nas rodadas finais e chega à Copa do Mundo em boa fase (Getty Images)
Importante no Europeu Sub-21 de 2007 e destaque da seleção olímpica, Riccardo Montolivo sempre esteve nos holofotes do futebol italiano. Produto das eficientes categorias de base da Atalanta, o garoto de Caravaggio apareceu para os olheiros do país já aos 15 anos, jogando pela seleção italiana da categoria. A partir daí, vestiu azzurro em todos os níveis. Com 25 anos, o meia de ótimo passe e com visão de jogo acima do comum vai para sua primeira Copa do Mundo.
Sempre com a pressão de tanta expectativa em suas costas, Montolivo estreou como profissional enquanto jogava pela seleção sub-19. Na temporada 2003-04, ganhou espaço numa Atalanta que se redimensionou de uma só vez ao cair para a Serie B, e logo teve de assumir um papel de importância no time que perdera três de seus meio-campistas titulares. Foi essencial no brilhante início de campeonato bergamasco, marcado pelas 24 partidas de invencibilidade: foram 40 jogos, quatro gols e a promoção para a Serie A.
Montolivo também deixou marcas em sua temporada de estreia na primeira divisão. Foram mais 32 partidas na temporada em que a Atalanta voltou a ser rebaixada, mas acabou como um dos poucos a se salvar na campanha. Para custear outro redimensionamento, foi Montolivo o maior sacrifício nerazzurro. Ao fim da temporada, a Fiorentina o contratou em co-propriedade por 3,5 milhões de euros – e resgatariam a outra metade do passe por mais 2 milhões, um ano depois.
Com a concorrência de Fiore e Jiménez, o jovem meia começou a atuar mais recuado para conseguir mais oportunidades. Ainda assim, a titularidade só chegou na temporada seguinte, na campanha de 2006-07 em que a Fiorentina teria terminado na terceira posição, não fosse a dedução dos pontos no escândalo do calciopoli. Fez 36 dos 38 jogos da equipe viola, se qualificou para a disputa da Copa Uefa e alcançou a seleção italiana pela primeira vez, sob o comando de Roberto Donadoni. Mas acabou sendo preterido pelo mesmo técnico para a disputa da Euro 2008, numa decisão polêmica.
Com as saídas de Jorgensen e Dainelli, o camisa 18 assumiu a faixa de capitão da Fiorentina na temporada recém-encerrada e se tornou um dos grandes líderes da equipe. Apesar do mau início de campeonato, Montolivo se recuperou nos jogos da Liga dos Campeões e fez grandes partidas nas rodadas finais da Serie A. O sucessor natural de Pirlo tem rendido bem mais quando atua na regência do meio-campo, mais recuado e com maiores obrigações de armação, e talvez por isso ainda não tenha dado seu melhor jogando pela Nazionale. Contra o Brasil, na Copa das Confederações, jogou pela esquerda no bagunçado 4-3-3 de Lippi e não foi nada bem. No Mundial, resta esperar que seja melhor aproveitado pelo treinador, caso ganhe oportunidades.