Serie A

Review da temporada: Cesena

Como é praxe aqui no Quattro Tratti, assim que a temporada chega ao fim fazemos uma análise de todos times, do lanterna ao campeão, em ordem de classificação. Começamos hoje, pelo rebaixado Cesena, que não entrou no campeonato com pinta de que cairia para a Serie B. Ainda hoje traremos as análises de Novara e Lecce. Acompanhe!

O goleiro Antonioli foi um dos poucos que se salvou na temporada. E olha que seu time levou 60 gols… (Getty Images)

A campanha: Rebaixado. 20ª colocação, 22 pontos. 4 vitórias, 10 empates e 24 derrotas
Ao final de 2011: 19ª colocação
Fora da Serie A: Eliminado nas oitavas-de-final da Coppa Italia pelo Napoli
O ataque: 24 gols, o pior
A defesa: 60 gols, a quarta pior
Time-base: Antonioli; Comotto, Rodríguez, Von Bergen, Ceccarelli; Parolo, Guana, Colucci; Santana (Del Nero), Rennella (Malonga); Mutu
Os artilheiros: Adrian Mutu (8 gols), Mario Alberto Santana (3) e Simone Del Nero (2)
Os onipresentes: Marco Parolo (31 jogos), Roberto Guana (31) e Francesco Antonioli (30)
O técnico: Marco Giampaolo, da 2ª à 10ª rodada; Daniele Arrigoni, da 11ª à 24ª rodada; e Mario Beretta, da 25ª em diante
O decisivo:
A decepção: Adrian Mutu
A revelação:
O sumido: Marco Parolo
Melhor contratação: Roberto Guana
Pior contratação: Éder
Nota da temporada: 2

O rebaixamento, de forma geral, não é um drama para o Cesena. Hora ou outra ia acontecer mesmo e todos sabiam. Porém, há maneiras e maneiras de voltar para a Serie B – e uma ruim é ficar 10 pontos atrás do penúltimo colocado. Após campanha surpreendente no campeonato de 2010-11, quando terminou na 15ª posição, a diretoria decidiu investir mais alto e parecia ter se mexido bem no mercado. Além da permanência de Parolo, principal jogador do último campeonato, chegaram nomes de peso, como Mutu, Candreva, Éder e Martínez e parecia que, dessa vez, a salvezza viria mais facilmente. Nenhum deles, contudo, correspondeu às expectativas. Candreva e Éder saíram antes do fim da temporada e não deixaram saudades, enquanto Parolo não chegou nem perto de mostrar o bom futebol do ano passado e Mutu, apesar dos gols, não foi decisivo como se imaginava.

A contratação de Marco Giampaolo para comandar a equipe também parecia acertada, mas acabou sendo um fiasco. O técnico deixou o time na 10ª rodada sem conseguir vencer sequer uma partida. Com a chegada de Arrigoni, o time melhorou um pouco e conquistou suas primeiras (e únicas) vitórias. Bologna, Genoa, Palermo e Novara foram os únicos times da Serie A que perderam para o Cesena, ainda no final do primeiro turno da competição. A última vitória aconteceu na 18ª rodada e daí para frente o sofrimento do torcedor só aumentou.

Mario Beretta foi chamado na 25ª rodada e já não tinha muito o que fazer. Com meio de campo muito pouco criativo e sem um goleador na frente (Éder era para ser esse homem, mas saiu do time no mercado de inverno sem marcar nenhum gol – deixou para marcá-los na Sampdoria), a tarefa de salvar o Cesena já parecia impossível. Confiar na recuperação do bom futebol de Parolo e Mutu àquela altura já era sonhar demais. Portanto, as últimas rodadas serviram apenas para time e torcida se despedirem dos ares da Serie A, após dois anos na elite. Pena que não foi de maneira muito honrosa.

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