A campanha
3ª colocação. 17 jogos, 35 pontos. 10 vitórias, 5 empates, 2 derrotas. 33 gols marcados, 15 sofridos. O time-base
Buffon, Grygera, Legrottaglie, Chiellini, Molinaro; Salihamidzic, Zanetti, Nocerino, Nedved; Del Piero, Trezeguet.
O comandante
Claudio Ranieri. Surpresa: se sua contratação foi seriamente questionada (e por duas vezes) em 2007, Ranieri deu a volta por cima e se superou em ambas. No fim da última temporada, criou as condições para que o trio Morfeo-Rossi-Budan salvasse o Parma do rebaixamento. O feito lhe garantiu o banco de reservas da Juventus, no lugar de Deschamps, que não teve seu contrato renovado. No comando de um elenco recheado de jovens, mostrou que, definitivamente, é esse seu estilo de trabalho – não com uma penca de jogadores milionários, como foi no Chelsea e em sua segunda passagem pelo Valencia.
O herói
Cristiano Zanetti, meio-campista. Podia estar aqui Del Piero, Trezeguet ou Buffon. Mas falar de algum desses ídolos da torcida é chover no molhado. Até por isso o herói do semestre é Zanetti, temporada irretocável até aqui: a cereja do bolo foi a partida contra a Lazio, quando assistiu para gols de Delpi com dois lançamentos precisos. Se Tiago e Almirón haviam sido contratados para assumir a titularidade, Zanetti logo formou uma dupla afinada com o jovem Nocerino, de grande poder de marcação e boa qualidade na saída de bola.
O vilão
Tiago, meio-campista. O português foi a contratação de classe que a Juve buscou para se adaptar de forma rápida à Serie A. Destaque pela seleção nacional e pelo Benfica, Tiago havia decepcionado no Lyon e no Chelsea e chegava para dar a volta por cima. O resultado? Inadaptado, já especula-se sua saída ainda em janeiro para o Tottenham. Seu parceiro potencial, Almirón, também merece o posto pelo tamanho de esperança que depositava nele a torcida.
A perspectiva
Luta pelo título. Pode parecer pretensioso, mas, queiram ou rivais ou não, a Juventus sempre luta por títulos. O time se encaixou rápido ao esquema de jogo de Ranieri, mesmo abatido por lesões de peças-chave como as de Salihamidzic e Grygera, e só passou uma das 17 primeiras rodadas de fora da zona de classificação para a Liga dos Campeões. Como a vaga deverá ser conquistada sem muito esforço e com alguma antecedência, resta à Juve torcer por tropeços de Inter e Roma na competição nacional para que possa sair desabalada rumo ao título. Improvável, é claro. Mas, por ser a Juventus, não é impossível.
Nenhuma linha sobre a Juve ser garfada no fim-de-semana, alguns posts acima deste… mas aqui, tinha que insinuar a arbitragem, hein!
A Juve não leva o título. De jeito nenhum. Não só pelo elenco superior da Inter. Mas pelo Ranieri, que tem a capacidade de ser pior que o Mancini.