Viareggio, cidadezinha da Toscana banhada pelo mar Lígure, é conhecida internacionalmente por seu carnaval, considerado por muitos o mais importante da Europa. Enquanto a festa toma as ruas, o Torneo di Viareggio, também chamado de Coppa Carnevale, é destaque nos noticiários esportivos. Porém não com a devida importância, como ocorre também com a Copa SP de Juniores. Reconhecido por CONI (Comitê Olímpico Italiano), FIGC (Federação Italiana de Futebol), FIFA e UEFA, 2008 verá a 60ª edição de um torneio que começou com dez equipes, representando quatro times e seis bares, entre estes o campeão Lencioni. A partir de sua segunda edição, em 1949, o torneio se oficializou e ficou marcado pela exclusividade na inscrição de atletas sub-21 e pela participação de times estrangeiros: o hoje extinto tchecoslovaco Dukla Praha venceu seis vezes entre as décadas de 60 e 70. Em 1978, aliás, participou da competição um time de Pequim, representando o primeiro contato esportivo da China comunista com a Europa ocidental. Já em 1966 havia pisado em Viareggio o Burevenstnik, de Moscou, primeiro time soviético em campos italianos. Muita gente que se consagraria alguns anos depois, antes fez sucesso em Viareggio e suas cinco décadas de história. Giovanni Trapattoni, técnico da seleção italiana por seis anos, era titular do Milan bicampeão em 1959 e 60. Giancarlo Antognoni, para muitos o maior jogador da história da Fiorentina, foi contratado após destacar-se em Viareggio pela pequena Asti. Francesco Totti e Giuseppe Giannini, últimos dois grandes ídolos da Roma, fizeram sucesso também no litoral antes de se profissionalizar na capital. O primeiro time brasileiro a disputar o torneio foi o Palmeiras, em 1983. Brasileiros, porém, não costumam se dar bem em Viareggio. A melhor participação de um time nacional foi a Sociedade Esportiva Irineu, de Joinville, interior de Santa Catarina, derrotado pelo Torino na final de 1998. No último ano, o Santos enviou time para a competição, mas caiu nas oitavas-de-final: classificou-se no grupo de Milan, Siena e A.P.I.A. Leichhardt, mas foi logo eliminado pela Sampdoria. O Torneo di Viareggio em 2008 manterá o sistema do último ano: 48 times divididos em doze grupos. Classificam-se os primeiros de cada e os quatro melhores segundos colocados. O Genoa, atual campeão, abre o torneio contra o Tottenham, em 28 de janeiro. A final está prevista para 11 de fevereiro. Neste período, as competições juvenis italianas estarão suspensas para os 29 times italianos preparem-se para a competição frente aos 19 estrangeiros. Internazionale, Anderlecht, Sampdoria e Fiorentina são os times com mais chances, mas muita gente tradicional corre por fora. Não há perspectiva concreta de transmissão no Brasil.
