Dos 32 times vivos na disputa pelo troféu da Liga Europa, dois são italianos. Ambos têm capitães importantes em sua história, verdadeiras bandeiras que ainda fazem a diferença. Juventus e Roma provaram isso hoje. Enquanto os bianconeri contaram com mais outra grande atuação de um Alessandro Del Piero em grande fase para bater o Ajax por 2 a 1, em Amsterdã, os giallorossi devem ter lamentado a ausência de Francesco Totti na derrota de virada para o Panathinaikos por 3 a 2, em Atenas.
Abrindo a rodada dupla da quinta-feira, Alberto Zaccheroni teve um problema de última hora para montar sua Juventus. Como Cáceres, que tem sido utilizado na direita, teve de ficar de fora, sua ausência abriu espaço para a entrada de De Ceglie na esquerda. Não fez sentido? Pois Zac improvisou Sissoko pela direita de seu 3-4-1-2, puxou Marchisio para o centro e deu a vaga na ala esquerda para De Ceglie. Na defesa, Zébina ganhou outra chance de 45 minutos, já que acabou substituído por Grygera no intervalo depois de uma partida não muito memorável.
Com um time bem mais consciente do que sua média na temporada, a Juventus já se mostra bem mais compacta nas mãos de Zaccheroni. Pode até se “vangloriar” de algo que não existia na gestão de Ciro Ferrara: variação tática. O time saiu do 3-4-1-2, foi para o 4-3-1-2 e para o 4-4-1-1 sentindo pouco as mudanças. Marcou forte, impôs um ritmo mais lento e contou com o poder decisivo dos homens de frente. Não parecia que esta se tornaria a realidade do jogo, quando Diego (em noite apagada) cobrou mal uma falta aos 16 minutos, o que permitiu a Suárez puxar um contra-ataque letal que culminou no gol de Sulejmani. Mas Delpi mostrou suas credenciais aos 31, quando alinhou um toque de calcanhar a uma caneta antes de tocar para De Ceglie que, de primeira, cruzou na cabeça de Amauri.
O empate mostrava bem o que era o jogo e os dois lados tinham boas chances. Diego tinha tido boa oportunidade de marcar pouco antes, em bola de Del Piero, mas Vertonghen e Suárez responderam. Com uma defesa alta, a Juve ainda sofria com os contra-ataques do Ajax, fato alterado no segundo tempo. Com Grygera na lateral-direita, o time de Turim pôde recuar um pouco e trabalhar melhor. Até que o capitão Del Piero acertasse um belíssimo cruzamento para Amauri, no meio da área, virar o jogo aos 12 minutos. Uma noite de gala da dupla, que teve tantos momentos complicados no decorrer da temporada, mas que pelo menos desta vez dormirá tranquila. De Jong ainda teve pelo menos mais quatro boas oportunidades e poderia ter empatado, virado, goleado. Mas o dia era preto e branco. E nem o vermelho de Salihamidzic, nos acréscimos, pôde mudar esta realidade.
Na Grécia, o vermelho continuou em alta por algum tempo, desta vez no bom início da Roma. Logo aos 13 minutos, Riise enviou um de seus tradicionais tirambaços, que desta vez balançou a trave direita de Tzorvas. Aos 28, enquanto o Panathinaikos ia aumentando seu domínio sob a égide do ótimo Ninis, meia-direita de apenas 19 anos, a Roma marcava seu primeiro gol: um belíssimo cucchiaio de Vucinic, que recebeu, parou a bola na entrada da área e encobriu Tzorvas, que nem teve tempo para se levantar. Dez minutos depois, Julio Sergio sentiu o púbis e deu lugar a Doni, no golpe que ajudaria a definir a partida. Se na frente a Roma sentia demais a falta do capitão Totti, substituído por um invisível Júlio Baptista, no meio era De Rossi, il capitan futuro, quem deixava a desejar. No gol, Doni mostraria depois do intervalo porque agora é banco incontestável na capital.
