o gesto daqui pouco mais de um mês? (Agência EFE)
Na seleção italiana, a carreira de Vincenzo Iaquinta nunca foi das mais brilhantes. A primeira convocação veio só em 2005, já sob o comando de Lippi. Com 25 anos, o atacante passava por uma boa fase na Udinese e mereceu a oportunidade. Entrou no decorrer da partida contra a Islândia, correspondeu e não deixou mais as listas do treinador. Foram mais 34 jogos e apenas cinco gols pela seleção, número baixo para um atacante. Mesmo assim, Iaquinta virou homem de confiança de Lippi e mês que vem participará de sua segunda Copa do Mundo, aos 30 anos.
Nascido em Crotone, Iaquinta começou sua carreira tarde, já com 17 anos, e só foi estrear profissionalmente com 19, pelo Padova, na Serie B. Antes disso, passou dois anos no Reggiolo, time de sua região. Depois de apenas 13 jogos e três gols pelo Padova, foi cedido ao Castel di Sangro, onde, surpreendentemente, alcançou sua primeira convocação para alguma seleção de base. Foi em 1999, quando foi chamado para defender a seleção sub-20. Assim, o atacante ganhou mais notoriedade e foi contratado pela Udinese, em 2000, apenas para compor elenco.
Porém, a raça do jogador encantou treinador e torcida e Iaquinta logo conseguiu a titularidade do time que contava com Muzzi, Margiotta e Sosa para a mesma posição. A partir dali, só ganhou mais espaço no time friulano e a partir de 2003 conseguiu bons números vestindo bianconero. Enquanto isso, terminava sua tímida passagem pelas seleções de base: somando sub-20 e sub-21 foram apenas 15 jogos e dois gols.
Em 2005, finalmente, conseguiu sua primeira convocação para a seleção. Foi após uma grande temporada que colocou a Udinese na Liga dos Campeões. Vestindo azzurro, Iaquinta mostrou o espírito lutador que Marcello Lippi queria ver e não deixou mais a equipe. Seu primeiro gol pela nazionale aconteceu na partida de estreia da Copa de 2006, contra a seleção de Gana. O atacante entrou em campo ainda mais quatro vezes naquela Copa, incluindo semifinal e final. Foi o primeiro título de sua carreira. E, por enquanto, único.
Depois do Mundial, Iaquinta ainda jogou uma boa temporada pela Udinese, antes de ser contratado pela Juve, recém campeã da Serie B. Em Turim, manteve um bom número de gols e o espírito lutador, mas nunca chegou a ser um titular indiscutível. Assim como na seleção, Iaquinta voltou a ser um bom suplente. Ainda em 2008, ficou de fora da disputa da Eurocopa, por causa de uma lesão.
Na atual temporada, o atacante passou a maior parte do tempo do departamento médico e só jogou pela Juve 17 vezes: 14 pela Serie A, duas pela Liga dos Campeões e uma pela Liga Europa. Quando em campo, até que fez boas apresentações, mas não suficientes para sustentarem sua permanência na seleção. É assim que pensa grande parte da imprensa, pelo menos. Com idade já avançada e eficiência abaixo da de concorrentes da mesma posição, a única coisa que prende Iaquinta na seleção parece mesmo ser a lealdade de Lippi pelos campeões de 2006.
Vincenzo Iaquinta
Nascimento: 21 de novembro de 1979, em Crotone, na Itália
Posição: atacante
Clubes: Reggiolo (1996-1997), Padova (1998), Castel di Sangro (1998-2000), Udinese (2000-2007) e Juventus (2007-hoje)
Seleção italiana: 35 jogos, 5 gols
Títulos: Copa do Mundo (2006)