Serie A

Parada de inverno: Sampdoria

 Cassano e Sampdoria: cada qual no seu canto, sozinho e cabisbaixo (Getty Images)

Campanha
8ª posição. 16 jogos, 23 pontos. 5 vitórias, 8 empates, 3 derrotas. 18 gols marcados, 13 sofridos.
Maior sequência de vitórias: –
Maior sequência de derrotas: –
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 7ª à 10ª e da 12ª à 15ª rodada..
Maior sequência sem vencer: 5, da 2ª à 6ª rodada.
Artilheiro: Giampaolo Pazzini, 6 gols.
Fair play: 28 amarelos, nenhum vermelho.

Time-base
Curci; Zauri, Gastaldello, Lucchini, Ziegler; Koman (Semioli), Palombo, Tissone, Guberti (Mannini); Cassano (Marilungo), Pazzini.

Treinador
Domenico Di Carlo. Embora seu trabalho no Chievo tenha sido animador, em Gênova Di Carlo tem enfrentado nítidas dificuldades na montagem de jogo. Ao pegar um time já ajeitado por Delneri, o novo treinador sofreu com a eliminação na Liga dos Campeões e, principalmente, com a perda de Cassano, craque do time. Se a defesa vai muito bem – é a menos vazada, ao lado da milanista – o mesmo não se pode dizer do setor ofensivo. São claras as dificuldades em fazer o jogo fluir na frente, apesar do esquema aberto no 4-4-2 que chegou a encher os olhos em alguns momentos da temporada passada.

Destaques
Stefano Lucchini e Daniele Gastaldello. A dupla de zaga, fundamental no sucesso blucerchiato da temporada passada, vai muito bem. Considerando os anos recentes da Serie A, são poucas as duplas tão eficientes quanto essa, cujo momento já havia sido reconhecido por Cesare Prandelli em Agosto, quando convocou Lucchini e Gastaldello para a Nazionale. Entrosados, seguros por baixo e por alto, os defensores têm sido o pilar dessa Sampdoria. Ziegler também merece elogios: suas subidas pela esquerda chamam a atenção pela ousadia. Ao melhorar na defesa, o lateral suíço confirma a melhor fase de sua carreira e, com o contrato próximo do fim, já interessa a diversos clubes na Europa.

Decepção
Antonio Cassano. Depois de anos se mostrando tranquilo e evoluído, o barês chutou o balde. Ao ofender (no mais baixo calão) o capo Riccardo Garrone, Cassano jogou fora toda a credibilidade que vinha construindo recentemente. Mesmo implorando para voltar, o atacante foi cortado da Samp e já assinou com o Milan. Não bastasse a precoce eliminação na Liga dos Campeões e o futebol desmotivado, a explosão causada por Cassano prejudicou ainda mais um grupo em má fase, que acabou eliminado da Liga Europa logo na primeira fase. Ele, enquanto principal e mais valioso jogador do clube, mostrou que, embora brilhante tecnicamente, algum parafuso ainda custa a se fixar em sua cabeça.

Perspectiva
Vaga na Liga Europa. Todo o otimismo com que a Sampdoria entrou no campeonato se foi, restando agora uma possibilidade de Liga Europa e, mais provavelmente, alguma posição intermediária na tabela. Ainda assim, as ambições mais altas do início da temporada, a adaptação ao pós-Cassano e as possíveis alterações de elenco na parada de inverno fazem o clube ter como meta uma vaga europeia. Para isso, é preciso que Palombo volte a jogar o que sabe, Guberti mostre alguma regularidade e Pazzini continue marcando seus gols. Contando com uma defesa exemplar, é possível que a equipe viúva de Cassano reduza a disparidade com relação à temporada passada e dispute algum torneio continental outra vez.

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