)
Flops: Camarda e Veiga (Lecce)

Protocolar. Pela quinta vez nas últimas seis rodadas, a Lazio não sofreu gols, e, nesta ocasião, venceu com tranquilidade. Com ótimo aproveitamento em casa, os homens de Maurizio Sarri criaram o suficiente para terem até uma margem maior contra os salentinos, mas só conseguiram marcar o segundo no momento que a partida começava a ficar mais traiçoeira.

Nos primeiros cinco minutos, um susto: Sottil abriu o placar, mas acabou deixando uma mão na cara de Isaksen, o que anulou o gol do Lecce. Aliás, durante todo o jogo, a arbitragem de Alberto Ruben Arena foi confusa e até mesmo omissa em situações de fáceis resoluções sem checagem do VAR, como a óbvia invalidação do tento de Dia. Felizmente, as indecisões do apitador não influenciaram o resultado.

Guendouzi, bastante participativo, abriu o placar na etapa inicial, após cruzamento de Basic. Foi a terceira participação em gols do croata, que só está sendo aproveitado pelo fato de a Lazio não ter podido contratar ninguém na janela de verão – o meia igualou sua melhor temporada no quesito pelos celestes em apenas oito jogos. Já nos acréscimos da partida, Noslin liquidou o confronto em ligação direta de Provedel, pegando a defesa adversária de calças curtas.

Bernardeschi marcou seu primeiro gol desde que voltou à Itália e ajudou o Bologna a seguir brigando no topo da tabela (Getty)

Torino 1-5 Como

Gols e assistências: Vlasic (pênalti); Addai (Rodríguez), Addai (Rodríguez), Ramón (Perrone), Paz (Perrone) e Baturina
Tops: Addai e Perrone (Como)
Flops: Tameze e Maripán (Torino)

Chegando a 11 jogos de invencibilidade, 10 na Serie A, o Como voltou a vencer depois de dois empates sem gols e em grande estilo: jamais havia somado 21 pontos após após 12 rodadas do campeonato e pela primeira vez marcou cinco gols numa partida como visitante no certame. Com domínio completo, precisou de um primeiro tento para desbloquear a defesa do Torino e empilhar bolas na rede do time de Marco Baroni. Com a vitória, os lariani passaram a Juventus, assumiram um posto entre os seis primeiros colocados e entraram na zona de classificação para competições europeias, que é o seu grande objetivo da temporada.

Apostando na velocidade nas extremidades, Rodríguez e Addai foram bastante participativos. Depois de Morata perder uma grande chance, o holandês não desperdiçou após ótima jogada do garoto espanhol. Antes do intervalo, Vlasic empatou para os granata de pênalti, na única boa chance dos donos da casa. Daí, foi só ladeira abaixo para os mandantes, o que levou a torcida a emendar mais uma forte contestação ao presidente Urbano Cairo, que via o jogo dos camarotes.

Preciso, o Como voltou do vestiário e fez valer a diferença entre as equipes. Addai, de novo, fez o segundo com um belo chute no cantinho – logo após, Rodríguez, garçom por duas vezes e autor do pênalti para o Toro, perdeu uma chance inacreditável. Ramón, em excelente cruzamento de Perrone, marcou seu primeiro gol na Serie A. O volante argentino apareceria de novo, desta vez servindo o compatriota Paz, que se juntou as artilheiros da liga ao marcar o quarto de sua equipe e seu quinto no torneio. Fechando a goleada, Baturina foi mais um a desencantar em solo italiano.

Cagliari 3-3 Genoa

Gols e assistências: Borrelli (Palestra), Esposito (Deiola) e Borrelli (Zappa); Vitinha (Colombo), Østigard (Thorsby) e Martín
Tops: Borrelli (Cagliari) e Vitinha (Genoa)
Flops: Caprile (Cagliari) e Norton-Cuffy (Genoa)

Se faltaram gols nas últimas rodadas, Cagliari e Genoa abriram a 12ª jornada com um espetáculo de seis bolas nas redes, considerando um primeiro tempo especialmente agitado. Brigando pela vaga no time titular, Borrelli anotou uma doppietta, fazendo valer seu bom jogo aéreo e altura. Atuando em dupla, fez boa parceria com Esposito, que também deixou o seu.

No entanto, quem abriu a conta foram os visitantes. Bastante participativo em todo o duelo, Vitinha inaugurou o placar. Depois, começou a artilharia aérea: Palestra cruzou alto e Borrelli empatou na Sardenha. O Genoa devolveu em uma lance de futevôlei: sem deixar cair, Malinovskyi inverteu para Thorsby, que passou de primeira para Ostigard completar – pela terceira rodada consecutiva, o zagueiro norueguês colocou uma pelota na casinha.