Grupo 1
Genoa (Itália), Tottenham (Inglaterra), A.P.I.A. Leichhardt (Austrália), Cisco Roma (Itália) Os atuais campeões não devem encontrar muitos problemas para passar de fase. O Genoa, apesar do sucesso no ano passado, alterou o comando técnico: Luca Chiappino assumiu no lugar de Vincenzo Torrente. O atacante argentino Ledesma, remanescente do último título, é o principal nome da instável geração grifone que contará também com Martucci e Rondinara. As perspectivas não são lá muito animadoras e o terceiro título é bastante improvável. O Tottenham tende a ser o grande rival pela vaga nas oitavas. Os spurs, que tiveram sua última boa fornada no início da década de 1990, quando revelou nomes como Campbell, Carr e Walker, fazem boa campanha na Premier Academy League. As maiores esperanças estão nos pés do armador Davis, de passagem pelas seleções inglesas sub-17 e sub-18. O A.P.I.A. vem apenas com a missão de melhorar seu retrospecto: no ano passado, três jogos, nenhum ponto, nenhum gol marcado e dez sofridos. A Cisco Roma, terceiro time da capital italiana, mandará um grupo mais jovem, com jogadores de até dezoito anos. Grupo 2
Juventus (Itália), Pumas UNAM (México), International Allies (Gana), Massese (Itália) Ultimamente, não dá para falar de Viareggio sem falar de Juventus. Nos últimos cinco anos, o time de Vinovo venceu três e foi vice-campeão de outro. A Juve vem em ritmo forte no campeonato Primavera, liderando seu grupo com folga. Após decepcionar em Viareggio, ano passado, ao cair nas oitavas-de-final para o Piacenza, o time volta a mirar a final: os meias Castiglia e Esposito, que já chegaram a treinar entre os profissionais, são os principais nomes da geração comandada por Vincenzo Chiarenza. Lutando contra o possível domínio bianconero no grupo está o Pumas UNAM, que volta a representar o México após mais de uma década de ausência. O ofensivo lateral-direito Medina é a grande aposta, enquanto o talentoso – porém temperamental – meia Cabrera pode pôr tudo a perder. Já o Allies, pela primeira vez na competição, tende a repetir o feito dos senegaleses do Cambérène, ano passado, saindo sem marcar pontos. A Massese de Niccolai Giuliano deve apenas compor grupo: a última grande revelação do clube foi Chinaglia, atacante da Lazio na década de 1970. Grupo 3
Milan (Itália), Belasica (Macedônia), Malaysian (Malásia), Cesena (Itália) Os resultados recentes do Milan em sua base são algo preocupante para um clube tão estruturado desde suas categorias mais jovens. O time foi eliminado ainda na fase de grupos de Viareggio, ano passado. Nesta temporada, tem sofrido para se manter na luta pela classificação para as oitavas-de-final do campeonato Primavera. Alguns jogadores que disputarão Viareggio já estrearam pelo time principal, na Coppa Italia. O atacante Paloschi inclusive foi às redes contra o Catania. Decerto o Milan já formou gerações melhores e Filippo Galli terá problemas em ambicionar algo mais que passar das quartas-de-final. Pouco para quem já venceu o torneio por oito vezes. O Belasica, de Strumica, estreará na competição. O clube, hoje na segunda divisão macedônia, é o berço do atacante Pandev, atualmente na Lazio. O Cesena, campeão de Viareggio em 1990 sobre o Napoli, revelou bons jogadores em seus tempos de Serie A, como Rizzitelli, Fontana e Ambrosini. A geração deste ano volta a prometer: na Coppa Primavera, de tiro curto, o time alcançou bons resultados, tirando a dupla Lazio e Roma da competição. Destaque para a sólida dupla de zaga formada por Ceccarelli e Del Vecchio. Do Malaysian Indian não foi possível colher informações. Grupo 4