A sorte do time da casa (ou uma competência inacreditável por parte de Nikos Nioplias, treinador dos prasini) deu as caras no segundo tempo. Atrás no placar, Nioplias sacou o volante Katsouranis aos 19 minutos para colocar Salpingidis. Em sua primeira bola, o atacante empatou a partida ao pegar um rebote, livre na pequena área, enquanto Doni só observava. O lateral-esquerdo Spiropoulos ainda derrubaria o recém-entrado Cerci na área para que Pizarro convertesse um pênalti, mas a mão de Nioplias se fez rever pouco depois. Aos 39 minutos, Christodoulopoulos substituiu Ninis e empatou de novo logo na primeira vez em que pegou na bola: uma bela puxeta que passou sob as pernas de um já atônito Doni, que nada pôde fazer quando Burdisso deixou Cissé subir sozinho cinco minutos depois para virar o jogo e decretar o fim de uma invencibilidade romanista que já durava 20 jogos.
Na próxima quinta-feira serão realizados os jogos de volta. A Juventus recebe o Ajax, enquanto o Panathinaikos joga em Roma. O favoritismo ainda está do lado italiano: é quase impossível esperar a vitória holandesa, já que Suárez, capitão da equipe, está suspenso para o confronto; já os gregos terão de superar a ótima campanha romanista dentro do estádio Olímpico para poder sonhar com o empate que os levariam para as oitavas-de-final da Liga Europa.
do comentário que fiz no romanistas.com.br:
Um desastre, um suicidio como diria um colega no Portale Romanista, uma Roma que já estávamos nos esquecendo depois de vinte jogos de invencibilidade, mas bastou Doni jogar no gol, Julio Baptista como titular e Motta na lateral (relembrando suas ultimas apresentações da temporada passada) pra sabermos que os fantásmas de um time medíocre retornaram a escurecer os céus de Trigória. Eu não quero polemizar, mas pra mim basta de jogadores sem brio na Roma. Já são anos que estamos brigando por alguma coisa e sempre morremos na praia com uma copa italia ou uma supercopa e consolo. tudo porque temos debaixo da trave um goleiro que absolutamente não sabe sair do gol. que atrai golaço como diz sempre nosso querido Babalin. Se ele atrai golaço e ainda não aprendeu que a área pertence ao goleiro, é melhor ele fazer as malas e procurar outra turma pra brincar. como se não bastasse fui falar com o irmão do dito cujo e ele simplesmente respondeu revoltado que Doni ganha dois milhões de euros. Confortável isto, não? ganhar dois milhões e jogar pior do que um goleiro que ganha menos da metade. Até quando teremos que suportar contratações medíocres como estas de Doni e Julio Baptista? Até quando teremos que engolir partidas pífias como esta de Atenas, onde saímos duas vezes na frente do marcador e não tivemos capacidade nem mesmo para segurar um empate. O pior disto tudo é que Julio Sergio que vinha demonstrando dignidade debaixo da trave se lesionou e com tudo teremos que aguentar donieber e suas façanhas de atrair gols macabros. Lobont pela amor de Deus!
Não porque eu tenha ficado mais puto com os três acima citados que vou esquecer das manezices de Burdisso; porque mandar a bola pra corner?! Será que não foi suficiente a primeira pastelada no gol de escanteio? Era preciso mais um? E a cobertura no Cisse aos 43 do segundo? O que falar disto? Enfim, De Rossi parece que não estava nada bem, Brighi, Pizarro… enfim, quando JB assume aquele posto o nosso meio campo cai drasticamente também. Parece que fica tudo confuso, porque confuso são as matadas de Baptista, os passes, as divididas, o posicionamento, as arrancadas pra gol… e assim vai. falar de menèz? não vou perder tempo, ele não conseguiu provar nada até agora e não merece nem minha consideração.