Serie A

Parada de Inverno: Brescia

Ataque inoperante: com apenas 12 gols marcados em 17 jogos
fica difícil permanecer na elite (Foto: Getty Images)

Campanha

17ª posição. 17 jogos, 15 pontos. 4 vitórias, 3 empates, 10 derrotas. 12 gols marcados, 21 sofridos.

Maior sequência de vitórias: 3, da 2ª à 4ª rodada

Maior sequência de derrotas: 5, da 5ª à 9ª rodada

Maior sequência de invencibilidade: 3, da 2ª à 4ª rodada

Maior sequência sem vencer: 11, da 5ª à 15ª rodada

Artilheiro: Caracciolo, 5 gols

Fair play: 41 cartões amarelos e 1 vermelho.

Time-base

Sereni; Zébina (Zambelli), Dallamano, Bega, Martínez; Baiocco, Kone, Hetemaj; Diamanti, Eder; Caracciolo.

Treinador

Giuseppe Iachini, até 15ª rodada. Mario Beretta, a partir da 16ª. Iachini foi o técnico responsável por devolver o Brescia à elite do futebol italiano, após cinco temporadas longe. Com essas credenciais, começou o campeonato deste ano com tranquilidade e surpreendeu nas primeiras rodadas, quando os rondinelle chegaram a ocupar a segunda colocação da tabela. Após a quarta rodada, no entanto, o time desandou e a sequência de 11 jogos sem vitórias derrubou o técnico. Para seu lugar, chegou Mario Beretta, que, apesar de não ter mostrado nenhum trabalho consistente até agora (durou só dois meses no PAOK e menos de um no Torino, seus dois últimos clubes), nunca foi rebaixado na Serie A e estreou bem à frente do Brescia. Já é possível notar uma melhora no time.

Destaque

Matteo Sereni. O goleiro chegou após duas grandes temporadas no Torino e está conseguindo manter a boa fase este ano na Serie A. Os 21 gols sofridos até aqui podem ir contra essa afirmação, mas, acredite, poderia ser pior. As grandes defesas do veterano de 35 anos estão salvando o Brescia de goleadas e já o colocam, para alguns especialistas, como um dos melhores goleiros da competição até aqui. Quem também merece destaque é o jovem grego Panagiotis Kone, que chegou para ser uma boa opção no banco, mas que conquistou a titularidade e já acumula 15 participações em 17 jogos.

Decepção

O ataque. Com a aquisição de Diamanti e Éder para fazer companhia ao ídolo Caracciolo, os biancoazzurri esperavam que a pontaria melhorasse e ajudasse o time a se manter na Serie A. Porém, o setor ofensivo é o principal problema da equipe, por enquanto. Com apenas 12 gols marcados, o Brescia tem o terceiro pior ataque da competição. O brasileiro Éder, artilheiro da Serie B pelo Empoli na temporada passada, com 27 gols, só conseguiu balançar as redes uma vez até aqui. Diamanti, atuando mais recuado, até vem fazendo boas partidas, mas a bola não entra. Foram só duas comemorações. E Caracciolo, o homem-gol do time, não passou de cinco tentos. A recuperação do bom momento desses jogadores vai ser essencial para definir a permanência ou não do time na Serie A.

Perspectiva

Salvezza. Com 15 pontos e fora da zona de rebaixamento apenas pelos critérios de desempate, fica difícil sonhar com outra coisa. O Parma, time imediatamente acima do Brescia na tabela, tem quatro pontos de vantagem e mais qualidade. Talvez a demora na demissão do ex-técnico Iachini (que se sustentou no comando mesmo após uma sequência de cinco derrotas) tenha atrapalhado o desenvolvimento do time. Na série de 11 jogos que o Brescia ficou sem vencer, foram apenas três empates. Ou seja, três pontos conquistados em 33 disputados. Agora, Beretta tem a missão de resgatar o ânimo dos jogadores e melhorar o desempenho da equipe fora de casa. Em sete partidas fora de seus domínios, o time sofreu seis derrotas (venceu apenas o Chievo, em Verona).

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