Atalanta (Itália), Újpest (Hungria), Midtjylland (Dinamarca), Sansovino (Itália) A Atalanta é tida como um dos melhores celeiros de jogadores na Europa. Segundo um estudo de Coverciano, é o time que mais revelou jogadores para a Serie A. O time de Bérgamo tem dois títulos em Viareggio, o último em 1993, batendo o Milan. Na atual temporada, faz boa campanha no campeonato Primavera, e hoje estaria classificada para as oitavas-de-final do torneio. Com jogadores sem muita badalação, porém efetivos, esta Atalanta pode ir longe apostando em sua tradição em torneios juvenis. Alessio Pala comandará uma equipe traiçoeira, que atrai o adversário antes de desferir o golpe final, num jogo que não enche os olhos. O goleiro Andreoletti é o principal nome do time. Os húngaros do Újpest são uma incógnita. Até o fechamento deste preview ainda não havia sido decidido se Korcsmár, da seleção húngara sub-21, será inscrito no torneio. O meia passou quinze dias em testes no West Ham, em dezembro, mas voltou para o Újpest, onde é titular. Caso confirme as expectativas e permaneça para a disputa do campeonato húngaro, seu substituto tende a ser Viktor Mundi, filho do técnico que comanda as categorias de base do clube. O Midtjylland é um clube jovem e tem conquistado seu espaço rapidamente. Em sua estréia em Viareggio, aposta na categoria do zagueiro Kjær, que atraiu a atenção do Liverpool há pouco tempo e no goleiro Weinkouff, titular em seguidas seleções de base dinamarquesas. O Sansovino, da Serie C2, deve ser o fiel da balança. Grupo 5
Empoli (Itália), River Plate (Argentina), Cambérène (Senegal), CuoioCappiano (Itália) O Empoli tem conseguido bons resultados em Viareggio. Foi campeão do torneio em 2000, revelando Marchionni, e vice em 2004. O time de Ettore Donati, porém, será bem diferente daquele que alcançou o terceiro lugar no último ano. O atacante Caturano, da seleção italiana sub-19, tende a receber os holofotes da mídia local. O também atacante Mchedlidze, georgiano, pode ser a surpresa do time. Ele já possui dois jogos pela seleção principal de seu país, tendo estreado contra a Itália. Contra a Escócia, marcou seu primeiro gol como profissional. Os zagueiros Malacarne e Curuchet são os destaques do River Plate. O primeiro já fez experiências no Ajax, enquanto o segundo despertou o interesse do Atlético de Madrid e é capitão da seleção argentina sub-17. O goleiro Sand, titular da mesma seleção, completa o trio de ouro da defesa millionaria. Se a base deve ser o futuro de um River que não vem bem no time principal, não há hora melhor para provar a capacidade. O Cambérène, de péssima campanha no último ano, não havia anunciado sua lista de convocados até o fechamento desde preview. Mas uma perda já é real: Diakhaté, melhor jogador do time no torneio passado, foi contratado pela Fiorentina. O CuoioCappiano, que revelou Cristiano Lucarelli no início da década passada, completa o grupo. Grupo 6
Roma (Itália), Shakhtar Donetsk (Ucrânia), Siena (Itália), Ascoli (Itália) A Roma encabeça o grupo da morte: por mais que as apostas apontem a passagem dos giallorossi, a tarefa será bastante complicada. O grupo comandado por Alberto De Rossi não consegue convencer no campeonato Primavera, e hoje estaria de fora da próxima fase. Talvez inspirado no time principal, os jovens romanistas fazem um jogo fluido e ofensivo quando estão com a bola; mas, sem ela, demonstra insegurança. O ponto forte do time é o meio-campo, com Unal e Massimo pelo centro e Della Pena e Marangon pelos lados. O último é o irmão mais novo do goleiro Doni. O principal rival da Roma pela vaga deverá ser o Ascoli. O time tem um aproveitamento de mais de 80% no campeonato Primavera, liderando com folga o grupo onde a Roma passa sufoco. O zagueiro francês N’Siabamfumu e o atacante letão Gauracs fazem parte do novo projeto do Ascoli, que busca jovens talentos para reforçar o time desde a base. O vice-líder do grupo no campeonato Primavera é justo o Siena. Os garotos de Marco Baroni, em 2006, alcançaram a quarta colocação em Viareggio. O atacante Prandelli faz as vezes de artilheiro do time. O Shakhtar, até o encerramento do preview, não havia anunciado seus convocados para a competição. Grupo 7
