Serie A

Review da temporada: Bologna

Di Vaio, com gols e dedidação, e Malesani, com um esquema tático coeso, foram os destaques da positiva temporada do Bologna (Getty Images)

A campanha: 16ª colocação, 42 pontos. 11 vitórias, 12 empates, 15 derrotas.

Ao final de 2010: 14ª colocação
Fora da Serie A: Eliminado pelo Napoli nas oitavas de final da Coppa Italia.
O ataque: 35 gols, o quarto pior.
A defesa: 52 gols, a quarta pior.
Time-base: Viviano; Casarini (Garics, Moras), Portanova, Britos, Rubin; Mudingayi, Pérez, Della Rocca; Ramírez (Ekdal); Meggiorini, Di Vaio.
Os artilheiros: Marco Di Vaio (19 gols), Gastón Ramírez (4), Henry Giménez e Miguel Ángel Britos (ambos com 3)
Os onipresentes: Marco Di Vaio, Emiliano Viviano (ambos com 38 jogos) e Miguel Ángel Britos (34 jogos)
Os técnicos: Paolo Magnani (1ª rodada) e Alberto Malesani (a partir da 2ª rodada)
O decisivo: Marco Di Vaio
A decepção: Andrea Esposito
A revelação: Gastón Ramírez
O sumido: René Krhin
Melhor contratação: Gastón Ramírez
Pior contratação: Riccardo Meggiorini
Nota da temporada: 6,5

A temporada do Bologna tinha tudo para ser desastrosa: a começar pela aparentemente inexplicável demissão de Franco Colomba um dia antes do início do campeonato. Fora de campo, um panorama de incerteza rondava o clube, imerso em uma crise de transferência para novos donos e sem dinheiro para pagar salários – ainda correu risco de ver rescindido o contrato de todos os jogadores. Por isso, três pontos foram deduzidos do Bologna, mas em campo a performance da equipe não diminuía – e os jogadores nem mesmo faziam corpo mole. Honrando a camisa rossoblù, Di Vaio e companhia deram seu máximo, sob as ordens de Malesani, que realizou o melhor trabalho de sua carreira e deve dirigir uma equipe maior – provavelmente o Genoa – na próxima temporada.

A equipe cresceu justamente quando as coisas pioravam no ambiente interno da sociedade, quando o novo presidente Massimo Zanetti, que havia sanado as contas, se afastou por falta de apoio da diretoria e da torcida. Nas 11 primeiras rodadas, ainda se habituando ao time, Malesani não tinha total conhecimento do potencial do time e experimentava muito, mas o quadro mudou a partir de dezembro, quando o time cresceu muito e conseguiu, até março, 12 resultados úteis (8 vitórias e 4 empates) em 15 jogos. A partir de então, quando a salvezza já estava garantida, com quase dez rodadas de antecedência, e já se chegava a pensar numa improvável classificação para a Liga Europa, o time cansou e sofreu brusca queda de rendimento: foram nove jogos seguidos sem vitória – e cinco derrotas consecutivas.

Tudo isso, no entanto, não apaga a temporada de superação e de bom futbol de um time que jogava em torno de Di Vaio, disparado o principal jogador do clube, com a ajuda do uruguaio Ramírez, de 20 anos, uma das maiores revelações do campeonato – e sondado por Inter e Udinese. Mais atrás, um meio-campo forte, com Pérez, Mudingayi e Della Rocca fazia o “trabalho sujo”, enquanto a forte defesa composta por Britos e Portanova, além do goleiro Viviano, trazia segurança. Se mantiver a base, Pierpaolo Bisoli (ex-Cesena e Cagliari), já anunciado para a próxima temporada, terá a chance de fazer seu primeiro bom trabalho na elite do futebol nacional.

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