Com as negociações confirmadas entre Roma e Liverpool, a transferência de Alberto Aquilani para os Reds é, teoricamente, questão de tempo. Teoricamente porque – e este é um elemento chave em qualquer discussão que envolva o meia romano – ele está, no momento, lesionado e, portanto, podendo não passar nos exames médicos. Sem manter uma sequência convincente no futebol, Aquilani, cujo potencial já foi mostrado de sobra, sempre foi uma hipótese comentada para uma eventual negociação.
Aos 25 anos, colecionou passagens por seleções de base e principal da Itália. Na Roma, nunca conseguiu ser titular absoluto. Falta de qualidade, entretanto, também nunca foi o problema. Muito superior a David Pizarro, seu principal concorrente no elenco, Aquilani entrou em campo 21 vezes na temporada passada, um número pequeno se levarmos em conta as expectativas acerca de seu futebol. Em 2006/07, foram só 12. Curiosamente, foi num empréstimo à Triestina, durante a temporada 2003/04, que Alberto disputou seu maior número de partidas em uma liga: 41.
A Roma negocia uma de suas raras joias da categoria de base. Uma perda dolorosa pelo simbolismo dos jogadores da casa que tanto é levado em conta na capital. Em campo, contudo, nunca foi possível se acostumar com a presença do camisa oito. Em caso de êxito, a negociação, fechada em aproximadamente 20 milhões de euros, será boa para todos os lados.
Para Aquilani
Ao trocar um clube de segundo escalão da Europa por um dos maiores do continente, o meio-campista conseguirá uma oportunidade excelente para se firmar como jogador de altíssimo nível. Alberto terá a chance de jogar ao lado de Steven Gerrard e servir uma das equipes de maior expressão no planeta. Ao invés de enfrentar o Gent pela Liga Europa, verá muitos comerciais Heineken e ouvirá músicas épicas na Champions League.
Para a Roma
Os giallorossi podem finalmente fazer mercado. Sem dinheiro algum para contratações, era lógica a estratégia romanista: vender para poder comprar. A negociação de hoje já era ventilada havia semanas, sempre tomando como fator decisivo a transferência de Xabi Alonso ao Real Madrid. Quando esta foi confirmada, bastaram menos de 24 horas para a figurinha levemente estrábica de Aquilani surgir no site dos Reds.
Para o Liverpool
A equipe de Rafa Benítez poderá contar com um dos grandes talentos da Itália, capaz de não só substituir à altura como também de superar Xabi Alonso. Para isso, evidentemente, é necessário que suas lesões cessem. Se cessarem, por sinal, os romanistas poderão se agarrar a um rancoroso sentimento de frustração, enquanto que para seu departamento médico não pegará nada bem.
Sabe que o departamento médico da Roma é uma tristeza, e são enormes as chances de Aquilani se recuperar no Liverpool. É absurdo a Roma ter que se desfazer de um jogador como ele… Isso vai ser bom pro Aquilani, e apesar de o Liverpool ser o meu time favorito na Premier, não gostaria de ver o Principino fora da Roma. Resta a noi tifosi lamentar, e só…=/
Mateus, acredito que seu pronunciamento oficial, totalmente desvinculado da paixão giallorossa, mostrou muito bem a realidade desta transferência do Aquilani, principalmente no final enfatizando as três partes, embora as comparações num geral me pareceram um pouco apimentadas com um toque de revés. Eu espero realmente que Alberto tenha um futuro brilhante, mesmo que seja com a camisa do clube que mais odeio dentro da ilhota da rainha (que me faz lembrar os coros da sud: fuck the queen…). Obviamente, meu rancor não será em hipótese nenhuma para Aquibala, que tenho dentro do coração pelo pedaço de história romanista que ele representa em minha vida, mas para os "avermeiados", nos sucessos que obterem aos serviços de albertone, isto certamente.
Aproveito ainda para fazer uma comparação mais sensata, digamos pelo ponto de vista técnico; De Rossi x Aquilani – começaram os dois em 2003, Danielino fez 20 gols em 188 presenças enquanto Alberto 102 e 9 gols. Olhe que estamos comparando um meio campista de retenção que é De Rossi com quase um meia mais avançado (Alberto).
Se falarmos de Azzurra então, são onze presenças e dois gols para Aquibala, contra QUARENTA E OITO e OITO gols de De Rossi.
Quero dizer sabemos o que pesou. Aquilani é um bom jogador? Não se discute. Mas como você bem enfatizou no inicio da sua rúbrica, não é contínuo, e as vezes parece ser alienado. Quer saber? de fé? Esquecendo o lado romano, romanista, mas pensando na Roma, que é o mais importante, acima de tudo; abro aspas, "UM EXCELENTE NEGÓCIO PARA A ROMA, NÃO APENAS BOM", fecho aspas.