Antes do intervalo, Borrelli escorou para Deiola, que encontrou Esposito. Com classe, o atacante tirou de Leali com um belo chute de trivela. A segunda etapa foi mais tensa, mas com Cagliari continuando a explorar o jogo aéreo de seu centroavante: em cruzamento longo de Zappa, o camisa 29 marcou novamente de cabeça. Só que, nos minutos finais, Martín lançou na área, Caprile saiu mal, foi traído pelo quique da bola e foi encoberto. Uma infelicidade para um dos melhores goleiros do campeonato, que custou pontos importantes aos isolani.

Contra a Fiorentina, sua antiga equipe, Vlahovic deu sequência a sua sina de más atuações em Florença (Getty)

Verona 1-2 Parma

Gols e assistências: Giovane (Mosquera); Pellegrino e Pellegrino
Tops: Pellegrino e Sørensen (Parma)
Flops: Giovane e Nelsson (Verona)

O clássico de Turim terminou sem gols e, apesar de disputado, com um sabor insosso. A Juventus teve mais posse e tentou impor o ritmo desde o início, repetindo quase toda a escalação usada contra o Sporting, enquanto o Torino concentrou esforços em se defender a tentar algo no contra-ataque, o que quase deu certo. A equipe de Luciano Spalletti buscou continuidade ao manter praticamente o mesmo onze inicial usado no meio da semana, e Marco Baroni – suspenso e substituído pelo auxiliar Leonardo Colucci – ajustou o time com Ngonge ao lado de Simeone para gerar mobilidade na frente. No entanto, apesar de investidas pontuais, a primeira etapa ficou marcada pela dificuldade dos bianconeri em transformar o volume ofensivo em situações claras, já que foram barrados por intervenções precisas de Maripán, Pedersen e Ismajli.

O jogo ganhou mais energia após o intervalo, mas a partida seguiu amarrada. Spalletti precisou trocar Rugani, que sentiu, por Gatti, enquanto o Torino lançou Asllani e Adams. As substituições funcionaram para o Toro que, com 47 minutos, chegou a balançar as redes com Simeone – porém, o atacante estava impedido no lance. Adams, que entrou muito bem, também obrigou Di Gregorio a operar um milagre aos 61. Após escapar de Gatti e Koopmeiners – atuando novamente na zaga –, o camisa 19 finalizou rasteiro e viu o goleiro italiano impedir o que seria o primeiro gol da partida. A Juventus, desgastada pela sequência recente, começou a errar passes simples, permitindo mais alguns avanços do seu rival. O lance serviu como alerta para os donos da casa, que responderam pouco depois em cabeceio perigoso de McKennie, bloqueado por Paleari, estrela do clássico.

Nos minutos finais, a Juventus melhorou na criação após as entradas de Zhegrova. Yildiz, mais uma vez, ficou abaixo do esperado. Com isso, a Velha Senhora ficou na habitual pressão, abusando dos cruzamentos, raramente eficazes, enquanto o Torino procurava ficar com a bola e controlar a pressão. Melhor para os visitantes, que com o empate, mantiveram sua sequência positiva. Do outro lado, restou a frustração bianconera diante de mais uma chance desperdiçada na perseguição ao topo da liga.

Sassuolo 2-2 Pisa

Gols e assistências: Matic e Thorstvedt (Volpato); Nzola (pênalti) e Meister (Moreo)
Tops: Thorstvedt (Sassuolo) e Meister (Pisa)
Flops: Candé (Sassuolo) e Tramoni (Pisa)

Apesar de ter feito uma partida bem madura, o Pisa ainda não conseguiu sua primeira vitória fora de casa na Serie A. Seria a segunda consecutiva no campeonato, e o time abriria cinco pontos para a zona de rebaixamento. Porém, a formação nerazzurra cedeu à pressão do Sassuolo no último lance e, embora tenha ampliado a sequência de invencibilidade para seis rodadas, deixou o campo com um gosto amargo na boca. Já a equipe da casa conseguiu um ponto no Mapei Stadium, mas emendou o terceiro jogo consecutivo sem triunfos como mandante.

Logo nos primeiros cinco segundos, um recorde: Candé fez o pênalti mais rápido da história da Serie A ao derrubar Touré dentro da área. Com categoria, Nzola colocou no ângulo, mas a vantagem foi embora tão rapidamente como veio. Matic, em sobra de cruzamento na área, acertou um belíssimo voleio para empatar.

Mudando a dupla de ataque, com experiente Moreo e jovem Meister, a equipe de Alberto Gilardino voltou à frente do placar. O dinamarquês recebeu do italiano na ponta esquerda, foi para cima da marcação e contou com um chute desviado em Muharemovic para superar Muric. Cozinhando o confronto, o Pisa vacilou nos instantes finais, quando Volpato conseguiu espaço para cruzar e encontrar Thorstvedt dentro área.

Seleção da rodada

Maignan (Milan); Wesley (Roma), Heggem (Bologna), Ramón (Como), Miranda (Bologna); Addai (Como), Pobega (Bologna), Perrone (Como), David Neres (Napoli); Borrelli (Cagliari), Pellegrino (Parma). Técnico: Cesc Fàbregas (Como).

Compartilhe!

Deixe um comentário