Vicenza (Itália), Sparta Praha (República Tcheca), Anderlecht (Bélgica), Pergocrema (Itália) Se algum italiano não é aposta fácil, é neste grupo. Tradição em Viareggio não falta para o Vicenza, que venceu dois títulos e chegou a uma final, ainda em seus tempos de Lanerossi. A questão é que o próprio time mostra, ano após ano, que camisa não tem sido o suficiente. O Sparta Praha pode surpreender e até mesmo ficar à frente do Vicenza, pois os biancorossi não tiveram a sorte de encontrar o mesmo sorteio do ano passado. Já o Anderlecht tem tradição em investir na própria base e de lá tirar jogadores para dominar o cenário belga. O ano do centenário não é diferente, e as ambições passam por Viareggio, jamais conquistado. No ano passado, o time caiu nas semifinais para a Roma e adiou o sonho do time de René Peeters. Neste ano, as apostas recaem sobre os meias Ciza e Hamdan e o atacante norueguês Snorrason. O outro representante italiano do grupo é o Pergocrema, cujo único grande feito foi revelar Attilio Lombardo no início da década de 1980. Grupo 8
Sampdoria (Itália), Guaraní (Paraguai), Parma (Itália), Benevento (Itália) A Sampdoria retomou sua boa fase nos principais torneios juvenis: no último ano, chegou até as quartas-de-final em Viareggio e foi vice-campeã do campeonato Primavera. Nesta temporada, faz ótima campanha no torneio e no fim de fevereiro decidirá uma vaga nas semifinais da Coppa Primavera com a Fiorentina, na qual saiu em vantagem. Os doriani, comandados por Fulvio Pea, têm no meia-esquerda húngaro Koman seu principal jogador. O goleiro Fiorillo e o habilidoso atacante ítalo-americano Ferrari também são destaques da ótima geração da Sampdoria, que tem quatro títulos de Viareggio em sua história. O Guaraní sai direto da Copa Santiago para o carnaval italiano: no torneio disputado no interior do Rio Grande do Sul, os legendarios terminaram na quarta colocação, ao cair para o Grêmio nas semifinais e perder para o Cruzeiro na disputa pelo terceiro lugar. Destacaram-se os irmãos William e Robert Santacruz. O Parma, vice-campeão em 1996, corre por fora na luta pela vaga nas oitavas: destaque para o goleiro Corradini e o meia Galli, ambos da seleção italiana sub-19, e o artilheiro Prijović, da seleção sérvia da mesma categoria. O simpático Benevento, por outro lado, não deve incomodar ninguém e manter-se apenas representando a cidade das bruxas. Grupo 9
Fiorentina (Itália), Interblock Ljubljana (Eslovênia), New York Stars (Estados Unidos), Sambenedettese (Itália) A Fiorentina é, ao lado do Milan, o time com maior número de conquistas na competição: oito títulos, cada. E neste ano volta a mirar o título, nas mãos do técnico Alberto Bollini. O goleiro Seculin, destaque no Alto Adige, foi contratado nos últimos dias, estreou neste sábado e deve ser titular em Viareggio. No elenco, há muitos jogadores que habitualmente treinam entre os profissionais viola, como Tagliani, Hable e Lepiller. Mas a grande estrela é o atacante Di Carmine, que inclusive já marcou gol na Copa da Uefa. A Fiorentina deve passar com tranqüilidade da fase de grupos. O primeiro representante esloveno da história da competição, a Interblock Ljubljana, já sem chance de título no campeonato local, liberará quatro jogadores profissionais para o time que disputará Viareggio. O técnico Dragana Skočića contará com Rozman, Rujović, Salkić e Gerić na tentativa de assalto à vaga nas oitavas-de-final. O New York Stars, não federado à MLS, retorna na tentativa de apagar a má impressão criada no ano passado, quando levou oito gols do Genoa em um jogo e despediu-se na lanterna. Já a Sambenedettese entrará em campo para evitar um vexame, e para isso contará com uma dezena de jogadores de San Benedetto del Tronto. Grupo 10
