Serie A

Review da temporada: Napoli

Lavezzi, Hamsík e Cavani formaram o tridente de ataque mais eificente do Napoli desde a saída do trio MaGiCa, que tinha Maradona, Giordano e Careca (ANSA)


A campanha:
3º colocado, 70 pontos, 21 vitórias, 7 empates e 10 derrotas

Ao final de 2010: 2º colocado, 33 pontos, 10 vitórias, 3 empates e 4 derrotas
Fora da Serie A: Eliminado nas quartas de final da Coppa Italia pela Internazionale
O ataque: 59 gols, o segundo melhor ao lado do Milan
A defesa: 39 gols sofridos, a segunda melhor ao lado da Lazio
Time-base: De Sanctis; Campagnaro, Cannavaro, Aronica; Maggio, Gargano (Yebda), Pazienza, Dossena (Zúñiga); Lavezzi, Hamsík; Cavani
Os artilheiros: Edinson Cavani (26 gols), Marek Hamsík (11) e Ezequiel Lavezzi (6)
Os onipresentes: Morgan De Sanctis (38 jogos), Walter Gargano (36) e Edinson Cavani (35)
O técnico: Walter Mazzarri
O decisivo: Edinson Cavani
A decepção: Emílson Cribari
A revelação: Nicolao Dumitru
O sumido: Manuele Blasi
Melhor contratação: Edinson Cavani
Pior contratação: Emílson Cribari

Nota da temporada: 9

Desde que Maradona deixou Nápoles não se via a torcida azzurra tão feliz como nesta temporada. O time montado por Walter Mazzarri, comandado dentro de campo pelos vários gols do uruguaio Cavani conseguiu colocar o Napoli de volta às competições europeias depois de quase duas décadas de ausência. O scudetto, uma utopia no começo da temporada, chegou a ficar próximo e escapou apenas na reta final da Serie A, quando uma derrota para o Milan e alguns empates deixaram para trás as chances de repetir a geração de Maradona, Careca e Giordano, que chegou ao título. O rendimento do time caiu muito na reta final do campeonato por um simples motivo: quase não havia rodízio e os titulares raramente não jogavam. Acabaram se cansando.

No entanto, não dá para depreciar a temporada napolitana. Walter Mazzarri, hoje, é um dos técnicos mais valorizados da Itália e, antes de renovar com os azzurri por mais cinco anos, recebeu sondagens de Roma e Juventus. Tudo isso porque colocou em prática um esquema ousado, o 3-4-2-1, que deu muito certo e, de certa forma, causou uma agitação no marasmo tático que ronda o futebol do Belpaese. No Napoli, o ponto alto do time estava em Lavezzi e Hamsík fazendo com maestria o papel de compor o meio-campo nos momentos em que o time não tinha a posse de bola e avançar para o apoio do matador Cavani na hora de definir as jogadas. No sistema defensivo, três zagueiros e volantes com bom passe passavam solidez e facilidade na saída de bola, facilitando a chegada ao ataque. Além deles, De Sanctis fez ótimo campeonato.

Todos esses fatores táticos ainda foram somados a um Cavani em fase sublime. Os recordes quebrados com os gols do atacante uruguaio colocaram o Napoli em um patamar acima. Se não terminou como artilheiro absoluto da Serie A, deixando esse posto para Di Natale, o atacante napolitano foi letal nos momentos em que esteve em campo, prejudicando o time apenas em sua ausência na reta final, quando ficou longe dos gramados por três partidas devido a uma suspensão. E esse é um dos fatores negativos a serem destacados na ótima e surpreendente campanha dos partenopei. Outros, como a instabilidade do time nas partidas decisivas e contratações erradas como a do ítalo-brasileiro Cribari devem ser revistos para a disputa da Liga dos Campeões. Aurelio De Laurentiis prometeu cinco reforços de peso e deve cumprir.

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