A CAMPANHA Vice-campeã, 80 pontos. 24 vitórias, 8 empates, 6 derrotas. Classificada para a fase de grupos da Liga dos Campeões
FORA DA SERIE A Vice-campeã da Coppa Italia e eliminada na segunda fase da Liga Europa pelo Panathinaikos
O ATAQUE 68 gols, o segundo melhor
A DEFESA 41 gols, a terceira melhor
OS ARTILHEIROS Francesco Totti e Mirko Vucinic (14 gols) e Daniele De Rossi (7)
OS ONIPRESENTES John Arne Riise (36 jogos), Mirko Vucinic (34) e três jogadores (33)
OS TÉCNICOS Luciano Spalletti (até a 2ª rodada) e Claudio Ranieri (a partir da 3ª)
QUEM DECIDIU David Pizarro
QUEM DECEPCIONOU Doni
QUEM SURGIU Julio Sergio
QUEM SUMIU Marco Motta
MELHOR CONTRATAÇÃO Nicolás Burdisso
PIOR CONTRATAÇÃO Bogdan Lobont
NOTA DA TEMPORADA 8
Os cinco pontos perdidos para o Livorno serão lamentados por algum tempo. Os outro cinco para a Sampdoria, também. Talvez não mais que o empate sofrido para o Cagliari nos acréscimos de um jogo que era vencido por 2 a 0. Mas, sob as mãos de Claudio Ranieri, a Roma conjurou um pequeno milagre para confirmar seu 12º vice-campeonato desde o scudetto vencido em 2001, somando Serie A, Coppa Italia e Supercoppa. Os números podem indicar uma certa estagnação, mas o resultado acabou sendo um sério avanço para as expectativas da temporada giallorossa – havia muita gente que duvidasse até de uma classificação para a Liga dos Campeões. A pré-temporada não inspirou confiança. Luciano Spalletti fez que ia, mas ficou para a disputa da Liga Europa. No mercado, recebeu apenas Burdisso e Guberti, apesar de perder Aquilani e Panucci. Na melhor das expectativas, confiou na recuperação total de Totti, Juan e Taddei.
Duas rodadas e duas derrotas depois na Serie A, o técnico surpreendeu e pediu demissão. Ranieri assumiu e terminou o campeonato como treinador de melhor aproveitamento. Apesar do começo trôpego, o romano teve muitos dos méritos da reconstrução de um time desmotivado e complexado, utilizando os mesmo recursos que Spalletti tinha em mãos. Mandou Doni para o banco e “revelou” Julio Sergio, que logo se tornou o melhor goleiro da temporada italiana. Na defesa, ressuscitou Burdisso e Cassetti e aprimorou a fase ofensiva de Riise. Mas o essencial se deu no meio-campo, onde Pizarro fez seu melhor ano desde que chegou à Itália. Nos sete jogos sem El Pek em campo, foram 52% de aproveitamento, contra 74% de quando o chileno foi titular. Fundamental nas triangulações, nos lançamentos e nos passes rápidos, Pizarro esbanjou experiência e foi o mais regular romanista, eclipsando um De Rossi instável em grandes partidas.
No setor ofensivo, Vucinic fez sua melhor temporada em Roma, e Totti também se superou. Os 14 gols de cada um demostra a importância da dupla para a campanha que levou a disputa pelo scudetto até a última rodada. O capitão fez seu menor número de partidas (23) pela Serie A desde 1994-95, mas marcou bastante e deu ótimos passes, além de ter sido um trator nas partidas que disputou pela Liga Europa. Já o montenegrino foi titular absoluto e inquestionável, tanto pela esquerda no 4-2-3-1 quanto no comando de ataque nos dias de 4-3-1-2 ou 4-4-2. Numa Roma que voltou a jogar in memorian, prevendo as próximas movimentações de si mesma, o trabalho anima para o próximo ano, novamente com Ranieri. Mas o elenco já tem a segunda média de idade mais elevada do campeonato e terá de se reformular bastante para, pelo menos, continuar incomodando a Internazionale. E agora, com Adriano.
Essa temporada deve ser elogiada, Ranieri reavivou jogadores que a tempo nao se via jogar bem, o que a Roma precisa é de jogadores que possam substituir a altura, mal ouvi falarem de Brighi nesta temporada, Adriano pode ser oito ou oitenta, só depende dele, resta saber se Toni continuara no elenco ou volta para a Alemanha.Riise tambem merece grande destaque juntamente com Vucinic, Julio Sergio foi o cara.