Torino (Itália), Spartak Moscou (Rússia), Rimini (Itália), Castelnuovo (Itália) Ótima defesa e péssimo ataque: eis o Torino que entrará em campo em busca de seu sétimo título na competição – o último saiu em 1998, e depois disso os rivais da Juve já venceram por três vezes, para desespero dos granata. Giuseppe Scienza deverá apostar na presença solitária de Lo Bosco no ataque, de forma a garantir a solidez defensiva que tem sido marca desse Torino no campeonato Primavera. Na ligação, deverá estar o ágil francês Malonga, já na equipe principal. O Spartak deve apostar suas fichas no meia Grigoriev, que disputou o último Europeu sub-17 pela seleção russa. No ano passado, os russos chegaram até as quartas-de-final e só caíram para o futuro campeão Genoa na prorrogação. O Rimini de Luca Righetti, decepção no campeonato Primavera, deverá se apoiar no zagueiro Nanni, capitão, na base do clube desde 2001. As esperanças de gol estarão nos pés (e na cabeça) do centroavante De Vincenzi. O toscano Castelnuovo se dará por satisfeito apenas por disputar a competição graças à geografia: a cidade fica a pouco mais de uma hora de carro de Viareggio. Grupo 11
Internazionale (Itália), Olympiacos (Grécia), Reggina (Itália), Piacenza (Itália) Na Inter, os principais nomes do último ano amadureceram e se uniram a novas promessas. A prolífica dupla de ataque Balotelli-Napoli é o carro-chefe de um time equilibrado e com bons jogadores em todos os setores, como o lateral-esquerdo montenegrino Fatić e o meia húngaro Filkor. Os dois últimos já estrearam por suas seleções nacionais. Os nerazurri, comandados por Vincenzo Esposito, estão na linha de frente dos times que buscam o título em Viareggio, que não vem desde 2002. O atacante Balotelli, aliás, é um dos grandes candidatos a craque da competição: em seu primeiro jogo como titular na equipe principal da Inter, marcou dois gols, contra a Reggina. O Olympiacos não deve oferecer muita resistência ao time de Via Durini. O lateral Papadopoulos é o nome mais conhecido do elenco grego, já tendo jogado seis partidas pela liga grega, entre os profissionais. A Reggina, que vem com má campanha no campeonato Primavera, deve manter seus bons jovens elegíveis para Viareggio no time principal, como Montiel e Ceravolo. O técnico Roberto Breda apostará no habilidoso atacante romeno Khoris e no rápido húngaro Szatmári. Já o Piacenza conta com os gols de Bruni para tentar surpreender e voltar a se classificar para as oitavas, como no ano passado. Grupo 12
Lazio (Itália), Pakhtakor (Uzbequistão), Novara (Itália), Combinado Serie D (Itália) A Lazio, aos trancos e barrancos, tem feito boa campanha no campeonato Primavera. O time é liderado em campo por Tuia, zagueiro já comparado a ninguém menos que Nesta. No meio-campo, quem desequilibra é Mancini, mas qualquer semelhança com o atual técnico da Inter é mera coincidência. Em novembro, Mancini marcou três gols no dérbi da Primavera e ganhou destaque: o único a alcançar o feito até então havia sido Bruno Giordano. Os biancocelesti podem surpreender. O Pakhtakor, que domina o cenário do futebol uzbeque, volta para Viareggio após estrear na competição no ano passado. O torneio deverá servir para a observação dos jovens do clube, que retorna das férias nas próximas semanas. O Novara contará com o goleiro Magnani e o lateral Casetta, ambos especulados recentemente na Fiorentina. Já o combinado da Serie D reunirá os melhores jovens daquela que é relativa à quinta divisão italiana, apenas com jogadores amadores, comandados por Agenore Maurizi. Braitner Moreira e Mateus Ribeirete, originalmente para o Olheiros.
“O atacante Balotelli, aliás, é um dos grandes candidatos a craque da competição: em seu primeiro jogo como titular na equipe principal da Inter, marcou dois gols, contra a Reggina.”
E ontem classificou a Inter pela Coppa, mais 2 contra a Juve. Caraio, nao?!