Brasil e Argentina são francos favoritos ao título olímpico em Pequim. Pelo menos é o que a maioria esmagadora da imprensa acredita. Não é, entretanto, um palpite infundado, uma vez que ambas equipes possuem muita qualidade e jogadores com grande habilidade individual. Verdade também que o Brasil pode ser considerado ‘menos favorito’, principalmente pela imprensa doméstica, em grande parte pelo histórico na competição.
Os verde-amarelos vêm com uma tradição negativa de amarelar nas olimpíadas. Querendo admitir ou não, é fato. Não obstante, além da desconfiança de sempre fica também a velha esperança do “agora vai!”. A imprensa, por outro lado, já se encontra com menos ceticismo quanto às chances argentinas. Os hermanos vêm em busca do bi e contam com jogadores decisivos, que por sinal mostraram seu valor logo no primeiro jogo.
Mas peraí?! Por que esse mala ta escrevendo tudo isso se o assunto do blog é o Calcio?
Relaxem, minha inatividade no blog ainda não me fez esquecer qual é o carro-chefe daqui. Apenas iniciei assim para mostrar que podemos ver algum paralelismo entre a seleção italiana e as já supra-citadas no decorrer dessa competição. Apesar de chegar com menos badalação nas Olimpíadas, a equipe italiana mostra um desempenho que agrada. Como já apontado aqui pelos meus companheiros de QT, o selecionado da bota tem potencial e jogadores já detentores de uma boa experiência na Serie A.
A primeira grata surpresa olímpica (nem tão surpreendente assim pra quem acompanhou a Serie A 07/08) foi a chabucada de Giovinco, que abriu o placar contra Honduras. Mas fora as prestações individuais, os comandados de Casiraghi em conjunto se saíram muito bem. A defesa mostra segurança, principalmente com as boas atuações dos mediani, que em bastante ajudaram os zagueiros.
Vale relembrar que os dois adversários já enfrentados pela Itália não eram lá tremenda ameaça: Honduras e Coréia do Sul. Mas o placar de 3-0 em ambas partidas deixa o elenco satisfeito e já classificado para a 2ª fase. Veremos agora como os garotos (excluam Rocchi) se portarão diante de Camarões, teoricamente o adversário mais forte do grupo. Apesar de não alcançar ainda a condição de “A Favorita” (e também de não passar todos dias depois do Jornal Nacional), a Itália mostra que parece estar pronta para maiores desafios na competição.