Seleção italiana

A Euro é logo ali!

Pazzini e sua comemoração tradicional: o matador da Inter colocou a Itália na Euro-12 (AP Photo)
A Itália está classificada para a Eurocopa de 2012 – assim como as potenciais favoritas Alemanha, Espanha e Holanda. E depois deste ponto final os italianos deverão fazer muito para que consigam ser protagonistas no torneio que Polônia e Ucrânia sediarão em menos de um ano. Isso porque o time de Cesare Prandelli, ainda em formação, não faz frente àqueles que serão seus principais adversários pela disputa do título – pelo contrário. Se atualmente a Squadra Azzurra vence muitos de seus jogos por lampejos individuais e pela força de sua camisa, na competição será diferente. Não poderá ser como foi na vitória que garantiu a vaga, 1 a 0 diante da Eslovênia, hoje.
Para início de conversa, Prandelli lançou uma equipe titular diferente da que tinha feito uma partida muito ruim – apesar da vitória – diante das Ilhas Faroé. Os dois laterais escolhidos para o jogo contra os eslovenos foram Balzaretti e Cassani, modificando assim a formação italiana. As mudanças táticas, porém, em nada surtiram efeito para uma melhora dentro de campo. Pelo contrário, o que seviu nas quatro linhas foi uma Nazionale novamente apática e, acima de tudo, sem poder de finalização. Cassano e Rossi, a dupla de ataque, foi nula durante toda a partida.
E se o time não ia bem, faltou também apoio dos torcedores. Com apenas 17 mil espectadores no Artemio Franchi, em Florença, a Itália sequer tinha a oportunidade de jogar embalada por seus fãs. O reflexo disso? Futebol feio e sem muita vontade. Do outro lado, os eslovenos tinham proposta clara e muito semelhante à utilizada pelas Ilhas Faroé: defesa intensa e escapadas apenas em contra-ataques. E dentro do esperado, a Eslovênia se fechou. Fechada, conseguiu ser mais efetiva que a Itália e assustou os donos da casa. Buffon, que deveria passar a partida tranquilo, foi exigido por pelo menos três vezes, fazendo boas intervenções. A defesa italiana é, até aqui, a melhor das Eliminatórias: sofreu apenas um gol.
E se no primeiro tempo o que se viu foi um jogo extremamente truncado, no segundo a coisa não caminhou para outro lado. Os poucos torcedores presentes foram se irritando aos poucos a falta de um resultado que classificasse de vez a Itália para a Euro e Prandelli foi obrigado a mexer. Tirou Thiago Motta e colocou Marchisio, já nos primeiros movimentos, mas nada mudou; na sequência, Pazzini entrou no lugar Cassano e o time melhorou; mas foi a entrada de Balotelli, aos 30, em substituição a Montolivo, um trequartista mais do que apagado, que mudou realmente as coisas. Mesmo sendo feito na base do desespero, a última modificação funcionou e fez com que a primeira e a segunda finalmente surtissem efeito.
Numa boa jogada pelo meio, Marchisio lançou o ataque e Balotelli correu, mas a bola acabou sobrando para Pazzini, que com menos de cinco minutos para o fim, colocou a Itália na frente. Gol de centroavante de raça, que marcou a classificação azzurra para a Euro e deu os primeiros louros ao trabalho de Prandelli. Mas que (novamente) foi muito pouco para um time que pode render mais. O trabalho, agora, será diferente. As duas partidas restantes para o fim das Eliminatórias deverão ser de testes – se não de jogadores, pelo menos de formações. Até a Ucrânia e a Polônia falta tempo e é disso que Prandelli precisa. A torcida? Está satisfeita por ver lampejos de uma velha Itália, que, notavelmente, não sofreu para se classificar, mas quer ver a mesma seleção que jogou tão bem diante da Espanha em amistoso recente. A Euro é logo ali.
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1 Comentário

  • Eu gostei do primeiro tempo da Itália. Dominaram o jogo, com boa troca de passes e lances de perigo real, faltou melhor finalização. Logo ao início teve aquela cabeçada de Montolivo, depois em uma bela jogada de Cassano, Rossi perdeu a chance, entre outros lances.

    Cassano se movimentou bem, Rossi sim esteve bastante apagado e Montolivo não tem cacife para comandar essa seleção, isso está claro. No segundo tempo por exemplo, senti falta de um Giovinco, para dá mais mobilidade e velocidade a equipe, junto com Balotelli, Rossi e Pazzini.

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